Sentido de comunidade é despertado quando maneira de falar se parece; sotaques estrangeiros são mais atraentes por serem exóticos
O GLOBO
VANCOUVER - Dois amigos juntos num bar. De costas, as vozes se
misturam e descobrir quem está falando pode se tornar uma tarefa
difícil. A ciência explica. A identidade linguística se adapta para que
as pessoas com quem nos relacionamos tenham vozes parecidas com a nossa.
De acordo com um novo estudo da Universidade de British Columbia, em
Vancouver, no Canadá, essa similaridade traz uma sensação calmante e de
pertencimento social.
Complementando pesquisa anterior que sugeria que vozes de mulheres baixas e homens altos eram mais atraentes, o estudo canadense destacou outros sons acústicos que chamam a atenção e mostrou a importância deles para o sentido de comunidade.
“A voz é uma ferramenta incrivelmente flexível que usamos para construir a nossa identidade”, escreveu Molly Babel, professora do Departamento de Linguística da British Columbia e principal autora do estudo, em artigo publicado na revista científica “PLoS One”. “Poucas coisas em nossas vozes são imutáveis, então nós sentimos que as nossas preferências tinham que ser baseadas em mais coisas do que forma e tamanho de uma pessoa”.
A equipe liderada por Molly, que contou com a participação de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, pediu que universitários da Califórnia avaliassem a atratividade de vozes masculinas e femininas.
Eles descobriram que os participantes preferiram sinais acústicos diferentes para homens e mulheres, e que as preferências tinham conexão com a maneira de falar da comunidade da qual os universitários pertenciam, o que indica a importância da voz no sentimento de pertencimento e grupo social.
Entre os homens, aqueles que prolongavam menos as palavras eram apontados como mais atraentes, com o inverso sendo válido para as mulheres. De acordo com os pesquisadores, a preferência é uma referência clara à maneira de falar da Califórnia, já que as mulheres da região tendem a alongar mais as palavras do que os homens.
A atratividade entre elas era maior quanto mais suave era a voz, o que indica uma ligação com a obsessão cultural por juventude e saúde, segundo o estudo. Uma voz rouca poderia sugerir que uma pessoa está resfriada, cansada ou fuma regularmente.
Já os sotaques estrangeiros foram avaliados como os mais atrativos.
“Uma vez que você está fora de uma referência de familiaridade, romances e vozes exóticas podem se tornar mais atraente”, disse Molly. “Nós também temos que ter em mente que nós achamos alguns sotaques mais atrativos do que outros por causa de estereótipos sociais que estão associados a eles”.
Complementando pesquisa anterior que sugeria que vozes de mulheres baixas e homens altos eram mais atraentes, o estudo canadense destacou outros sons acústicos que chamam a atenção e mostrou a importância deles para o sentido de comunidade.
“A voz é uma ferramenta incrivelmente flexível que usamos para construir a nossa identidade”, escreveu Molly Babel, professora do Departamento de Linguística da British Columbia e principal autora do estudo, em artigo publicado na revista científica “PLoS One”. “Poucas coisas em nossas vozes são imutáveis, então nós sentimos que as nossas preferências tinham que ser baseadas em mais coisas do que forma e tamanho de uma pessoa”.
A equipe liderada por Molly, que contou com a participação de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos, pediu que universitários da Califórnia avaliassem a atratividade de vozes masculinas e femininas.
Eles descobriram que os participantes preferiram sinais acústicos diferentes para homens e mulheres, e que as preferências tinham conexão com a maneira de falar da comunidade da qual os universitários pertenciam, o que indica a importância da voz no sentimento de pertencimento e grupo social.
Entre os homens, aqueles que prolongavam menos as palavras eram apontados como mais atraentes, com o inverso sendo válido para as mulheres. De acordo com os pesquisadores, a preferência é uma referência clara à maneira de falar da Califórnia, já que as mulheres da região tendem a alongar mais as palavras do que os homens.
A atratividade entre elas era maior quanto mais suave era a voz, o que indica uma ligação com a obsessão cultural por juventude e saúde, segundo o estudo. Uma voz rouca poderia sugerir que uma pessoa está resfriada, cansada ou fuma regularmente.
Já os sotaques estrangeiros foram avaliados como os mais atrativos.
“Uma vez que você está fora de uma referência de familiaridade, romances e vozes exóticas podem se tornar mais atraente”, disse Molly. “Nós também temos que ter em mente que nós achamos alguns sotaques mais atrativos do que outros por causa de estereótipos sociais que estão associados a eles”.
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