10.12.2012

De olho nas porções




Nova York proibiu, recentemente, a comercialização de refrigerantes em embalagens gigantes. Lanchonetes, restaurantes e locais de entretenimento, como cinemas e teatros, estarão proibidos de vender unidades (copos e garrafas) das bebidas, incluindo chás gelados, superior a 470ml. Essa medida entra em vigor em março de 2013. O objetivo é, claro, ajudar a população a combater a epidemia de obesidade.
Nas últimas décadas, os americanos assistiram a um aumento descomunal na quantidade e tamanho de alimentos servidos em redes de junk food e restaurantes populares. Alguns até adotaram o sistema do ‘refil’ em que o consumidor pede um copo de refrigerante, por exemplo, mas pode ir repondo a bebida, sempre que ela acabar, até o fim da refeição – pelo mesmo preço. Isso sem contar as redes de lanchonetes que lançaram o esquema do refrigerante grátis. E a pessoas começaram a engordar, engordar e engordar….
Saúde pública - A solução atualmente passa por medidas governamentais. O Departamento de Saúde da prefeitura de Nova York  já tinha investido em campanhas de impacto contra a obesidade, destacando sempre a necessidade de diminuir  as porções dos alimentos. Autoridades de saúde em todo o país esforçam-se por divulgar informações sobre os perigos e riscos causados pelo excesso de peso. O custo do tratamento das doenças graves, como diabetes e males cardiovasculares, causadas pela obesidade é sempre muito alto.
De acordo com o relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde”, divulgado em maio desse ano pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é a causa de morte de 2.8 milhões de pessoas por ano. Por isso, governos de vários países investem na prevenção, com medidas adotadas na educação fundamental, orientando crianças e adolescentes sobre as melhores opções alimentares. A educação alimentar deve ser um princípio também dentro casa.
Leis como essa que os americanos adotam em Nova York levam a uma  reflexão sobre a necessidade urgente de  readequação alimentar. Precisamos voltar o nosso paladar para o consumo de alimentos saudáveis (frutas, vegetais, cereais integrais, carnes magras, leguminosas, sementes) e  reduzir alimentos ricos em açúcares, gorduras e excesso de sal. Mas devemos também aprender a controlar a quantidade de alimento necessária para manter o nosso corpo em bom funcionamento. De nada adianta reduzir o tamanho do refrigerante, se optarmos por comprar dois refrigerantes.

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