Ministério da Saúde lança plano de combate ao câncer de colo de útero
Governo vai investir R$ 115 milhões em ação nacional com 5 estratégias.
No Norte, risco de morte pela doença é 32% maior que média do país.
Região Norte é prioridade, disse o ministro.
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (26) um plano nacional para combate ao câncer de colo de útero, uma das principais causas de morte entre mulheres no Brasil, que envolve o investimento de R$ 115 milhões em prevenção e controle. O Plano de Ação para Redução da Incidência e Mortalidade por Câncer de Colo de Útero reúne cinco estratégias, uma delas específica para a Região Norte. O lançamento da campanha contou com a presença do ministro da Saúde José Gomes Temporão.“A Região Norte, seguida da Nordeste, aparece como o local onde precisamos aperfeiçoar a qualidade dos laboratórios que fazem exames e garantir o acesso das mulheres ao tratamento adequado que garante, quando há diagnóstico precoce, cura completa”, afirmou Temporão.
Um dos objetivos do Ministério da Saúde é melhorar o Sistema de Informações de Controle do Câncer do Colo do Útero (Siscolo) com a criação de cadastro de mulheres contra a doença e a emissão de laudos pela internet com assinatura eletrônica. O Siscolo funciona em parceria com o banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS).
O ano de 2011 contará com a campanha publicitária "Ano de Controle do Câncer do Colo de Útero", para esclarecer a população sobre a doença e passar recomendações e condutas ao médicos e profisisonais de saúde.
Nesta sexta-feira, foi também divulgado o quarto volume da série "Câncer no Brasil", que reúne registros sobre a doença em 17 cidades brasileiras, de 2000 a 2005. É possível acessar os dados aqui.
Região Norte
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), na Região Norte a doença é a que mais mata mulheres entre as neoplasias malignas, com risco de óbito 32% superior à média nacional.
O Ministério da Saúde recomenda que a população de mulheres entre 25 e 60 anos passe pelo rastreamento por meio do exame citopatológico (papanicolau) a cada três anos, depois de dois exames consecutivos normais no intervalo de 1 ano. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o impacto relevante na mortalidade da doença requer uma cobertura que atinja 80% ou mais da população-alvo.
O exame citopatológico também é um problema em mais de 30% das cidades das regiões Norte e Nordeste, nas quais o índice de amostras insatisfatórias colhidas é maior que 5%, padrão considerado ruim pela OMS.
Com informações da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário