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6.29.2010
É zero o que? Gato por Lebre (Propaganda enganosa)
Alimentos zero
A constante preocupação da população com os hábitos alimentares mais saudáveis vem sendo refletida nas prateleiras do supermercado. A onda dos alimentos "zero" invadiu o carrinho de compras. Refrigerantes, sucos, biscoitos, massa de pizza, pão de forma, achocolatado, produtos congelados e até pudim já trazem na embalagem o selo que promete um alimento mais saudável sem ter o sabor original comprometido.
Aposto que a última vez que você foi às compras optou por, no mínimo, um produto zero, embora você prefira o normal, certo? Mas, será que essa troca é realmente vantajosa? Ao optar por um refrigerante zero, você está sendo mais saudável? Para tentar esclarecer essas dúvidas, enumeramos o que de principal você precisa saber sobre essa nova tendência alimentícia.
"Os produtos zero não possuem muita diferença quando comparados aos produtos diet, ou seja, há uma isenção em algum dos seus componentes nutricionais, que podem ser açúcar, sal, proteínas ou gorduras". O ideal é sempre dar uma boa olhada no rótulo para descobrir a que redução ele se refere. Muitas vezes, o lançamento de um produto zero pode ser mais jogada comercial do que efetivamente uma inovação.
Podem ser mais calóricos
Temos a tendência de achar que quem está de dieta deve optar pelo zero. Porém, a nutricionista alerta: "É muito importante observar que esses produtos podem apresentar mais calorias que os tradicionais, pois podem ser isentos de açúcar, mas apresentar maiores quantidades de gordura, a fim de conferir sabor. Neste caso, os alimentos tornam-se mais calóricos, não sendo recomendados para o controle de peso".
Não são sempre recomendados
Os alimentos zero não são sempre a melhor opção para todos. "O alimento zero que tiver isenção de 100% de açúcar pode ser melhor para um diabético, mas não são indicados para qualquer pessoa. Crianças, por exemplo, só devem consumir esse tipo de alimentos se tiver alguma restrição alimentar". Por isso, antes de sair por aí enchendo o carrinho de produtos zero, lembre-se que cada caso deve ser avaliado individualmente por um especialista.
Paraná On line
Alimentos: Gato por Lebre
Qualquer pessoa minimamente atenta ao mundo da publicidade televisiva já reparou, certamente, nestes produtos alimentares que se dizem benéficos para a saúde. Nem que tenha sido por efeito cumulativo...
Iogurtes light, probióticos, alimentos zero, os chamados produtos funcionais, prometem dietas milagrosas, compensar as carências de minerais no organismo, reduzir o colesterol drasticamente em poucas semanas, no fundo tornar a vida de quem os consome mais saudável.
Não admira pois que o Estado esteja tão empenhado em publicitar os medicamentos genéricos, é que os iogurtes, as manteigas e os cereais parece que lhe andam a roubar quota de mercado.
A União Europeia já tem indicadores, está preparando uma autêntica cruzada na protecção dos consumidores no que diz respeito aos produtos alimentares.
Primeiro na restrição de publicidade à dita "junk food", ou seja, comida pouco saudável e com baixo valor nutricional. A medida visa proteger sobretudo os mais novos perante o avanço galopante da obesidade infantil.
Segundo dados da UE há 22 milhões de crianças com excesso de peso ou obesidade, no espaço da União Europeia, estimando-se que este número cresça mais de 400.000 de ano para ano.
Markos Kyprianou, comissário europeu para a Saúde afirmou, numa entrevista, que o cenário ideal seria as próprias marcas de comida não saudável deixarem de publicitar os seus produtos. Mas, como sabemos, para estas empresas de modelo capitalista a vertente de promoção é de tal forma importante que dificilmente o poderiam fazer.
Mesmo que o fizessem aquilo que aconteceria seria mais uma manobra de maquiagem, com a inclusão de produtos mais saudáveis ou redução de ingredientes calóricos do que uma mudança de filosofia.
O risco de descaracterização dos produtos teria certamente repercussões nefastas no mercado consumidor. Ciente dessa impossibilidade a UE lançou um ultimato a estas empresas ameaçando recorrer a uma legislação restritiva em relação à publicitação dos produtos.
A partir de agora qualquer produto que faça menção a benefícios nutricionais terá de ser submetido a novas regras quer publicitárias, quer de rotulagem.
No fundo não bastará às empresas publicitar as mais-valias dos seus produtos, terão que as comprovar. Com estas novas regras «os consumidores podem escolher aquilo que pretendem comer, tendo a garantia de que aquela alegação não é enganosa», afirmou Bela Franchini, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNA) da Universidade do Porto.
Aquilo que muitas vezes aconte, nomeadamente nos produtos light, era que ha a obrigatoriedade de redução mínima de um ingrediente em 25%. Isto não significa que necessariamente o produto se torna menos calórico, pois a substância reduzida, em vez hidratos de carbono, lípidos ou proteínas, pode ser, por exemplo, sódio.
Esta flexibilidade "semântica" leva as marcas a contornar a lei e a induzir, na maioria dos casos, os consumidores em erro.
As novas diretrizes da União Europeia impedem também que figuras públicas dêem a cara em campanhas publicitárias por estes produtos. Já a partir do próximo ano a Comissão Europeia irá estabelecer uma listagem de alegações nutricionais que os produtos poderão usar.
Deixará de ser possível referir nos anúncios que o produto previne a osteoporose ou compensa as perdas de estrogénio. Assim sendo os produtos só chegarão ao mercado caso preencham os requisitos a definir pela Autoridade para a Segurança dos Alimentos.
Se até aqui pela boca morria o peixe, a partir de agora, vão deixar de nos vender gato por lebre.
Fonte : O observador
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