Em cirurgia inédita no Brasil, paciente recebe em transplante órgão que seria jogado fora
Rio -
O primeiro transplante de pulmão da América Latina utilizando um órgão
reaproveitado, que seria jogado fora, foi realizado na semana passada
pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (InCor).
O receptor foi o mineiro Mateus de Moura, 31 anos, que tinha doença
pulmonar rara e não conseguia respirar sozinho. Ele estava na fila havia
dois anos.
A técnica utilizada foi desenvolvida na Suécia e tem como objetivo
recondicionar pulmões que seriam inutilizados. Com isso, mais pessoas
passam a ter chances de serem transplantadas. Atualmente, no Brasil,
de 90% a 95% desses órgãos são descartados pois, quando há morte
cerebral do possível doador, eles se danificam rapidamente. “Se o
problema for o excesso de líquido no pulmão porque o paciente tomou
muito soro durante o tratamento, por exemplo, isso pode ser resolvido. A
técnica retira o excesso de líquido e o órgão volta a funcionar”,
explicou o cirurgião do Incor Paulo Pêgo.
CIRURGIAS PODEM DOBRAR
A técnica pode representar uma nova chance para 140 pacientes que aguardam por um transplante de pulmão no País. O método permite duplicar o número de cirurgias feitas anualmente — em 2011, foram 49, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
“Dos 90% a 95% dos pulmões jogados fora, 30% poderiam ser reutilizados com esse método”, afirmou Pêgo. “Temos 85 pacientes na fila do InCor. Quase todos aceitaram fazer a cirurgia com pulmões recondicionados”.
Foto: O Dia
CIRURGIAS PODEM DOBRAR
A técnica pode representar uma nova chance para 140 pacientes que aguardam por um transplante de pulmão no País. O método permite duplicar o número de cirurgias feitas anualmente — em 2011, foram 49, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos.
“Dos 90% a 95% dos pulmões jogados fora, 30% poderiam ser reutilizados com esse método”, afirmou Pêgo. “Temos 85 pacientes na fila do InCor. Quase todos aceitaram fazer a cirurgia com pulmões recondicionados”.
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