9.16.2014

Conselho da ONU fará reunião urgente na quinta-feira sobre ebola


Surto já afetou cerca de 5 mil pessoas e causou cerca de 2,4 mil mortes, segundo dados da OMS

O Dia
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU realizará na próxima quinta-feira uma reunião de urgência para tratar da crise do ebola na África Ocidental, anunciou nesta segunda-feira a embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power. No encontro, solicitado pelos Estados Unidos, está prevista a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; da diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e do coordenador das Nações Unidas para a doença, David Nabarro, entre outros.

Na simulação, a pessoa com suspeita de ter a doença é levada por uma ambulância do Samu do Galeão até a Fundação Oswaldo Cruz
Foto:  Severino Silva / Agência O Dia


"É crucial que os membros do Conselho discutam o status da epidemia, falem de uma resposta internacional coordenada e comecem o processo de reunir recursos coletivos para impedir o avanço da doença", disse Samantha em declarações aos jornalistas.

A embaixadora americana acredita que todos os países comparecerão à sessão com a intenção de oferecer "compromissos claros" para contribuir no combate ao surto, que afeta principalmente Libéria, Serra Leoa e Guiné. "Estamos pedindo a todos os países, para que aprofundem e vejam o que podem conseguir", disse Samantha, que destacou que a resposta da comunidade internacional até o momento "não foi suficiente".

A representante dos EUA, que exerce a presidência do Conselho deSegurança neste mês, advertiu sobre as "graves consequências desestabilizadoras" que a doença pode ter em muitos aspectos. "Esta é uma crise perigosa, mas que podemos conter se a comunidade internacional se unir", defendeu.

O surto, segundo dados da OMS, já afetou cerca de 5 mil pessoas e causou cerca de 2,4 mil mortes. O presidente americano, Barack Obama, deve anunciar amanhã um plano ampliado de resposta à doença, conforme antecipou a Casa Branca. Obama fará o anúncio nesta terça-feira durante uma visita à sede da agência americana que coordena a resposta ao surto de ebola, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) em Atlanta, no sul dos Estados Unidos.

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