9.28.2010

Pratique gentileza

“Não diga obrigada, diga agradecida. Não diga por favor, diga por gentileza.” Eu nunca tinha pensado nisso antes. Mas ao conversar com o instrutor de ioga Vitor Caruso Junior, ele, que é budista, me falou sobre o conceito de carma. “A nossa vida é o resultado de todas as nossas ações, pensamentos e falas”, disse. E evocou Gentileza (1917-1996), um “profeta” urbano que viveu no Rio de Janeiro. Depois de uma tragédia pessoal, Gentileza passou a vagar pelas ruas da cidade distribuindo flores e repetindo, entre outras coisas, o refrão “gentileza gera gentileza”. Suas frases, escritas nos pilares do viaduto do Caju, foram apagadas pela prefeitura e, depois de sua morte, recuperadas. Essa história foi contada em uma música da cantora Marisa Monte. Cultive a delicadeza e a gentileza nos atos mais simples das relações sociais: no trânsito, no trabalho, com os filhos, com a moça da locadora, o caixa do supermercado, o manobrista. Autores como Zuenir Ventura e Leonardo Boff já abordaram o espírito de gentileza como o centro de uma sociedade menos egoísta e violenta. Nós podemos praticá-lo.

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