PM coloca todos os homens nas ruas para acabar com ataques
Rio - Os nove ataques de bandidos em apenas 48 horas no Rio fizeram com que a Polícia Militar tomasse medidas drásticas. Nesta terça-feira, a cúpula da corporação anunciou que deu início à operação 'Fecha Quartel', que prevê a utilização de todos os homens nas ruas com o objetivo de reforçar o patrulhamento.A PM informou que reduzirá as folgas dos policiais gradativamente até o ano que vem - existe ainda a promesse de contratação de mais 7 mil novos policiais. O porta-voz da PM, coronel Lima Castro, informou que além da utilização de toda a força, a polícia ainda aumentará o número de blitz para apreender materiais incendiários e prender suspeitos dos ataques.
Lima Castro informou também que a PM resolveu antecipar as medidas que seriam adotadas no fim do ano. Para o combate ao crime, a corporação ainda terá o Batalhão de Choque e 150 motocicletas.
Na manhã desta terça-feira, PMs que saíam de folga foram impedidos de voltar para suas casas e foram mantidos nos quartéis. Os que estavam em casa foram convocados a trabalhar. Outros 300 PMs lotados no hospital e na banda de música da corporação agora auxiliam no patrulhamento de ruas da Zona Sul. A determinação é do coronel Álvaro Garcia, chefe do Estado Maior, e não tem prazo para o fim das operações.
Homens presos e menores apreendidos com explosivos em Copacabana
Na madrugada desta terça-feira, dois homens foram presos e dois menores apreendidos em Copacabana, Zona Sul do Rio, acusados de colocar artefatos explosivos debaixo de dois veículos. Segundo a polícia, os quatro são do Morro Pavão-Pavãozinho, no mesmo bairro, comunidade contemplada com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada há exatos 11 meses. A polícia tenta descobrir de quem partiu a ordem para os supostos atentados.
Na esquina das ruas Xavier da Silveira e Aires Saldanha, por volta de 1h, Thiago da Costa Garcia, de 24 anos, e J, de 15, que estavam em uma moto, foram flagrados colocando um artefato aceso embaixo de um veículo, segundo a polícia. Com a aproximação de um segurança, a dupla fugiu. Ele conseguiu apagar o explosivo. Acionados, PMs fizeram um cerco e prenderam a dupla na Rua Miguel Lemos. Meia hora depois, na Rua Hilário de Gouveia, em frente a Igreja Nossa Senhora de Copacabana, outros dois ocupantes de uma moto também foram vistos colocando outro explosivo embaixo de outro veículo. O artefato não chegou a ser aceso e a dupla fugiu. Já informados das características dos supeitos, PMs conseguiram identificar e aprender o menor P, de 17 anos. Ele estava sozinho, sentado na Praça Inhangá ainda com o capacete na mão.
Com base em informações, no fim da madrugada, policiais da 12ª DP foram ao Morro do Cantagalo, em Copacabana, e conseguiram prender Renan Fortunato do Couto, de 19 anos, apontado como comparsa de P. e condutor da segunda moto. Ele foi detido na casa de uma amiga com três mulheres, consumindo maconha e cocaína. Ele foi reconhecido por PMs e não resistiu a prisão. Não houve confronto.
Ainda segundo o delegado Bruno Gilaberte, Thiago já tinha sido preso por furto, durante um assalto em Bonsucesso quando trocou tiros com PMs. O menor J. também tem passagem pela polícia, mas por furto. Renan e as amigas serão indiciados por uso de drogas. Os quatro suspeitos de colocar os explosivos serão autuados por crime de explosão e formação de quadrilha. A pena pode chegar a nove anos de prisão.
Na noite desta segunda-feira, depois de uma tarde de aparente tranquilidade, bandidos voltaram a aterrorizar as ruas da cidade do Rio. Cinco veículos foram incendiados, sendo dois na Rodovia Presidente Dutra, na Pavuna; e os outros no Estácio e na Tijuca. Um veículo chamuscado na Praça da Bandeira também pode ter sido atacado por bandidos. Um motorista chegou a ser agredido. Na Zona Norte, uma cabine da PM foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho.
Ordem para ataques no Rio teria saído de presídio no PR, diz PM
23 de novembro de 2010
Um dos quatro carros incendiados na noite da segunda-feira é rebocado.
Foto: Alexandre Brum/O Dia
Foto: Alexandre Brum/O Dia
A ordem para a onda de atentados no Rio de Janeiro, que iniciou no domingo e continuou na noite de segunda-feira, teria partido do presídio de segurança máxima de Catanduvas, no oeste do Paraná, a 476 km de Curitiba, de acordo com a polícia. Apenas na noite de segunda-feira, quatro carros foram incendiados no Rio. Dois foram queimados na Via Dutra, próximo da Pavuna, e dois na zona norte da cidade. Já são nove carros queimados desde domingo, em ataques que não deixaram vítimas.
O coronel Lima Castro, responsável pela comunicação social da Polícia Militar, afirma que os crimes podem ser uma resposta à transferência de detentos para fora do Rio. "Não me surpreende que tenha acontecido. Esse dado está sendo apurado pela Secretaria de Segurança. Isso pode ser um indicativo de uma retaliação pela transferência de líderes do tráfico de presídios do Rio para fora do Estado".
Lima Castro anunciou ações que a PM está aplicando a partir de hoje para evitar novos atentados. Segundo ele, todos os PMs em condições médicas e físicas devem ir para as ruas, e o expediente administrativo será suspenso, aumentando o efetivo. O policiamento será reforçado por 140 motocicletas recém adquiridas pela PM, e até sexta-feira, segundo o coronel, outras 140 estarão à disposição dos policiais. O coronel afirmou, ainda, que o policiamento do batalhão de choque será intensificado nas vias expressas (Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil) e que haverá incursões em regiões dominadas pelo tráfico para a busca de responsáveis pelos atentados.
As folgas serão diminuídas, de acordo com Lima Castro. "Estamos nos desdobrando. Estamos pedindo ao policial mais sacrifícios do que ele já faz", disse.
Semana começa violenta nas ruas do Rio
Dois homens em um Honda Civic foram mortos a tiros na manhã desta terça-feira na rodovia Washington Luiz, altura do km 122. A polícia acredita que os criminosos que atiraram no veículo sejam da favela Beira-Mar. Os assassinatos ocorrem após dois dias de violência no Rio. Segundo o coronel Lima Castro, não há relação entre este crime e a onda de violência que assusta o Rio desde domingo. "Já tenho a confirmação de que não tem nenhuma ligação. A principio, eles (as vítimas) saíram de uma casa noturna de Duque de Caxias, onde teria havido uma desavença", disse.
Na noite desta segunda-feira, criminosos incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, sentido Capital, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na zona norte, uma cabine da Polícia Militar (PM) foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho. Até o início da manhã desta terça-feira, ninguém havia sido preso.
Na manhã de segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na zona norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos - uma van de passageiros que fazia o trajeto de Belford Roxo para o Centro -, além de um Monza e um Uno.
Também na segunda pela manhã criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros no Trevo das Margaridas.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou os ataques como "situações pontuais". No último domingo, houve três arrastões na cidade. "Isso está muito mais nas situações rotineiras do dia-a-dia da polícia", afirmou Beltrame.
Para o secretário, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Ele assegurou a continuidade do programa.
O coronel Lima Castro, responsável pela comunicação social da Polícia Militar, afirma que os crimes podem ser uma resposta à transferência de detentos para fora do Rio. "Não me surpreende que tenha acontecido. Esse dado está sendo apurado pela Secretaria de Segurança. Isso pode ser um indicativo de uma retaliação pela transferência de líderes do tráfico de presídios do Rio para fora do Estado".
Lima Castro anunciou ações que a PM está aplicando a partir de hoje para evitar novos atentados. Segundo ele, todos os PMs em condições médicas e físicas devem ir para as ruas, e o expediente administrativo será suspenso, aumentando o efetivo. O policiamento será reforçado por 140 motocicletas recém adquiridas pela PM, e até sexta-feira, segundo o coronel, outras 140 estarão à disposição dos policiais. O coronel afirmou, ainda, que o policiamento do batalhão de choque será intensificado nas vias expressas (Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil) e que haverá incursões em regiões dominadas pelo tráfico para a busca de responsáveis pelos atentados.
As folgas serão diminuídas, de acordo com Lima Castro. "Estamos nos desdobrando. Estamos pedindo ao policial mais sacrifícios do que ele já faz", disse.
Semana começa violenta nas ruas do Rio
Dois homens em um Honda Civic foram mortos a tiros na manhã desta terça-feira na rodovia Washington Luiz, altura do km 122. A polícia acredita que os criminosos que atiraram no veículo sejam da favela Beira-Mar. Os assassinatos ocorrem após dois dias de violência no Rio. Segundo o coronel Lima Castro, não há relação entre este crime e a onda de violência que assusta o Rio desde domingo. "Já tenho a confirmação de que não tem nenhuma ligação. A principio, eles (as vítimas) saíram de uma casa noturna de Duque de Caxias, onde teria havido uma desavença", disse.
Na noite desta segunda-feira, criminosos incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, sentido Capital, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na zona norte, uma cabine da Polícia Militar (PM) foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho. Até o início da manhã desta terça-feira, ninguém havia sido preso.
Na manhã de segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na zona norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos - uma van de passageiros que fazia o trajeto de Belford Roxo para o Centro -, além de um Monza e um Uno.
Também na segunda pela manhã criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros no Trevo das Margaridas.
O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, classificou os ataques como "situações pontuais". No último domingo, houve três arrastões na cidade. "Isso está muito mais nas situações rotineiras do dia-a-dia da polícia", afirmou Beltrame.
Para o secretário, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Ele assegurou a continuidade do programa.
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