
Antenas de TV
O estudo, publicado nesta semana na revista americana Pediatrics, conclui que existe uma forte correlação entre a exposição excessiva de crianças à televisão e comportamentos antissociais de jovens adultos.
“O risco de ter um jovem adulto ter antecedentes criminais aumenta em 30% para cada hora que em assistiu televisão em média durante a semana quando criança”, disse Bob Hancox, co-autor da pesquisa.
A pesquisa também apontou que o fato de assistir televisão em excesso está ligado a comportamentos agressivos a à tendência de sentir mais emoções negativas. Essas ligações são ainda mais significantes em termos de estatísticas quando são levados em conta fatores com a inteligência, a condição social e a educação dada pelos pais. “Ao mesmo tempo que não podemos dizer que a televisão leva diretamente a comportamentos antissociais, os resultados da nossa pesquisa sugerem que o fato de passar menos tempo assistindo televisão pode reduzir os comportamentos antissociais na sociedade”, analisou Hancox.
Ele ainda disse que concordava com as recomendações Academia Americana de Pediatria, segundo a qual crianças não deveriam assistir a mais de uma ou duas horas de programas de televisão por dia. O estudo também aponta que é possível que crianças tenham desenvolvido comportamentos antissociais ao imitar o que viram na televisão.
Leia mais:
Por que não haverá controle de armas nos EUA
No entanto, os conteúdos assistidos não seriam o único fator que levaria a estes comportamentos. O isolamento social vivido por pessoas que ficam horas diante da TV também seria um agravante. “É possível que o fato de assistir televisão em excesso leve a comportamentos antissociais mesmo se a criança não está exposta a conteúdos violentos”, disse a pesquisa. “Se ficar tempo demais na frente da televisão, a criança pode ter menos relações sociais com amigos ou parentes além de um desempenho ruim na escola e correr assim mais risco de ficar desempregado”, explicou.
Hancox ainda salientou que o estudo foi baseado em hábitos de crianças no fim da década de 1970 e no início da década de 1980, antes da chegada em massa de videogames. “Se a pessoa passa horas na frente de um jogo que não apenas a expõe a cenas violentas, mas também estimula a matar pessoas, isso pode ser pior ainda, mas não tenho nenhum dado concreto sobre este assunto”, disse Hancox em entrevista à Radio New Zealand.
Leia mais em AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário