Médicos utilizavam medicamentos de uso proibido: Cytotec, Sibutramina, Desobesi-M, Xanax, Rheumazin Forte e Pramil
Policiais cumpriram 66 mandados judiciais, entre os quais 11 ordens de prisão temporária, durante a Operação Pró-Vita, no Mato Grosso
09 de março de 2012 | 14h 40
Agência Brasil
Policiais federais cumpriram nesta sexta-feira, 9, em Mato Grosso 66 mandados judiciais, entre os quais 11 ordens de prisão temporária, durante a Operação Pró-Vita. A ação visa a combater a comercialização de medicamentos ilegais e a prática de aborto em série. Em cumprimento a 33 mandados de condução coercitiva, acusados de envolvimento nas irregularidades foram levados a vários locais para a obtenção de provas, tendo sido feitas 23 operações de busca e apreensão.
A 2ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Garças (MT) expediu os mandados, requeridos pela Polícia Federal (PF). De acordo com a PF, foi decretada a prisão de um médico e atendentes de farmácias de Barra do Garças. Também foi determinado o sequestro de bens dos investigados.
Os médicos utilizavam medicamentos de uso proibido no país na estrutura do serviço público de saúde em Barra do Garças e praticavam crimes de aborto. Eles também cobravam por atendimentos médicos no hospital municipal, que devem ser gratuitos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Diversos casos de abortos criminosos foram identificados durante as investigações. A Operação Pró-Vita apreendeu 187 comprimidos do medicamento Cytotec, 260 de Sibutramina, 56 de Desobesi-M, 60 de Xanax, 40 de Rheumazin Forte e 50 de Pramil, todos de uso proibido.
Trabalharam na Operação Pró-Vita 110 policiais federais e cinco servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os mandados judiciais foram cumpridos em Barra do Garças, em Alto da Boa Vista e em Primavera do Leste, em Mato Grosso, e em Goiânia, Aragarças, Baliza e Aparecida de Goiânia, em Goiás. Os presos vão ser encaminhados à Cadeia Pública de Barra do Garças e deverão responder criminalmente pela prática de aborto, comercialização de medicamentos sem registro na Anvisa, peculato, corrupção e formação de quadrilha.
Notícias relacionadas:
Operação da PF fecha clínica no Mato Grosso
Sete foram presos em dois estados durante a operação
09 de março de 2012 | 13h 38
estadão.com.br
SÃO PAULO - Uma clínica de exames de ultrassonografia em
Barra do Garças, no Mato Grosso, foi interditada nesta sexta-feira, 9,
durante a Operação Pró-Vita, da Polícia Federal. Ao menos sete foram
presos em dois estados.
Segundo a Polícia Federal, a clínica possuía o Alvará Sanitário vencido e foram encontrados medicamentos contrabandeados e materiais cirúrgicos para realização de abortos além de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o local não possuía acordos com o município para uso dos medicamentos encontrados, entre eles o produto Novormon injetável, de uso exclusivamente veterinário, Misoprost-200, de uso ilegal no Brasil e instrumentos como agulhas espinhais e anestésicos, entre os quais Propofol e Morfina.
Originalmente, o estabelecimento tinha autorização para produzir consultas médicas e realização de ultrassonografias, que não necessitam de anestesias. A PF reuniu provas no inquérito por meio de depoimentos de mulheres as quais confessaram ter pago de R$ 800,00 a R$ 3 mil por procedimentos abortivos no local. O dono da clínica é o médico preso na operação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário