4.25.2011

MICOSES: Cuidado com ambientes úmidos e fechados

Fungos da micose gostam de ambientes úmidos e fechados


Problema é comum em atletas e pessoas que frequentam áreas públicas.

O fungo que causa a micose é invisível a olho nu, mas pode estar presente na piscina, na praia, no chão ou em objetos de uso comum. Esse micro-organismo, que gosta de ambientes úmidos e fechados e costuma perseguir atletas e pessoas que frequentam áreas públicas, foi tema do

O infectologista Caio Rosenthal  e a dermatologista Zilda Najjar explicaram como se proteger sem comprometer o lazer e a diversão.

A pele pode servir de porta de entrada para várias doenças, principalmente em locais de grande circulação onde os pés ficam expostos. A micose não perdoa falta de cuidados com a higiene, como não secar bem o meio dos dedos.

O problema também pode ser transmitido pelo suor, principalmente em academias. Atualmente, o interesse maior pela prática esportiva e pelo contato com a natureza tem aumentado o risco de exposição a ambientes contaminados.

Na manicure, o cuidado deve ser redobrado, por causa do risco de fungos e hepatite B. Alicates e outros objetos de metal devem ser esterilizados em autoclave, enquanto lixas e palitos precisam ser descartáveis ou de uso individual. Bacias devem ser lavadas sempre e toalhas, trocadas a cada cliente.
Os fungos podem estar presentes, ainda, em parques, na areia, terra ou grama. Além disso, água não tratada devidamente com cloro pode ser um perigo.

A cândida, que causa o sapinho em bebês, é normalmente encontrada na boca, nos intestinos e na vagina das mulheres. Ela pode se desenvolver porque a criança teve diarreia e colocou a mão na boca, ou porque o bico do seio, as mãos da mãe ou algum objeto (como bico da mamadeira ou chupeta) estão infectados.

Crianças que vivem com o dedo na boca e adultos que lidam muito com água são grupos de risco de unheiro – um tipo de candidose chamado de paroníquia, que atinge primeiro a cutícula e depois causa alterações nas unhas. Donas de casa que trabalham sem luvas e ficam com as mãos úmidas por longos períodos também têm maior predisposição.

Outra micose comum são as tinhas, que atingem o couro cabeludo de crianças e adultos, provocando queda de cabelo. Essa doença pode ser adquirida de outra pessoa ou de animais de estimação que vivem dentro de casa.

A frieira ou pé-de-atleta, que aparece entre os dedos dos pés, é de tratamento demorado, porque geralmente o pé está úmido, elemento favorecedor da instalação de micoses. Às vezes, porém, o excesso de umidade faz com que a pele entre os dedos se solte, sem que isso seja micose. O problema só é decorrente de fungo quando a pele descama, racha e aparecem bolhinhas cheias de líquido.

Já as praias contêm fungos deixados na areia pelos próprios frequentadores, e é nelas que as pessoas mais se infectam. A água do mar não é um meio favorável para a proliferação desses micro-organismos, como a das piscinas. Geralmente, a preocupação é com os cachorros que transitam, que podem ter fungos no pelo. As fezes e a urina dos animais transmitem o bicho geográfico, um verme que nada tem a ver com as micoses e que provoca caminhos na pele e muita coceira.

Provador de roupa

Você sabe por quantas mãos e corpos uma peça íntima passa antes de chegar ao seu guarda-roupa? A repórter Marina Araújo foi às lojas de São Paulo conferir quais doenças você pode pegar em um provador.

Muitas pessoas não lavam as roupas depois de comprá-las, para não perderem o ar de “novas”. Algumas até saem da loja vestindo a aquisição. E, na hora de provar um tênis, você pede uma meia emprestada para o vendedor? Para evitar problemas, algumas lojas já apostam em meias plásticas descartáveis.

Bem Estar

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