Um dos exercícios que mais gosto de fazer é identificar se determinada informação, projeto ou conquista interessa às pessoas a ponto de ser divulgado. Ideias que para uns são maravilhosas para outros não fazem a menor diferença. Para mim, essa habilidade para olhar as coisas é o que define quem terá sucesso nos projetos e quem passará pela vida como mero expectador.
Um garoto de cerca de 20 anos que leva um fora da namorada, se embebeda, resolve criar uma rede social na internet para se vingar e acaba dono de um dos ativos mais valiosos do mundo é um bom exemplo de como as ideias surgem muitas vezes de onde menos esperamos e acaba tendo um grande valor aos olhos de outras pessoas.
É claro que a história está bem resumida, mas tenho certeza de que, quando Mark Zuckerberg criou o embrião do Facebook, não tinha sequer a ambição, nem o sonho, de um terço do que conquistou hoje. Mas teve a habilidade para identificar de que forma a recém-criada ferramenta poderia ser útil a seus usuários. No final, o grande segredo é saber que ideia ou informação terá relevância aos olhos do mercado e da sociedade. Como saber se o que você tem para vender é justamente o que os outros querem comprar?
Lembro-me de uma palestra do colunista d’O Globo Ancelmo Gois na qual falava sobre a relação da imprensa com as empresas, e dava dicas de que informação deveria ser passada pelas assessorias de imprensa para os jornalistas. Dizia ele: “imagina que sua empresa conquistou aquele certificado ISO9000 ou qualquer outro do tipo. Aí você resolve divulgar essa conquista para vê-la publicada no dia seguinte, valorizando assim a sua companhia. O problema é saber se aquela informação é relevante só para você ou se é também para a sociedade e, consequentemente, para os jornalistas. Proponho então o seguinte teste: chegue em casa, interfone para um vizinho e conte a novidade. Se ele vibrar junto com você, não tenha dúvida, é uma informação relevante para a sociedade e deve ser passada para a imprensa. Se ele mandar você fazer outras coisas em locais menos nobres, então só interessa a você e não deve ser difundido”.
Brincadeiras à parte, o exercício proposto pelo Ancelmo no seminário é muito válido e deveria ser adotado por todo mundo. Esse tipo de teste prévio pode evitar muitos fracassos e retrabalho. E, nesse mundo de hoje, onde o tempo é o ativo mais valioso, serviria também para poupá-lo. Não só o seu, mas, muitas vezes, de uma equipe inteira. Ao longo da minha vida profissional, aprimorei um pouco esse teste empírico do Ancelmo em um miniquestionário de quatro perguntas básicas. E sempre faço uma check list antes de propor a ideia para alguém.
Hoje já funciona quase no automático. E quando uma das perguntas é respondida com um “não”, volto à prancheta de projetos para aprimorar a ideia. Se a todas eu respondo “sim”, está na hora de colocar o carro para andar. As perguntas são simples e diretas. E garanto que têm poupado um tempo incrível. Aqui estão:
1) Realmente quero voltar a ver isso? – ou seja, colocado em prática o projeto ele vai me motivar a ponto de continuar trabalhando nele durante dias, meses ou anos?
2) Quero compartir isso com alguém? – acho tão boa a ideia que ela não pode ficar restrita e deve ser compartilhada.
3) Quero participar dela para melhorá-la? – essa serve quando avalio uma ideia que não é minha. Ou seja, aquilo me seduz ao ponto de querer contribuir e cooperar para melhorar o projeto?
4) Me faz rir, chorar ou pensar? – se não trouxer qualquer tipo de reação que faça mexer com os sentimentos, definitivamente, não vai arrebanhar seguidores no mercado.
Um garoto de cerca de 20 anos que leva um fora da namorada, se embebeda, resolve criar uma rede social na internet para se vingar e acaba dono de um dos ativos mais valiosos do mundo é um bom exemplo de como as ideias surgem muitas vezes de onde menos esperamos e acaba tendo um grande valor aos olhos de outras pessoas.
É claro que a história está bem resumida, mas tenho certeza de que, quando Mark Zuckerberg criou o embrião do Facebook, não tinha sequer a ambição, nem o sonho, de um terço do que conquistou hoje. Mas teve a habilidade para identificar de que forma a recém-criada ferramenta poderia ser útil a seus usuários. No final, o grande segredo é saber que ideia ou informação terá relevância aos olhos do mercado e da sociedade. Como saber se o que você tem para vender é justamente o que os outros querem comprar?
Lembro-me de uma palestra do colunista d’O Globo Ancelmo Gois na qual falava sobre a relação da imprensa com as empresas, e dava dicas de que informação deveria ser passada pelas assessorias de imprensa para os jornalistas. Dizia ele: “imagina que sua empresa conquistou aquele certificado ISO9000 ou qualquer outro do tipo. Aí você resolve divulgar essa conquista para vê-la publicada no dia seguinte, valorizando assim a sua companhia. O problema é saber se aquela informação é relevante só para você ou se é também para a sociedade e, consequentemente, para os jornalistas. Proponho então o seguinte teste: chegue em casa, interfone para um vizinho e conte a novidade. Se ele vibrar junto com você, não tenha dúvida, é uma informação relevante para a sociedade e deve ser passada para a imprensa. Se ele mandar você fazer outras coisas em locais menos nobres, então só interessa a você e não deve ser difundido”.
Brincadeiras à parte, o exercício proposto pelo Ancelmo no seminário é muito válido e deveria ser adotado por todo mundo. Esse tipo de teste prévio pode evitar muitos fracassos e retrabalho. E, nesse mundo de hoje, onde o tempo é o ativo mais valioso, serviria também para poupá-lo. Não só o seu, mas, muitas vezes, de uma equipe inteira. Ao longo da minha vida profissional, aprimorei um pouco esse teste empírico do Ancelmo em um miniquestionário de quatro perguntas básicas. E sempre faço uma check list antes de propor a ideia para alguém.
Hoje já funciona quase no automático. E quando uma das perguntas é respondida com um “não”, volto à prancheta de projetos para aprimorar a ideia. Se a todas eu respondo “sim”, está na hora de colocar o carro para andar. As perguntas são simples e diretas. E garanto que têm poupado um tempo incrível. Aqui estão:
1) Realmente quero voltar a ver isso? – ou seja, colocado em prática o projeto ele vai me motivar a ponto de continuar trabalhando nele durante dias, meses ou anos?
2) Quero compartir isso com alguém? – acho tão boa a ideia que ela não pode ficar restrita e deve ser compartilhada.
3) Quero participar dela para melhorá-la? – essa serve quando avalio uma ideia que não é minha. Ou seja, aquilo me seduz ao ponto de querer contribuir e cooperar para melhorar o projeto?
4) Me faz rir, chorar ou pensar? – se não trouxer qualquer tipo de reação que faça mexer com os sentimentos, definitivamente, não vai arrebanhar seguidores no mercado.
A fórmula do sucesso
Não é de hoje que consultores e especialistas em mercado (não necessariamente os dois ao mesmo tempo) vendem fórmulas infalíveis para o sucesso. Acho que nos últimos 15 anos a proliferação de “gurus” do mundo corporativo foi tanta que é possível achar mais de 30 mil fórmulas diferentes para se alcançar o êxito profissional. Existe praticamente uma dica para cada dia de vida - se o sujeito viver pelo menos até os 80 anos e começar a aplicar as fórmulas milagrosas desde o nascimento.Eu, por convicção, não acredito em nenhuma delas. Até porque, se fôssemos apenas seguir fórmulas mágicas, viveríamos em um mundo sem fracassos e perdedores. Teríamos uma legião de bilionários. A situação piora quando você constata que quem está te “vendendo” a tal fórmula é alguém que não teve sucesso nem na vida pessoal. É quase a mesma coisa que contratar um personal trainer obeso ou uma dermatologista com problema de pele. Como confiar?
Agora, a coisa muda um pouco de figura quando quem está falando ou vendendo seu peixe é uma pessoa consagrada, que atingiu seus objetivos. Como não parar para escutar dicas de um sujeito como Eike Batista, por exemplo? Ou de empresários menos famosos, mas com competência tão comprovada quanto ele? Bem, é com esse espírito que procuro tirar o melhor das fórmulas de sucesso que me apresentam.
Também acredito que, como todos somos diferentes e nos comportamos de maneira diferente diante dos fatos, falar em fórmula é meio contraditório, pois ninguém é igual a receita de bolo, que basta colocar a quantidade certa de ovos e bater com farinha que sai tudo igual do forno. Deste modo, prefiro sempre elencar dicas que acho que podem ser mais adequadas ao meu dia a dia e à minha personalidade.
Até hoje (depois de alguns anos recolhendo e avaliando todas as dicas que me deram ou que eu procurei saber) cheguei à conclusão de que seis delas se adequaram totalmente ao meu padrão. De novo, não há aqui qualquer intenção de ditar uma verdade absoluta, mas apenas de apresentar as dicas que deram certo para mim, porque podem ser úteis. Minha sugestão é que avaliem o que escrevo a seguir e vejam se isso se adequa ou não a sua vida e a seu estilo. E, mais importante, continue a busca para encontrar a sua fórmula única de sucesso. No meu caso, os seguintes passos foram os que deram certo:
1 – Ter um sonho para ter amor pelo que se faz – essa sempre foi a mais importante. Uma das coisas que mais me incomoda é ver em alguém insatisfação pelo que faz. Acredito muito que nós somos os únicos responsáveis pelas nossas escolhas e que, independentemente das necessidades, podemos escolher fazer o que sonhamos. Graças a esse pensamento digo que, depois de mais de 20 anos de mercado, posso contar nos dedos de uma mão os dias em que trabalhei sem ter tesão pelo que estava fazendo. Nesse caso, ter um sonho, algo para inspirar foi determinante para seguir por esse caminho de fazer o que gostava sempre.
2 – Ter um plano de 100 dias, para aprender a planejar – A ideia aqui é sempre ter um plano. Não consigo entender as pessoas que saem fazendo as coisas sem ter um objetivo a atingir. Se você está fazendo algo sem algum propósito ou uma meta, aquilo perde totalmente o sentindo. Fazer por fazer não faz diferença para ninguém. É praticamente igual àquele sujeito que guarda dinheiro sem ter um objetivo para ele. Sem ter uma meta. No final, ele acaba refém do dinheiro e não do que ele proporciona. Além disso, o planejamento com prazo te dá a oportunidade de medir o que você fez e descobrir se está ou não no caminho certo. E, se for o caso, realinhar os planos.
3 – Seguir líderes criativos – aqui o ponto é ter sempre no radar pessoas que sirvam de exemplo. Que propuseram ou fizeram coisas diferentes. Que mudaram o jeito de realizar as tarefas. Que olharam para um desafio de forma diferente do resto do mundo e conquistaram seus objetivos. Se você sempre segue um exemplo de criatividade, rapidamente também pode ser tornar uma pessoa criativa E aprende a olhar as coisas, projetos e situações de um ângulo diferenciado.
4 – Arrebanhar a participação de todos – Essa serve para o caso de você estar liderando um projeto. É importante que todos se sintam inseridos e fazendo parte daquele objetivo comum. Por isso, você, como líder, tem que ser fonte de inspiração para a equipe e permitir que todos possam participar, agregando seus diversos conhecimentos e, de fato, “comprando” o projeto como se fosse deles. Esse tipo de atitude garantirá o sucesso do projeto e, particularmente, o seu. Como dizia Raul Seixas, “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade.”.
5 – Converter-se em amor para os outros – tá bom, eu sei que esse parece ter saído de uma sessão budista ou algo do tipo. Mas a lógica aqui é atingir um estágio de liderança e de funcionamento em time/equipe no qual todos ajam mais com o coração do que com a mente. O ser humano é movido pela paixão e não há nada mais garantidor do sucesso do que as pessoas estarem trabalhando com amor pelo que fazem. O que tem muito a ver com a primeira dica. Mas, neste caso, o importante é que você seja capaz de emanar este “amor” para inspirar os demais.
6 – Saber bater e saber apanhar - Essa, além de garantir o sucesso, também garante muitas vezes a própria sobrevivência. O segredo dessa dica é saber exatamente como se comportar quando estiver dos dois lados da moeda: apanhando e batendo. Saber perder é tão importante quando saber ganhar. Ou seja, deve-se ter o mesmo cuidado para cobrar dos outros e saber ser cobrado pelos outros.
por André Moragas -
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