Presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça (16) o site "Muda Mais", que teve o pedido de veiculação suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE); "Eu acho que pode ser que as pessoas não gostem do que nós falamos. Agora é uma opinião, e crime de opinião no Brasil é algo ultrapassado, eu fui para a cadeia por crime de opinião, e sei perfeitamente que, na democracia, a opinião é algo que deve ser acolhido", afirmou Dilma; sobre o parecer do procurador Rodrigo Janot que pede a suspensão de uma propaganda eleitoral do PT que trata da autonomia do Banco Central, ela ressaltou que "estamos externando uma opinião, e essa opinião tem que ser respeitada"
16 de Setembro de 2014 às 21:38
CENSURA NUNCA MAIS: FUI PRESA POR EXTERNAR MINHA OPINIÃO (Dilma Rousseff)
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência BrasilA presidenta Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, defendeu hoje (16) o site do partido, que teve o pedido de veiculação suspenso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ela, o PT estava apenas emitindo a sua opinião, que tem que ser respeitada. Mais cedo, o ministro Herman Benjamin, do TSE, determinou que o site mudamais.com fosse retirado do ar imediatamente por ser uma página irregular de propaganda eleitoral. Até o fechamento desta reportagem, o portal ainda não havia saído do ar. "Eu acho que pode ser que as pessoas não .gostem do que nós falamos.
Dilma também comentou o parecer do procurador-geral Eleitoral, Rodrigo Janot, que pede a suspensão de uma propaganda eleitoral do PT que trata da autonomia do Banco Central. No pedido, o procurador alega que a publicidade tem "aptidão de criar, artificialmente, estados mentais, emocionais ou passionais do público". Segundo Dilma, é democrático o pedido de Janot, já que cada um tem que fazer a sua parte, mas garantiu: "nós estamos externando uma opinião, e essa opinião tem que ser respeitada."
A candidata comemorou os dados divulgados hoje pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo os quais a fome não é mais um problema estrutural brasileiro. Para Dilma, os números demonstram que o sonho de uma geração tirar o país do mapa da fome foi alcançado, e as políticas de proteção social foram responsáveis pelos avanços. "Há uma correlação muito forte entre o Bolsa Família e a redução da fome e da miséria no Brasil, da redução da sub alimentação", disse, destacando que o próximo passo é garantir a educação de qualidade para todo mundo.
"Tem gente tão pobre que não sabe que tem direito a certos programas sociais. […] Nós corremos atrás deles", explicou Dilma, referindo-se à busca ativa feita para incluir outras cerca de 300 mil famílias no Programa Bolsa Família. Para ela, a porta de saída do Bolsa Família é a porta de entrada no mundo do trabalho e do empreendedorismo. "Entrada [esta] que estamos procurando cada vez mais garantir via Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] e por meio do empreendedorismo, o sonho da pessoa de ter seu próprio negócio. O grande desafio foi realizar esse sonho da redução da desigualdade."
Após a entrevista, a candidata viajou para Aparecida, em São Paulo, onde participa nesta noite, ao lado dos demais postulantes à Presidência, de debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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