CARNES PROCESSADAS: SAIBA OS RISCOS DO CONSUMO EXAGERADO
Descubra por que estes alimentos são tão saborosos e tão perigosos.
A universidade de Harvard analisou dados retirados de 20 estudos e concluiu: a ingestão de carnes processadas aumenta o risco de doenças vasculares e de desenvolver diabetes.
A universidade de Harvard analisou dados retirados de 20 estudos e concluiu: a ingestão de carnes processadas aumenta o risco de doenças vasculares e de desenvolver diabetes.
De acordo com a pesquisa, que incluiu mais de 1,2 milhões de participantes, entre as pessoas que ingeriam carne vermelha não processada, não foi observado nenhum indício significativo que trouxesse risco de desenvolver tais doenças.
Mas, para aqueles que incluíam carne processadas – como salsicha, presunto, bacon, hambúrguer e outros – em sua dieta, o resultado foi bem diferente. A cada 50 gramas de carne processada ingerida por dia, aumentaram em 42% as chances de terem uma doença cardiovascular. No caso dos diabéticos, esse índice aumentou em 19%.
Os voluntários foram observados durante dez anos. Nesse período, cerca de 48 mil homens e 24 mil mulheres morreram. Segundo os pesquisadores, 11% das mortes de homens e 16% da morte de mulheres poderiam ter sido adiadas se eles tivessem reduzido o consumo de carne processada para 9 gramas a cada mil calorias ingeridas ao dia.
Para os pesquisadores, o sal e os conservantes usados no processamento da carne são os verdadeiros responsáveis por essa alteração. Isso porque o sal tende a aumentar a pressão sanguínea, enquanto que os conservantes à base de nitrato contribuem para o espessamento e endurecimento da parede arterial e reduzem a tolerância à glicose. A carne natural tem, geralmente, quatro vezes menos sal do que as processadas.
O
preparo desses tipos de carnes em altas temperaturas, como quando elas são grelhadas ou fritas em pouco óleo, formam aminas heterocíclicas, substâncias reconhecidamente cancerígenas. Por esse motivo a indicação dos especialistas é que se prepare o produto ao forno ou cozidos. Outra recomendação, desta vez da Organização Mundial de Saúde (OMS), é o consumo de apenas 300g de carne vermelha e/ou processada por semana.
Saúde do coração
Estudo confirma que carnes processadas são um perigo para as artérias
O consumo de carnes processadas, como salchicha, presunto, linguiça e embutidos, aumenta o risco de doença coronariana. Mas a carne vermelha não parece ser nociva, segundo uma nova pesquisa realizada na Universidade de Harvard. Os autores analisaram vários estudos nos quais participaram mais de um milhão de milhão de pessoas, e eles descobriram que basta consumir 50 gramas de carne processada ao dia, o equivalente a uma ou duas fatias de presunto o uma salsicha, para elevar o risco de diabetes e outras doenças cardíacas.A equipe da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard analisou 20 estudos realizados em dez países. Os cientistas não encontraram a mesma relação de risco no grupo que consumiu o dobro dessa quantidade de carnes não processadas, como bife, cordeiro e até mesmo porco; isso apesar de as carnes terem o mesmo tipo de gordura, segundo o trabalho publicado na revista "Circulation".
Como esses produtos contêm quantidades semelhantes de colesterol e gorduras saturadas, a diferença pode estar no sal e nos conservantes das carnes processadas, acreditam os médicos. O sal aumenta a pressão arterial, levando a hipertensão, que por sua vez é um importante fator de risco para doença coronariana.
- Para reduzir o risco de infartos e diabetes devemos estar conscientes do tipo de carne que consumimos - diz a doutora Renata Micha.
Em pesquisas com animais, foi observado que os nitratos usados como preservativos podem causar ateroesclerose (o depósito de gordura nas artérias) e reduzir a tolerância à glicose. De acordo com os pesquisadores, cada porção de 50 gramas de carnes processadas ao dia estava associadam a um aumento de 42% nas probabilidades de desenvolver doença coronariana, e em 19% a chance de diabetes.
- Ainda que este tipo de estudo observacional de longo prazo não possa provar a associação causa e efeito, todos os estudos levaram em conta outros fatores de risco - explica Renata.
Devido às diferenças encontradas nos resultados do consumo de análises das carnes processadas e não processadas, elas deveriam ser estudadas separadamente, dizem os cientistas, inclusive no que diz respeito ao risco de câncer. Investigações anteriores já relacionaram o alto consumo de ambos os produtos a tumores malignos de intestino e reto.
Na opinião de Victoria Taylor, nutricionista da Fundação Britânica do Coração, se a pessoa gosta de carne vermelha, deve incluir esse alimento numa dieta balanceada, e boa para as artérias.
- Escolha os cortes magros e trate de cozinhá-los utilizando métodos saudáveis, como assado ou cozido. E se deseja mais sabor, prefira ervas frescas o ou secas, além de outros temperos em vez de sal -
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