Novos avanços no reconhecimento de face prometem mudar a forma como somos observados pelas máquinas -
e levantam temores dignos da ficção científica
Mas a polêmica esquenta de vez nas redes sociais. A nova versão do Facebook, já disponível a alguns usuários brasileiros, incorporou o reconhecimento facial automático no upload de fotos. Quando o dono de um perfil publica uma imagem com dois amigos que também estão na rede social, por exemplo, o software reconhece as três pessoas e as identifica usando tags – aquelas “etiquetas” com nomes e outros tipos de informação. Cabe ao usuário desabilitar o serviço, se assim quiser. Novos produtos do Google, da Microsoft e da Apple seguem o mesmo caminho. Prepare-se para ser detectado.
Hélio Gomes
NA CARA
Programa analisa a imagem para determinar o sexo e a idade de transeuntes
Programa analisa a imagem para determinar o sexo e a idade de transeuntes
O novo seriado do produtor americano
J.J.Abrams – criador do sucesso “Lost” – leva ao extremo uma das
paranóias mais latentes do mundo contemporâneo. A premissa da série
“Person of Interest”, já exibida no Brasil pelo canal pago Warner, é
simples: um computador poderosíssimo analisa as imagens de milhares de
câmeras de segurança para rastrear os passos de pessoas que correm risco
de vida ou podem estar envolvidas em crimes que ainda vão acontecer.
Ninguém é mais anônimo e os dados pessoais dos cidadãos são devassados
sem cerimônia. Recentes avanços na tecnologia de reconhecimento facial
mostram que a ficção está cada vez mais próxima da realidade.
Já usado por governos de países-alvo do terrorismo, como os Estados Unidos e a Inglaterra, sobretudo nos serviços de imigração, o recurso agora se populariza nas redes sociais, nos smartphones e na publicidade. Um software criado pela empresa americana Immersive Labs é capaz de reconhecer as feições de transeuntes para determinar seu sexo e faixa etária. A partir desses dados, o computador escolhe qual anúncio exibir em displays digitais de ambientes como aeroportos, por exemplo (leia quadro). “Nossa solução usa a detecção facial anônima. Só colhemos dados numéricos, nenhuma informação pessoal é disponibilizada e as imagens não são gravadas”, explica Jason Sosa, CEO da empresa sediada em Nova York. “Não queremos bombardear os consumidores com anúncios. Transportamos as experiências do mundo online para o físico”, completa o executivo.
Já usado por governos de países-alvo do terrorismo, como os Estados Unidos e a Inglaterra, sobretudo nos serviços de imigração, o recurso agora se populariza nas redes sociais, nos smartphones e na publicidade. Um software criado pela empresa americana Immersive Labs é capaz de reconhecer as feições de transeuntes para determinar seu sexo e faixa etária. A partir desses dados, o computador escolhe qual anúncio exibir em displays digitais de ambientes como aeroportos, por exemplo (leia quadro). “Nossa solução usa a detecção facial anônima. Só colhemos dados numéricos, nenhuma informação pessoal é disponibilizada e as imagens não são gravadas”, explica Jason Sosa, CEO da empresa sediada em Nova York. “Não queremos bombardear os consumidores com anúncios. Transportamos as experiências do mundo online para o físico”, completa o executivo.
NO MERCADO
A tecnologia é exibida durante feira realizada no Japão
Outro terreno pródigo para a tecnologia é o dos smartphones. Um novo
aplicativo, batizado de SceneTap, já funciona em cerca de 50 bares de
Chicago, nos EUA, para determinar as características dos frequentadores
das casas noturnas. Basta apontar a câmera do celular para o ambiente
para que o software diga quantas mulheres e homens há no lugar, além de
suas prováveis idades. O sistema só funciona com a autorização do dono
do estabelecimento.
A tecnologia é exibida durante feira realizada no Japão
Mas a polêmica esquenta de vez nas redes sociais. A nova versão do Facebook, já disponível a alguns usuários brasileiros, incorporou o reconhecimento facial automático no upload de fotos. Quando o dono de um perfil publica uma imagem com dois amigos que também estão na rede social, por exemplo, o software reconhece as três pessoas e as identifica usando tags – aquelas “etiquetas” com nomes e outros tipos de informação. Cabe ao usuário desabilitar o serviço, se assim quiser. Novos produtos do Google, da Microsoft e da Apple seguem o mesmo caminho. Prepare-se para ser detectado.
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