O medicamento Avandia, do laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK), voltado para o combate a diabetes, aumenta o risco de problemas cardiovasculares, segundo a análise dos resultados de 50 testes clínicos publicados nesta segunda-feira.
Esses dados confirmam estudos anteriores.
O uso da droga aumenta de 28% a 39%, mas o número não vem acompanhado de um aumento de mortes por infarto.
Esta análise, realizada pelos médicos Steven Nissen e Kathy Wolsky da Cleveland Clinic Foundation, nos EUA, estudou 56 mostras clínicas até fevereiro de 2010.Os testes tiveram a participação de 35.531 pacientes, dos quais 19.509 haviam tomado Avandia (molécula rosiglitazona), enquanto 16.022 foram tratados com o medicamento Artos (molécula pioglitazona), da mesma categoria que o anterior mas do laboratório japonês Takeda.Os resultados foram publicados nesta segunda-feira na versão on-line do jornal Archives of Internal Medicine.
SAIBA AINDA:
A diabetes e o coração
As doenças cardiovasculares são sérias complicações da diabetes.
As pessoas não têm que esperar até ter um ataque cardíaco para começar a prevenção do problema.Segundo o Dr. Enrique Caballero, Endocrinologista no Joslin Diabetes Center e na Harvard Medical School, em Boston, "Há uma grande conexão entre diabetes e doenças cardiovasculares.
A doença cardiovascular representa a causa número um de mortes em pessoas com diabetes".
Ainda segundo o Dr. Enrique, isto representa uma grande preocupação entre as pessoas com diabetes, pois estas têm maior chance de desenvolver doenças do coração comparado às pessoas que não são diabéticas – isso foi demonstrado por diversos anos de estudo.
Logo, a primeira ideia é que todas as pessoas com diabetes devem-se preocupar com a possibilidade de ter problemas cardíacos, e identificar factores, que junto com a diabetes, aumentam o risco de desenvolver a doença.
Faça exames ao coração com regularidade.
Outros factores de risco são o colesterol e os triglicéridos.É o problema que as pessoas com diabetes costumam ter: gordura no sangue. A quantidade de gordura pode ser alta.
E isso também está relacionado com a diabetes mal controlada, mas às vezes é independente do nível de açúcar no sangue.
Alguém pode ter um nível de açúcar muito bom, um controlo da diabetes também muito bom, mas o colesterol pode estar alto.
É um factor independente que deve ter a atenção das pessoas.Novamente, o controle do colesterol é muito importante para evitar o risco de ter um ataque cardíaco.
As outras gorduras encontradas no sangue são os triglicérides, os quais também são responsáveis por doenças do coração.
Outro factor de risco é a pressão sanguínea.
Geralmente pessoas diabéticas têm um risco maior de ter hipertensão, isto é, pressão alta.
Aproximadamente 60% a 70% das pessoas com diabetes têm pressão alta, o que é considerado outro factor de risco.Logo, pessoas com diabetes também têm que controlar a pressão sanguínea.
Pode-se concluir que a conexão entre a diabetes e os problemas cardiovasculares é muito forte e para reduzir esse risco é necessário que as pessoas controlem os quatro maiores factores de risco (alimentação, peso, níveis de açúcar no sangue e colesterol) e façam exames periódicos.Fonte: www.diabete.com.br
Alimentação e a diabetes II
Embora os diabéticos (tipo 1 ou 2) devam ter cuidado relativamente aos seus hábitos alimentares, isso não significa que estes não possam fazer uma alimentação variada.
Aliás, deve-se comer de tudo um pouco, de acordo com as suas respectivas proporções.
No endereçohttp://www.gastronomias.com/diabetes/inicio.htm estão disponíveis diversas receitas para diabéticos, desde sopas a saladas e a pratos tradicionais. Para finalizar, ficam 9 ideias a reter sobre a alimentação para diabéticos:
1. Tente obter e manter o peso dentro dos limites adequados para a sua altura, sexo e actividade física.
2. Faça várias refeições ao dia pois desta forma torna-se mais fácil controlar os níveis de glicose no sangue. Nunca fique muitas horas sem comer.
3. Procure fazer as refeições a horas certas, de acordo com os conselhos do médico ou nutricionista. O horário das refeições deve ser adaptado às doses de insulina e horário em que são tomadas.
4. Procure reduzir o consumo de alimentos fritos e com muita gordura.
Opte por alimentos com menor teor de gordura, como queijos com baixo teor de gordura, carne magra, bem como leite meio-gordo ou magro.
5. Procure consumir mais alimentos amiláceos com alto teor de fibras. As fibras existentes, por exemplo, nos feijões, ervilhas, lentilhas, legumes e frutas ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue.
6. Evite consumir produtos açucarados. Evite bebidas açucaradas. É mais aconselhável comer um bolo no final de uma refeição do que com o estômago vazio, pois desta forma não origina "picos" muito altos de glicose no sangue.
7. Não utilize sal em excesso. Uma elevada dose de sal contribui para uma pressão arterial alta.8. Beba bebidas alcoólicas com moderação, mas nunca com o estômago vazio. O álcool pode causar hipoglicémia (ou um nível baixo de glicose no sangue), caso esteja a tomar injecções de insulina ou comprimidos.9. Evite produtos alimentares e bebidas especiais para diabéticos. Além de serem caros, são desnecessários.
Insulina
A a ação em nível celular e metabólico
As acções da insulina no metabolismo humano como um todo incluem:
* Controle da quantidade de certas substâncias que entra nas células, principalmente glicose nos tecidos muscular e adiposo (que são aproximadamente 2/3 das células do organismo);
* Aumento da replicação de DNA e de síntese de proteínas via o controle de fornecimento de aminoácidos;
* Modificação da actividade de inúmeras enzimas (controle alostérico)As acções nas células incluem:*
Aumento da síntese de glicogénio: a insulina induz à armazenagem de glicose nas células do fígado (e dos músculos) na forma de glicogénio; a diminuição dos níveis de insulina ocasiona a conversão do glicogénio de volta à glicose pelas células do fígado e a excreção da substância no sangue.
É a acção clínica da insulina que reduz os níveis altos de glicemia diagnosticados na diabetes.* Aumento da síntese de ácidos graxos: a insulina induz à transformação de glicose em triglicerídeos pela células adiposas; a falta de insulina reverte o processo.
* Aumento da esterificação de ácidos graxos: estimula o tecido adiposo a compor triglicerídeos a partir de ésteres de ácidos graxos; a falta de insulina reverte o processo.
* Redução da proteinólise: estimula a diminuição da degradação proteica; a falta de insulina aumenta a proteinólise.
* Redução da lipólise: estimula a diminuição da conversão de suprimento de lipídeos contido nas células adiposas em ácidos graxos sanguíneos; a falta de insulina reverte o processo.
* Redução da gliconeogénese: reduz a produção de glicose em vários substratos do fígado; a falta de insulina induz à produção de glicose no fígado e em outros locais do corpo.
* Aumento do consumo de aminoácidos: induz células a absorver aminoácidos circulantes; a falta de insulina inibe a absorção;
*Aumento do consumo de potássio: induz células a absorver potássio plasmático; a falta de insulina inibe a absorção;
* Tônus dos músculos arteriais: induz a musculatura das paredes arteriais ao relaxamento, o que aumenta o fluxo sanguíneo especialmente em microartérias; a falta de insulina reduz o fluxo por permitir a contração desses músculos.
Laboratório questiona teste que culpa remédio
de diabetes por risco de ataques cardíacos(29/06/2010)
O laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK), produtor do remédio para diabetes Avandia, questionou a análise divulgada nesta segunda-feira (28), que afirmou que o remédio aumenta o risco de problemas cardiovasculares.
Em nota, a Glaxo afirma que estudos de referência internacional analisados em conjunto mostraram que o Avandia não aumenta os riscos de ataque do coração, derrames e mortes.
O laboratório fecha a nota dizendo que o estudo apresenta “limitações” por se basear “apenas em dados estatísticos”.
Uma análise dos resultados de 50 testes clínicos afirmou que medicamento Avandia, utilizado contra a diabetes, aumenta o risco de problemas cardiovasculares de 28% a 39%, mas o número não vem acompanhado de um aumento de mortes por infarto.
Esta análise, realizada pelos médicos Steven Nissen e Kathy Wolsky da Cleveland Clinic Foundation, estudou 56 ensaios clínicos até fevereiro de 2010.
Cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem de diabetes, das quais 23 milhões são americanas.
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