GEL PODE AJUDAR VÍTIMAS DE INFARTO
A nova descoberta pode ajudar na recuperação do tecido do músculo cardíaco. Saiba mais!
Para o coordenador de Ensino e Pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Antonio Carlos Campos de Carvalho, a grande novidade no trabalho da equipe norte-americana é a possibilidade de injetar o gel por cateterismo.
“O hidrogel fica em estado líquido a temperaturas mais baixas do que a do corpo e se transforma em gel após aquecer a 36 graus, o que facilita a inserção por cateterismo. O método é minimamente invasivo e não necessita de cirurgia ou anestesia geral. Ele é feito a partir da matriz extracelular do próprio coração, ou seja, não há células, o que exclui o problema de rejeição”, explicou Carvalho.
O estudo realizado na universidade norte-americana foi realizado em suínos com lesão cardíaca, e o gel proporcionou uma melhora na função do órgão. Para os especialistas, isto indica que talvez ele possa ser útil em humanos, já que o coração dos porcos é semelhante em tamanho ao do homem. Em experimentos com ratos, o gel não foi rejeitado pelo organismo e não causou arritmia.
“Uma possibilidade é que o gel atraia células-tronco residentes no próprio coração e as leve a proliferar e diferenciar em novo músculo, melhorando assim a função cardíaca. No entanto, é importante ressaltar que o hidrogel ainda é um estudo em animais, portanto, será necessário verificar sua segurança e eficácia em estudos clínicos com pacientes, antes que se possa pensar em uso médico”,
Gel pode recuperar tecido cardíaco danificado por infarto
Material pode ser injetado no corpo humano por um cateter
O tecido conjuntivo em pedaços passa por uma limpeza
profunda dentro de um béquer para remover suas células. No final de todo
o processo, obtém-se um gel poroso e semissólido
(UC San Diego Jacobs School of Engineering)
Cientistas da Universidade da Califórnia, em San Diego, desenvolveram
um hidrogel injetável que promete ser uma forma eficaz de tratar danos
no tecido do músculo do coração causados por infarto. Segundo Karen
Christman, líder da pesquisa, publicada no Journal of the American College of Cardiology,
a estimativa é de que ocorram 750 mil ataques cardíacos a cada ano só
nos Estados Unidos. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de
Cardiologia, são 320 mil mortes por problemas cardiovasculares por ano.Saiba mais
TECIDO CONJUNTIVOAs células do tecido conjuntivo têm como função servir de suporte e manter unida a estrutura corporal. Presente na maioria dos órgãos, como o coração, o tecido conjuntivo forma grande parte dos músculos, tendões, ossos, cartilagens e da pele. Também é conhecido como tecido conectivo, por preencher os espaços intercelulares do corpo e ligar órgãos e tecidos diversos.
Segundo o Dr. Luis Gowdak, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e cardiologista do InCor, o infarto ocorre a partir de uma súbita privação de oxigênio no tecido cardíaco. Se o fluxo de oxigênio não for rapidamente restabelecido, as células de parte ou de todo o coração morrem. Se o paciente sobreviver, as sequelas do ataque serão uma cicatriz e a diminuição da capacidade de contração do órgão, gerando insuficiência cardíaca.
"O objetivo do hidrogel, nesse caso, é regenerar a cicatriz e as células mortas, melhorando assim a capacidade de contração do músculo cardíaco", explica Gowdak. "A substância criada pelos pesquisadores norte-americanos faz parte do que se chama hoje em dia de medicina regenerativa, assim como a utilização de células tronco na regeneração de outros órgãos do corpo".
A pesquisa mostra que o hidrogel pode ser injetado no corpo humano por meio de um cateter, método pouco invasivo que dispensa cirurgia ou anestesia geral. O teste, que usou tecido do coração de porcos, foi aplicado em ratos e não causou nenhuma rejeição do organismo ou arritmias cardíacas nos animais. Segundo Christman, isso acontece porque a equipe removeu todas as células que poderiam ser rejeitadas pelo corpo.
COLESTEROL: UM INIMIGO SILENCIOSO
É crescente o número de pessoas que sofrem com o aumento da taxa de colesterol. Saiba mais sobre este problema!
"O colesterol elevado é a principal causa de doenças cardiovasculares que, por sua vez, lideram o ranking de mortalidade no Brasil e no mundo. Como exemplo, podemos destacar o acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como derrame", explica o cardiologista Renault Ribeiro Júnior.
Ao lado da hipertensão arterial, o colesterol alto é um perigoso fator de risco. Sem sintomas, o primeiro sinal de que o nível está elevado muito vezes é o infarto. "É preciso saber que o aumento das taxas de colesterol está ligado ao estilo de vida, especialmente o observado nos centros urbanos. Indivíduos sedentários, obesos, tabagistas e aqueles que não adotam uma alimentação balanceada estão na linha de risco. Cabe destacar que há também doenças que ocasionam a elevação, como diabetes, alcoolismo, problemas renais e da tireóide", explica o cardiologista.
Engana-se quem vê o colesterol apenas como vilão. Na verdade, trata-se de uma gordura muito importante para o funcionamento do organismo. Há dois tipos de colesterol: o LDL, chamado de colesterol ruim - responsável pela formação de placas que com o tempo obstruem as artérias, e o HDL- que protege o organismo. Para evitar surpresas desagradáveis, a melhor saída é fazer exames de sangue regularmente.
E como a prevenção é sempre a melhor opção, o médico dá as dicas para quem quer manter o seu colesterol no nível adequado: "De uma forma simples, é preciso evitar o consumo exagerado de ovos, carnes e leites gordurosos, além dos alimentos industrializados com grande quantidade de gordura trans",
O colesterol pode ser considerado um
tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está
presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos
etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção
de hormônio e vitamina D.
No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o
risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem
dois tipos de colesterol:
- LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento
- HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.
Tipos
Podemos dizer que existem vários
tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles
chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de
"gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o
colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de
certas proteínas para cumprir as suas funções.
A associação dá origem às chamadas
lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via
corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem
algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density,
ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa
densidade).
Pesquisas provaram que o bom
colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua
eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL)
faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que
o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura.
Justamente por isso, traz diversos malefícios.
Fatores de risco
Muitos fatores podem contribuir para
o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias,
obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais
comuns é a dieta.
A dieta rica em colesterol inclui
grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não
desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o
problema do colesterol elevado.
A gordura saturada é um tipo de
gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no
organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal.
A carne vermelha,
mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol
entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet
devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.
As gorduras insaturadas estão
presentes, principalmente, em alimentos de origem vegetal. Elas são
essenciais ao organismo, mas o corpo humano não tem condição de
produzi-las. É por isso que é necessário consumi-las na alimentação. A
substituição de gorduras saturadas por insaturadas na dieta pode
auxiliar a reduzir o colesterol no sangue. Quando quiser preparar um pão
mais saboroso, prefira margarina light ou diet à manteiga.
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