2.18.2014

Que venha a chuva

Situação dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste ainda preocupa

Na segunda-feira, 17, os reservatórios das duas regiões fecharam em 35,4% da capacidade; há um ano, os reservatórios das duas regiões estavam em 44,1% da capacidade

AE

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As chuvas dos últimos dias não foram suficientes para recuperar o nível normal dos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o mais importante do País. Embora os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostrem que houve uma desaceleração no ritmo de esvaziamento, na segunda-feira, 17, os reservatórios das duas regiões fecharam em 35,4% da capacidade, o que representa 0,1 ponto porcentual abaixo do registrado no dia anterior.

A situação dos reservatórios ainda é considerada preocupante. Há um ano, os reservatórios das duas regiões estavam em 44,1% da capacidade, com trajetória de recuperação no armazenamento. Hoje, o cenário é de queda no volume armazenado. Segundo o ONS, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste já recuaram 4,9 pontos porcentuais no acumulado do mês de fevereiro, até ontem.

Os reservatórios do Sul também mostram queda do volume, fechando com uma capacidade de armazenamento de 42,5%, um recuo de 0,5 ponto porcentual em relação ao dia anterior e uma perda acumulada de 15,1 pontos porcentuais. Não por acaso, o Ministério de Minas e Energia (MME) anunciou a retomada por dois meses da termelétrica a gás natural AES Uruguaiana, que ofertará 250 MW médios. A usina, localizada no Rio de Grande do Sul, voltará a operar por meio de gás natural liquefeito (GNL) a ser importado pela Petrobras.

No Nordeste, a situação é relativamente estável. Ontem, os reservatórios da região operavam com nível de 42,4%, o mesmo patamar do dia anterior. No acumulado do mês, a redução verificada é de 0,2 ponto porcentual. A região mais tranquila do País é a Norte, cujos reservatórios estavam em 74,6% da capacidade total, 1,0 ponto porcentual acima do dia anterior e que representa um ganho acumulado de 13,8 pontos porcentuais no mês.

Ontem, o consumo de energia foi de 67,031 mil MW médios, abaixo do previsto pelo operador, de 70,793 mil MW médios. O menor consumo de energia, influenciado pela redução das temperaturas, ajuda a explicar o menor ritmo de queda nos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste. A demanda recorde ontem foi de 76,986 mil MW médios, bem abaixo do valor recorde já registrado pelo operador de 85,708 mil MW médios no dia 5 deste mês.

Dos 67,031 mil MW médios, as hidrelétricas forneceram 51,098 mil MW médios, sendo 42,680 mil MW médios das usinas nacionais e 8,418 mil MW médios de Itaipu. As termelétricas somaram 15,363 mil MW médios, sendo 1,992 mil MW médios das usinas nucleares e 13,371 mil MW médios de fontes térmicas convencionais. A produção das eólicas foi de 570 MW médios.

Dada a situação hidrológica mais favorável do Norte, a região segue exportando energia para o resto do País. O Norte enviou 5,098 mil MW médios, sendo 2,510 mil MW médios para o Nordeste e 2,588 mil MW médios para o Sudeste. O Sul ainda recebeu 1,956 mil MW médios do Sudeste.

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