Presidente da Ucrânia antecipa eleições e reduz seus poderes
Governo e oposição fecham acordo para eleição antecipada na Ucrânia
Plano prevê ainda uma reforma constitucional e a criação de um governo de coalizão em 48 horas
AFPO acordo, que deve ser assinado durante esta manhã, segundo a presidência ucraniana, estipula um retorno à Constituição de 2004, que dá mais poderes ao Parlamento, e a formação de um governo de coalizão em 48 horas, que deverá incluir representantes da oposição.
Segundo a oposição, mais de 100 pessoas morreram, em sua maioria manifestantes, desde terça-feira nos confrontos em Maidan, ou Praça da Independência, epicentro há três meses da pior crise registrada no país desde a independência em 1991. O ministério da Saúde divulgou um balanço de 75 mortos e 76 feridos "em estado grave".
Os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Polônia conversaram durante horas com o presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, e com líderes opositores para tentar conter a violência. O chanceler francês, Laurent Fabius, destacou que o acordo ainda estava sendo debatido e que o texto definitivo deve ser divulgado durante esta sexta-feira, 21.
A agência de classificação financeira Standard & Poor's rebaixou nesta sexta-feira a nota da Ucrânia após a violência dos últimos dias, o que pode prejudicar o apoio financeiro russo e a solvência do país.
A nota da Ucrânia caiu para "CCC", que corresponde a um país próximo da falta de pagamento. A perspectiva é negativa, o que significa que a agência pode rebaixar novamente a classificação a curto ou médio prazo.
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