Conselho da ONU fará reunião urgente na quinta-feira sobre ebola
Surto já afetou cerca de 5 mil pessoas e causou cerca de 2,4 mil mortes, segundo dados da OMS
O Dia
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU
realizará na próxima quinta-feira uma reunião de urgência para tratar da
crise do ebola na África Ocidental, anunciou nesta segunda-feira a
embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power. No encontro,
solicitado pelos Estados Unidos, está prevista a participação do
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; da diretora da Organização Mundial
da Saúde (OMS), Margaret Chan, e do coordenador das Nações Unidas para a
doença, David Nabarro, entre outros.
Na simulação, a pessoa com suspeita de ter a doença é levada por uma ambulância do Samu do Galeão até a Fundação Oswaldo Cruz
Foto: Severino Silva / Agência O Dia
"É crucial que os membros do Conselho discutam o status da epidemia,
falem de uma resposta internacional coordenada e comecem o processo de
reunir recursos coletivos para impedir o avanço da doença", disse
Samantha em declarações aos jornalistas.
A embaixadora americana acredita que todos os países comparecerão à
sessão com a intenção de oferecer "compromissos claros" para contribuir
no combate ao surto, que afeta principalmente Libéria, Serra Leoa e
Guiné. "Estamos pedindo a todos os países, para que aprofundem e vejam o
que podem conseguir", disse Samantha, que destacou que a resposta da
comunidade internacional até o momento "não foi suficiente".
A representante dos EUA, que exerce a presidência do Conselho
deSegurança neste mês, advertiu sobre as "graves consequências
desestabilizadoras" que a doença pode ter em muitos aspectos. "Esta é
uma crise perigosa, mas que podemos conter se a comunidade internacional
se unir", defendeu.
O surto, segundo dados da OMS, já afetou cerca de 5 mil pessoas e causou
cerca de 2,4 mil mortes. O presidente americano, Barack Obama, deve
anunciar amanhã um plano ampliado de resposta à doença, conforme
antecipou a Casa Branca. Obama fará o anúncio nesta terça-feira durante
uma visita à sede da agência americana que coordena a resposta ao surto
de ebola, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em
inglês) em Atlanta, no sul dos Estados Unidos.
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