O objetivo é de investigar aliciamento e financiamento dos integrantes do grupo
Terra“A proposta da CPI que vai investigar os black blocs do País é investigar se há aliciamento, financiamento de pessoas que são contratadas para quebrar, destruir e afastar as pessoas de bem das manifestações. Nós estamos em um ano de Copa do Mundo e muita gente tem interesse em afastar a população das ruas do País, evitando a cobrança por mais saúde, mais educação, tarifas mais baixas de transporte coletivo”, disse o deputado.
Em reunião na Câmara, a proposta de CPI recebeu assinaturas favoráveis das lideranças do PR, PP, PSDB, DEM, PPS, PSD, PDT, PSC e PTB. Para instalar a CPI mista, é preciso coletar assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. Segundo Francischini, a proposta por uma comissão mista foi tomada porque não há espaço para fazer uma CPI apenas na Câmara atualmente.
A suspeita sobre financiamento de grupos black blocs foi levantada pelo advogado Jonas Tadeu, que defende o suspeito de lançar o rojão que matou o cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Andrade. Segundo o profissional, jovens recebiam pelo menos R$ 150 para promover quebra-quebra em manifestações. No início das investigações, o nome do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol) chegou a ser ligado a manifestantes próximos aos suspeitos por um estagiário do advogado. A declaração foi criticada pelo parlamentar.
“A CPI é uma comissão parlamentar, tem poderes de investigação próprios, de autoridade judicial, pode fazer quebras de sigilo de autoridades com foro privilegiado, pode pedir extratos telefônicos, extratos bancários, acompanhar movimentação de antenas de telefones celulares que podem estar à margem dessas manifestações”, disse Francischini, sobre a necessidade da investigação.
“Se confirmadas essas informações que chegam a cada momento, seria um dos maiores atentados à democracia brasileira. Fomentar, aliciar e financiar vândalos, bandidos travestidos de manifestantes para atacar a imprensa, como fizeram em várias cidades, quebrando veículos da imprensa, incendiando, atacando vocês mesmo como se fosse o mal da sociedade, o jornalismo”, afirmou o parlamentar.
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