Histórias de casais europeus que não deixam a relação cair pela crise
- Na Espanha, um filho gerado na crise, enquanto na Itália, a vida segue em outro país
- Entre casais gregos, planejar futuro vira missão
- Em Portugal, a esperança é o Brasil
Valéria Maniero
RIO — Era um vez uma crise que atingiu alguns países da Europa e
derrubou PIBs e esperanças. Uma crise que destruiu postos de trabalho e
fez disparar taxas de desemprego, tornando mais incerto o futuro dos
mais jovens. Uma crise que marcará para sempre a história de Grécia,
Portugal, Espanha e Itália. Os dois primeiros, aliás, tiveram que pedir
ajuda financeira para tentar driblá-la. O terceiro não consegue dar
emprego a mais da metade dos que têm menos de 25 anos. E o quarto, há
muito tempo, tem uma dívida elevada. É uma crise sobretudo econômica,
mas que acabou provocando ecos na política, impulsionando trocas de
governo e de partidos no poder. E expôs a fragilidade das contas
públicas de países que tinham se endividado demais e, depois, para
melhorá-las, “pisaram no freio”, cortando gastos, elevando impostos e
eliminando benefícios sociais. Também foi uma crise que colocou em xeque
a credibilidade do próprio euro.
Mas teria sido ela capaz de afetar o amor? Quando a economia vai mal, a vida a dois pode continuar bem? Gregos, portugueses, espanhóis e italianos relatam como andam os relacionamentos em época de redução de salários, demissões, queda do poder aquisitivo e aumento das incertezas. Como enfrentam a crise, depois que a sensação de segurança e a estabilidade, virtudes que pareciam direito adquirido daqueles países — como se eles nunca fossem perdê-las e nós, aqui, jamais alcançá-las —, um dia, foram embora. Qual foi, então, a reação do amor?
Os italianos Giada De Angelis e Antonio Dell’Isola, por exemplo, falam sobre a solução que encontraram para terem uma vida melhor. Nagore Mata e Juan Casalduero, de Madri, receberam boas e más notícias nos últimos anos, e uma delas mudará para sempre a vida do casal da Espanha, país que tem a segunda maior taxa de desemprego de jovens da Europa. Só perde para a Grécia, onde vivem Emanouil Pantalos e a mulher Maria do Carmo Ferreira Pantalu, vítimas do agravamento da situação do mercado de trabalho. Richard Augusto Leitão Ferreira e Ana Olívia Figueiredo do Souto Cardoso, de Portugal, por enquanto vivem em países diferentes, mas logo estarão juntos — no Brasil, visto como uma terra de mais oportunidades.
Mas teria sido ela capaz de afetar o amor? Quando a economia vai mal, a vida a dois pode continuar bem? Gregos, portugueses, espanhóis e italianos relatam como andam os relacionamentos em época de redução de salários, demissões, queda do poder aquisitivo e aumento das incertezas. Como enfrentam a crise, depois que a sensação de segurança e a estabilidade, virtudes que pareciam direito adquirido daqueles países — como se eles nunca fossem perdê-las e nós, aqui, jamais alcançá-las —, um dia, foram embora. Qual foi, então, a reação do amor?
Os italianos Giada De Angelis e Antonio Dell’Isola, por exemplo, falam sobre a solução que encontraram para terem uma vida melhor. Nagore Mata e Juan Casalduero, de Madri, receberam boas e más notícias nos últimos anos, e uma delas mudará para sempre a vida do casal da Espanha, país que tem a segunda maior taxa de desemprego de jovens da Europa. Só perde para a Grécia, onde vivem Emanouil Pantalos e a mulher Maria do Carmo Ferreira Pantalu, vítimas do agravamento da situação do mercado de trabalho. Richard Augusto Leitão Ferreira e Ana Olívia Figueiredo do Souto Cardoso, de Portugal, por enquanto vivem em países diferentes, mas logo estarão juntos — no Brasil, visto como uma terra de mais oportunidades.
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