11.29.2014

Desigualdade caiu no Brasil e a perspectiva é de continuidade do processo, diz a ONU


O Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta 3ª feira (ontem) pela ONU, é uma prova cabal do acerto das políticas sociais dos governos petistas. Levantamento de uma década – é referente ao período de 2000 a 2010 – o estudo atesta a redução das desigualdades sociais e das disparidades regionais em nosso país. E mais: as perspectivas para o futuro nesse campo são boaspesquisa da ONU prova que a qualidade de vida melhorou nas metrópoles brasileiras em todos os principais indicadores sociais entre 2000 e 2010, com ênfase maior em saúde, educação e distribuição de renda. O levantamento mostra, ainda, que este salto registra incidência maior nas regiões Norte e Nordeste do país.
Na avaliação de Jorge Chediek, coordenador em Brasília do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil é um exemplo de país que tem reduzido a pobreza e a desigualdade com excelentes resultados. “O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo. Ainda é muito desigual, mas os indicadores têm melhorado muito e há tendência de redução maior das desigualdades”, garante.
Chediek recomenda, ainda, a “continuidade das políticas (desenvolvidas na última década) e um esforço de focalização naquelas áreas e populações que ainda precisam de apoio das políticas públicas e do emprego”. Segundo o Atlas, no Brasil “foram adotadas políticas anticíclicas eficientes, políticas públicas ativas de diminuição da desigualdade, de transferência de renda condicionada e de superação da pobreza e da pobreza extrema”.
Todas as 16 regiões metropolitanas apresentaram IDHM alto
Para realizar esse trabalho – em parceria com o Instituto de Política Econômica aplicada (IPEA) e a Fundação João Pinheiro – a ONU (PNUD) fez um acompanhamento da evolução da melhoria da qualidade de vida das pessoas nas 16 principais regiões metropolitanas do país entre os anos 2000 e 2010 e pesquisou, também, em 9.825 unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), uma divisão estabelecida pela ONU que se aproxima do nosso conceito de bairros.
O Atlas da ONU trabalha com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), um indicador que varia de 0 a 1 (quanto mais perto do 1, maior o desenvolvimento humano da região) e avalia a expectativa de vida, a renda per capita e a educação.
O que salta aos olhos neste Atlas é que em 2000, por estes indicadores da ONU, somente São Paulo tinha índice de desenvolvimento humano alto. Passados 10 anos, todas as 16 regiões obtiveram IDHM alto. Manaus, por exemplo, que estava com o mais baixo índice naquele ano, reduziu a desigualdade de sua população em 23% e atingiu agora um IDHM de 0,72.
A Grande São Paulo manteve a liderança registrada em 2000 e apresentou em 2010, um índice de 0,794, seguida do Distrito Federal e região do entorno de Brasília, com IDHM de 0,792. Outro revelação trazida pelo Atlas é que os municípios localizados no entorno das capitais avançaram mais do que o centro das regiões metropolitanas (as próprias capitais).
Educação foi o melhor índice 
“Quando calculamos o IDHM entre os municípios, vimos que vários dos nossos indicadores apontavam que estávamos captando só 30% das desigualdades brasileiras. As grandes desigualdades estavam dentro dos municípios”, conta o coordenador de Pesquisa da Fundação João Pinheiro, Olinto Nogueira. No entanto, ele destaca que, embora ainda apresentem IDHM melhor, a diferença entre as capitais e os municípios do entorno vem diminuindo.
Já o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri (ex-presidente do IPEA) observou que “o grande salto foi em educação, o que nos permite antecipar melhoras futuras”. Analisada individualmente, a educação foi o quesito que mais apresentou melhoras nesses 10 anos, com destaque para a capital São Luís (Maranhão) que apresentou o maior índice de melhora nesse quesito – 0,737 de IDHM.
Em 2000, aponta Neri, a diferença entre os números do IDHM com os melhores e piores desempenhos para a educação nas regiões metropolitanas era 43%. Uma década depois, essa diferença caiu para 15,9%.
Confiram aqui o Atlas da ONU.

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