10.13.2011

A passeata sem povo

Há muito tempo está difícil juntar uma galera contra o governo na rua...
Já que há algumas semanas nenhum rato daqueles que existem em qualquer governo cai numa das suas ratoeiras, a rande imprensa agora inventou esse negócio de passeata contra a corrupção.
A primeira, no Rio, reuniu pouco mais de 2 mil gatos pingados, boa parte cabos eleitorais de políticos e membros de ONGs. O povo mesmo nem ligou. Dias depois, milhares se reuniram na Avenida Atlântica para celebrar o orgulho GLS, e os preconceituosos logo atacaram dizendo que era um absurdo um ato gay reunir tanta gente quando a tal passeata ficou às moscas.

Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O povo não foi à passeata porque simplesmente não acredita que o governo seja um mar de lama como tentam pintar. Claro que há corruptos, sempre há. Assim como no Legislativo e no Judiciário, mas o enfoque que a mídia quis dar é que o problema está no Executivo. No governo Dilma.
Os comentaristas mercenários de plantão trataram o episódio como uma prova de alienação do povo. Esquecem que as pessoas sabem quando e onde lhes aperta o calo. Sabem muito bem distinguir um governo bom de outro ruim.
O povo simplesmente não embarcou na marola. A avaliação de Dilma é positiva segundo as pesquisas, mas a mídia, o único partido de oposição que sobrou no país precisa encher seus noticiários diariamente e enaltecer os feitos do governo não está na pauta.
Ainda mais depois que tiveram de engolir o aviso prévio proporcional ao tempo de casa do trabalhador. Nada mais justo, pois recentemente vi um homem que trabalhou por 25 anos numa empresa ser dispensado sem o devido reconhecimento. É muito comum, mas agora o a indenização será proporcional e pode chegar a três salários.
O empresariado não gostou nadinha e seus papagaios do rádio, do jornal e da TV gritaram contra. Como se o jornalista também não fosse um trabalhador que será beneficiado pela medida...
Por Marcelo Migliaccio - http://rioacima1.blogspot.com/

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