E TEM PESSOAS AQUI NO BRASIL QUE DEFEDEM ESTA PRÁTICA (Será que nos livros sagrados é permitido matar?)
KUNDUZ, Afeganistão (Reuters) - Um homem e uma mulher, acusados de serem amantes, foram mortos no domingo a pedradas publicamente pelo Talibã no norte do Afeganistão, disse uma autoridade provincial na segunda-feira.
Se confirmadas, serão as primeiras execuções desse tipo pelo Talibã na outrora pacata província de Kunduz. Na semana passada, clérigos afegãos propuseram a reintrodução da sharia (lei islâmica), incluindo a aplicação de execuções.
Também na semana passada, autoridades disseram que os militantes islâmicos açoitaram e executaram publicamente uma mulher acusada de adultério na província de Badghis (noroeste).
No caso de domingo, "os dois foram apedrejados até a morte num bazar do distrito de Dasht-e Archi, sob a acusação de cometerem um ato de adultério", disse Mohammad Omar, governador de Kunduz.
O chefe de polícia do distrito, Hameed Agha, afirmou que os dois condenados estavam noivos de outras pessoas e foram presos pelo Talibã a pedido das próprias famílias, quando tentavam fugir juntos.
O Talibã é uma milícia islâmica radical que atraía forte condenação internacional por realizar punições desse tipo na época em que governava o Afeganistão (1996-2001).
Na semana passada, o grupo procurou se distanciar do incidente de Badhdis. Um porta-voz disse não ter informações sobre as execuções em Kunduz.
A sharia prescreve punições como apedrejamentos, chibatadas, amputações e execução. Um colegiado de clérigos, reunido na semana passada para discutir a reconciliação com o Talibã, manifestou apoio a tais punições, conhecidas como "hodud."
Alguns afegãos ainda recorrem aos tribunais do Talibã para dirimir disputas, por considerarem que os órgãos do governo são corruptos e não confiáveis.
Apesar da presença de mais de 140 mil soldados estrangeiros, com apoio de 300 mil militares e policiais afegãos, o Talibã conseguiu se espalhar além de seus redutos tradicionais no sul, chegando a áreas outrora pacíficas, como Kunduz.
Por Mohammad Hamed (Reportagem adicional de Andrew Hammond)
Reuters/Brasil Online
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