Hebe Camargo: entenda o câncer de peritônio
Selmo Minucelli, oncologista e hematologista da Clínica de Diagnóstico por Imagem, explica a doença
Rio -
A apresentadora de televisão
Hebe Camargo morreu no último sábado, 29 de setembro, de câncer de
peritônio. Segundo o oncologista e hematologista Selmo Minucelli, o
peritônio é a membrana que reveste o interior das cavidades abdominais e
pélvicas. Ele recobre e protege uma porção de órgãos do interior dessas
cavidades, como o estômago, os intestinos e os ovários. “Toda essa
camada é permeada por gânglios, unidades do sistema linfático que servem
como um quartel às células de defesa”, explica o especialista.
Minucelli afirma que Hebe Camargo teve um câncer primário no peritônio,
ou seja, ele não é proveniente de um câncer de outro órgão e que foi
alastrado para o peritônio. O especialista
afirma que este tipo de câncer nem sempre apresenta sintomas. “Porém,
quando a doença progride e desenvolve nódulos, causa normalmente dor
abdominal, acúmulo de líquido, aumento do volume do abdome, dificuldade
para os alimentos ingeridos circularem pela região, dificultando a
digestão e, consequentemente, causando emagrecimento e fraqueza.”,
revela o médico da Clínica de Diagnóstico por Imagem (CDPI). Como, para
qualquer tipo de câncer, quanto mais cedo é feito o diagnóstico, mais
positiva é a resposta ao tratamento, a ausência de sintomas pode agravar
ainda mais as estatísticas positivas de tratamento.
Minucelli alerta que pessoas que apresentem os sintomas citados acima devem consultar um médico para uma avaliação inicial clínica. “O diagnóstico inicial é clínico, ou seja, o médico conversa com o paciente e realiza um exame físico completo. Com esse exame é possível constatar alterações que possam indicar anormalidades que justifiquem a investigação, como a presença de nódulos no peritônio. Para saber se são benignos ou malignos, faz-se uma biópsia”, diz.
O oncologista lembra que são mais comuns os casos em que um tumor de estômago, intestino ou ovário, por exemplo, crescem e se espalham, envolvendo o peritônio. Nessas situações, células de tumor migram e se implantam no peritônio. É o que os médicos chamam de metástase. “Este tipo de câncer tem causa desconhecida. Sabe-se que quanto mais uma pessoa envelhece, mais fica exposta a erros na divisão celular, que marca o início do câncer”, relata.
Minucelli reforça que o tratamento é baseado na quimioterapia, que ataca e destrói as células tumorais. Por volta de 60% dos casos respondem bem à quimioterapia. Em alguns casos, após reavaliação médica, podem ser feitos procedimentos cirúrgicos para exterminar os resquícios da doença. ”Mas, infelizmente, esse câncer ainda não tem cura”, finaliza o médico.
Hebe faleceu no último sábado, 29 de setembro | Foto: João Laet / Agência O Dia
Minucelli alerta que pessoas que apresentem os sintomas citados acima devem consultar um médico para uma avaliação inicial clínica. “O diagnóstico inicial é clínico, ou seja, o médico conversa com o paciente e realiza um exame físico completo. Com esse exame é possível constatar alterações que possam indicar anormalidades que justifiquem a investigação, como a presença de nódulos no peritônio. Para saber se são benignos ou malignos, faz-se uma biópsia”, diz.
O oncologista lembra que são mais comuns os casos em que um tumor de estômago, intestino ou ovário, por exemplo, crescem e se espalham, envolvendo o peritônio. Nessas situações, células de tumor migram e se implantam no peritônio. É o que os médicos chamam de metástase. “Este tipo de câncer tem causa desconhecida. Sabe-se que quanto mais uma pessoa envelhece, mais fica exposta a erros na divisão celular, que marca o início do câncer”, relata.
Minucelli reforça que o tratamento é baseado na quimioterapia, que ataca e destrói as células tumorais. Por volta de 60% dos casos respondem bem à quimioterapia. Em alguns casos, após reavaliação médica, podem ser feitos procedimentos cirúrgicos para exterminar os resquícios da doença. ”Mas, infelizmente, esse câncer ainda não tem cura”, finaliza o médico.
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