Fotos mostram a superfície do corpo celeste 67P/Churyumov-Gerasimenko
Pouco depois do pouso do robô Philae
em um cometa, feito inédito e histórico da exploração espacial pelo
homem, as primeiras imagens feitas por ele começam a chegar à Terra.
As imagens mostram a superfície do cometa
67P/Churyumov-Gerasimenko feitas durante a aproximação do robô, do
tamanho de uma máquina de lavar roupa.
Seus dados poderão ajudar a elucidar mistérios sobre
cometas como esse, relíquias geladas dos tempos da formação do Sistema
Solar.
Um dos temores dos cientistas que comandam a missão é de
que a parte externa do cometa fosse revestida por gelo, o que poderia
fazer o robô quicar na superfície e ser afastada da rocha em vez de
aterrissar - já que há pouca gravidade no local.
Mas o robô não só não quicou, como afundou cerca de
quatro centímetros ao pousar, o que sugere que ele encontrou uma
superfície relativamente macia.
Fonte: ESA/ Getty Images
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'Grande passo'
O robô Philae conseguiu aterrissar no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko às 14h05 (horário de Brasília).
O robô Philae conseguiu aterrissar no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko às 14h05 (horário de Brasília).
"Este é um grande passo para a civilização", disse Jean
Jacques Dordain, diretor-geral da Agência Espacial Europeia, que deu
início à missão há cerca de duas décadas.
"Sabíamos que este tipo de feito não iria cair do céu, só com trabalho duro e muito conhecimento."
O robô foi lançado às 7h03 de hoje da sonda Rosetta e
levou sete horas para atingir a superfície do cometa, que está a 500
milhões de quilômetros da Terra.
Agora, o robô fará análises da composição da superfície
do corpo celeste, o que pode oferecer novas pistas sobre a formação do
Sistema Solar e da vida na Terra.
Análise química da superfície do cometa pode dar pistas sobre o surgimento da vida na Terra
Uma das teorias sobre o início da vida na Terra postula
que os primeiros ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um
cometa.
Estes são considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
A missão Rosetta, batizada em homenagem à pedra que
possibilitou a tradução dos hieróglifos egípcios, foi planejada na
década de 80 e custou ao menos US$ 1 bilhão.
A sonda foi lançada em março de 2004 e, desde então, já
orbitou o sol cinco vezes, ganhando velocidade "surfando" a gravidade da
Terra e de Marte.
Para atravessar a parte mais gelada de sua rota, a sonda foi desligada em 2012 e somente reativada em 1º de janeiro deste ano.
Fonte: ESA/ Getty Images
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