Usar
e cuidar do medicamento de forma adequada é fundamental para a saúde do
paciente. Por isso, tanto na indústria quanto no dia a dia, os produtos
farmacêuticos devem ser manuseados, embalados, armazenados e consumidos
de maneira adequada.
Na
indústria, a Farmacovigilância - junto com o Serviço de Atendimento ao
Cidadão (SAC) - é a área responsável por verificar se todas as normas
relativas aos medicamentos estão sendo respeitadas e, assim, garantir
que o produto que chega ao consumidor continua seguro. A
Farmacovigilância é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
como “atividades relativas à detecção, avaliação, compreensão e
prevenção de efeitos adversos ou outros problemas relacionados a
medicamentos”.
Muito me orgulha estas crianças
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No dia
a dia, também há cuidados que os cidadãos devem ter para garantir que
os medicamentos mantenham suas propriedades e, consequentemente,
provoquem o efeito esperado contra a doença. A profissional de
Farmacovigilância de Farmanguinhos/Fiocruz, Janaína Carvalho, explica
que as medidas de uso correto do medicamento começam na consulta médica e
vão até o armarinho de casa. “O paciente ou cuidador tem direito e deve
solicitar todos os esclarecimentos necessários durante a consulta,
desde como usar até onde e como guardar o produto para garantir sua
validade”, afirma.
Foi pensando nisso que Farmanguinhos elaborou uma cartilha sobre o uso correto de medicamentos.
A importância do uso adequado dos fármacos também motivou a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a convidar instituições de
saúde para integrarem uma força tarefa em favor do uso racional dos
medicamentos, o que implica coibir a automedicação.
Indústria atenta - Segundo
Janaína, a visão da OMS é de que a indústria farmacêutica tem
responsabilidade primordial pela segurança dos medicamentos e está em
posição privilegiada para monitorar os produtos não só no começo do seu
desenvolvimento, mas também ao longo de toda a sua vida. Esse é o
trabalho dos profissionais em Farmacovigilância.
Essa
posição privilegiada, observa Janaína, é importante no âmbito público,
no qual há muitas Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) que devem
ser acompanhadas de perto, para que o usuário tenha a confiança de que a
troca de fabricante trará redução de custo ao governo e absorção de
novas tecnologias, mas seu tratamento continuará o mesmo.
Ela
lembra ainda que por meio da Farmacovigilância também podem ser
identificadas oportunidades de melhorias por meio de alterações de
produtos ou de alguma prática. “Um efeito colateral de um medicamento
pode induzir estudos de novo uso, por exemplo”, comenta. A área também
pode chegar a influenciar as leis: “A identificação de erros de
medicação, como a troca de produto devido a embalagens parecidas, pode
gerar mudanças de embalagem ou até mesmo da legislação”.
Formação -
A Farmacovigilância na indústria foi regulamentada no Brasil em 2009 e,
desde então, a área tem crescido muito, com demanda de novos
profissionais especializados. Em Farmanguinhos, há, desde 2008, o curso
de especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas (TIF), que
inclui a disciplina. Além disso, muitos outros cursos estão surgindo no
Brasil, bem como oportunidades para os profissionais.
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