Exceto em casos de crise intensa e de problema crônico, dor pode ser minimizada com medidas como compressa de gelo e ingestão moderada de cafeína
Vivian Carrer Elias
Enxaqueca: Entre 2% e 3% dos brasileiros apresentam o problema
(Thinkstock)
Não existe cura para a enxaqueca, como explica o neurologista Antônio Galvão, coordenador do departamento de dores da Academia Brasileira de Neurologia. "A única coisa que parece curá-la é a idade. Ainda não se sabe o motivo, mas, na maioria das vezes, as pessoas deixam de apresentar o problema conforme envelhecem, especialmente após os 60 anos", diz.
Saída — Existem, porém, formas de diminuir a prevalência de crises e de atenuar as dores. "Quando as crises são intensas e o problema se torna crônico, os medicamentos são fundamentais. Em casos menos graves, muitas vezes é possível combater o problema sem a ajuda de medicamentos”.
O primeiro passo para prevenir enxaqueca é identificar o fator que desencadeia as crises e evitá-los. Chocolate, vinho tinto e comidas gordurosas são causadores comuns do problema, mas isso não quer dizer que todo mundo precise evitar esses alimentos. "Cada pessoa apresenta um fator desencadeante. Um indivíduo pode ter crises quando come chocolate, mas não sente dor depois de tomar muito vinho, por exemplo”, explica o neurologista. Caso a crise se instale, há práticas aconselháveis para reduzir a dor — fazer compressas de gelo, deitar em um ambiente escuro e consumir (pouca) cafeína são algumas das principais.
Tais medidas evitam o excesso de analgésicos — e isso é benéfico, pois, quanto mais medicamentos do tipo uma pessoa toma, mais o seu corpo se tornará tolerante e dependente dele. Com isso, o indivíduo deixará de responder aos efeitos do medicamento e pode transformar a enxaqueca em um problema crônico.
Vida sem enxaqueca
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Identifique e evite o que desencadeia a enxaqueca
Os motivos que desencadeiam a enxaqueca variam de acordo com a pessoa. Mas os mais comuns, segundo
a Sociedade Brasileira de Cefaleia, são stress, jejum, má qualidade do
sono, fatores genéticos e hormonais (como estar próximo à data da
mestruação), excesso de cafeína ou analgésicos, sedentarismo, chocolate,
álcool, além de alimentos gelados e gordurosos. "Isso
não quer dizer que pessoas com enxaqueca terão crises devido a todos
esses fatores", diz o neurologista Antônio Galvão, coordenador do
departamento de dor da Academia Brasileira de Neurologia.
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