IMPLANTE DE SILICONE NOS SEIOS NÃO APRESENTA RISCO À SAÚDE, DIZ ÓRGÃO AMERICANO (FDA)
Segundo o relatório, quanto mais antigo o implante, mais provável o aparecimento de complicações. Uma, em cada cinco pacientes, que recebeu implantes para aumento dos seios vai precisar removê-los 10 anos após a implantação. A regra vale também para as pacientes que se submeteram a cirurgias reconstrutoras da mama.
Entre as complicações mais frequentemente estão a contratura capsular (endurecimento da área ao redor do implante), cirurgias adicionais e a remoção do implante. As complicações incluem também ruptura do implante, rugas, assimetria de mamas, cicatrizes, dor e infecção. Sobre o risco, o documento afirma que o gel de silicone dos implantes não é fator de risco para o aparecimento do câncer de mama, problemas reprodutivos ou doença do tecido conjuntivo, como artrite reumatóide.
De acordo com o cirurgião plástico, Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada, a técnica evoluiu muitos nas últimas décadas. “O gel interno, que antes era líquido e, se escapasse podia se espalhar pelos órgãos e se misturar à corrente sanguínea, atualmente é feita de gel, que não se mistura à corrente sanguínea, num caso excepcional de vazamento”, explica.
Às interessadas, o formato da prótese de silicone passou por algumas mudanças interessantes. Depois da forma redonda e do formato de gota, agora é possível optar pela forma cônica. “Como o próprio nome diz, ela lembra um cone por causa da base reta e larga e das laterais que vão afinando em direção à aréola. O desenho, que foi inspirado no sutiã de enchimento, deixa o resultado mais discreto e projeta o mamilo”, disse Penteado.
Outra novidade para moldar os seios são as próteses com palpação mais suave, que contém um gel altamente coesivo de silicone, com textura de gelatina. “Este tipo de prótese também aumenta o busto sem deixá-lo duro ou artificial. Com esse implante, a mama fica tão macia ao toque, quanto uma que não foi operada”, informou o cirurgião.
Recuperação
Segundo o diretor do Centro de Medicina Integrada, a tecnologia também chegou ao pós-operatório. De acordo com ele, atualmente são usados adesivos que podem auxiliar na hora da sutura, garantindo uma cicatriz mais discreta que deixe a mulher mais segura esteticamente.
PRÓTESES DE SILICONE: SAIBA QUAL É O MELHOR TIPO
Especialista fala sobre as vantagens de cada uma delas.
De acordo com o cirurgião plástico Gustavo Tilmann, o formato das próteses de silicone para as mamas vão variar seguindo a estrutura corporal de cada mulher. Entre os tamanhos mais utilizados estão os chamados perfis altos, baixos ou anatômicos.
“Os baixos têm como característica principal uma base mais larga, sendo indicado para dar uma projeção maior ao colo mamário e pouca projeção na frente. O perfil alto é o mais procurado, tendo uma base menor com uma projeção mais alta. Já a prótese anatômica, conhecida como perfil “gota”, é indicada para mulheres que possuem mamas com formas e contornos estéticos favoráveis e desejam um aumento proporcional.”, explica Gustavo.
Em relação ao tipo, os mais utilizados são os de salina ou de silicone. A prótese de salina, por exemplo, é feita à base de soro fisiológico e por isso mesmo tem mais riscos de sofrer deformações ou ondulações. As de silicone com gel coesivo, utilizada pela maioria dos cirurgiões plásticos no Brasil, costumam deixar o aspecto mais natural, do jeito que muitas mulheres desejam atualmente. Além disso, são muito mais seguras e não sofrem deformações como as próteses de salina.
Mas as novidades no mercado não param de chegar. No último congresso de cirurgia plástica, realizado em Vitória, no Espírito Santo, um médico americano apresentou a prótese inflável. Colocada por meio da cirurgia tradicional, ela permite que a mulher se decida entre o tamanho que quer os seios no período de até um ano.
“A prótese inflável, também conhecida como “Spectra”, é colocada da mesma maneira que a cirurgia tradicional, mas o cirurgião pode ajustar o seu tamanho no próprio consultório, sem a necessidade de internação, através de uma cânula no qual é possível injetar ou extrair a solução salina. Mas, a paciente não vai poder passar a vida inteira realizando este processo, ela terá um prazo de até um ano para decidir o tamanho que deseja.”, conta Tilmann.
Segundo ele, este novo tipo de prótese combina a maleabilidade da salina, para alterar o volume, com a firmeza e a sustentação que o silicone dá à estrutura. Tudo isso com a vantagem de poder corrigir a assimetria mamária. Apesar de ainda não ter sido liberada no Brasil, a prótese inflável promete ser a nova queridinha das mulheres que pretendem dar uma turbinada no visual. Fique atenta, pois ela pode ter seu uso aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda este ano.
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