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8.15.2010
FDA libera medicamento (ulipristal) que pode ser tomado até 5 dias apó o ato sexual
EUA liberam pílula do dia seguinte que pode ser tomada 5 dias após sexo
Ulipristal é fabricada pelo laboratório francês HRA Pharma.
Droga concorrente é eficaz até 3 dias depois do ato sexual.
A agência americana que regula alimentos e remédios (FDA, na sigla em inglês) aprovou nesta sexta-feira (13) um novo contraceptivo que pode ser tomado até 5 dias após o ato sexual.
A droga, com o nome comercial “ella” (ulipristal), é fabricada pela farmacêutica francesa HRA Pharma. O “anticoncepcional de emergência” não deve ser usado rotineiramente, alertou a agência. A pílula concorrente, da Teva Pharmaceutical, é eficaz até 3 dias depois do ato sexual.
Ella é parte de uma classe de drogas que interfere na ação do hormônio progesterona, crucial para a evolução da gravidez. Entre os efeitos colaterais registrados estão náusea, dor de cabeça e dor abdominal.
G1.com
Saiba mais:
Nova "pílula do dia seguinte" atua cinco dias depois da relação sexual
Pesquisa compara produtos existentes no mercado internacional
Estudo publicado na revista cientifica "Lancet" diz que o acetato de ulipristal, a nova pílula do dia seguinte para evitar gravidez indesejada, é mais eficaz que é a levonorgestrel. A contracepção de emergência está disponível em 140 países e em pelo menos 50 o medicamento pode ser comprado sem receita médica.
Pesquisadores do Serviço Nacional de Saúde Lothian, em Edimburgo, compararam o acetato de ulipristal e a levonorgestrel. Enquanto a primeira é eficaz por até cinco dias, a segunda perde a eficácia em até 72h. Nas primeiras 24 horas ela evitaria 95% das gestações, mas este índice cai para 58% no segundo dia após o ato sexual. E a eficácia ainda depende do momento do ciclo menstrual, dizem os autores.
Na pesquisa britânica, especialistas rastrearam 1.700 mulheres com idades entre 16 anos e 36 anos, no Reino Unido, na Irlanda e nos Estados Unidos, que receberam contracepção de emergência num prazo de três a cinco dias, depois de uma relação sexual sem proteção. De forma aleatória, as participantes tomaram uma ou outra droga. Das 844 mulheres que receberam o acetato de ulipristal nas primeras 72 horas depois do coito sem proteção, 15 engravidaram (1,8%). No grupo do levonorgestrel, o contraceptivo falhou em 2,6% dos casos (22 gestações).
Segundo os autores, o acetato de ulipristal reduziu quase à metade o risco de gravidez em comparação com o levonorgestrel em mulheres que receberam a pílula nas 120 horas posteriores ao coito. Nas mulheres que recorreram ao método no quarto e quinto dias seguintes à relação, o ulipristal proporcionou uma prevenção significativa da gravidez. E acrescentam que não há dados mostrando que ela possa causar mais efeitos adversos que a levonorgestrel. Mas podem ocorrer dor abdominal, alterações menstruais, náuseas e dor de cabeça.
A nova pílula do dia seguinte está disponível apenas nos Estados Unidos. Pesquisadores afirmam que novos estudos sobre sua segurança são necessários antes de recomendar a venda sem receita da nova pílula, que custa três vezes mais.
A ulipristal foi aprovada na pela Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) no ano passado. Mesmo assim, autoridades de saúde advertiram que as mulheres não devem ter uma falsa sensação de segurança com a nova droga.
– A mensagem é que nos casos de relação sexual indesejada as mulheres devem agir o mais rapidamente possível – disse Tony Kerridge, porta-voz da organização de saúde sexual Marie Stopes International. – Pode-se pensar que há uma janela de oportunidade, mas, assim que puder, tente resolver o problema.
Para os autores da pesquisa, apesar do receio de um possível abuso da nova droga, aumentar o prazo limite para usá-la é um avanço importante. O acetato de ulipristal bloqueia a ação do hormônio feminino progesterona.
AGÊNCIA O GLOBO
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