Hipertensão nos primeiros meses de gestação até beneficia o feto; já nas últimas semanas tem consequência negativa para a saúde da crianç
Estudo é baseado em mais de 750 mil nascimentos na Dinamarca, com dados de acompanhamento da criança até os 27 anos
COPENHAGUE - Cerca de 10% das mulheres experimentam algum tipo de
pressão alta durante a gravidez. Pesquisa do Centro para Evolução Social
do Departamento de Biologia da Universidade de Copenhague mostra que a
pressão alta no início da gravidez beneficia o feto, mas no fim da
gestação pode ter consequências negativas na saúde do bebê. O estudo é
baseado em mais de 750 mil nascimentos na Dinamarca, com dados de
acompanhamento da criança até os 27 anos.
- A pressão alta neste estado vem confundindo os cientistas, que se perguntam por que razão tal condição médica não foi, até agora, removida por seleção natural em nossos ancestrais. As teorias evolutivas, no entanto, enfatizam que paradoxos deste tipo servem para conflitos genéticos entre pais e filhos. Partimos então para um tipo de explicação estatística - diz o professor Jacobus Boomsma, coordenador do estudo.
Os resultados indicam que mães com pequenos aumentos na pressão arterial no primeiro trimestre de gestação têm filhos com saúde melhor que os de mães que não tiveram aumento algum durante a gestação. A diferença ficou entre 10% e 40% no diagnóstico de todas as doenças ao longo dos 27 anos de acompanhamento - estatística nunca relatada antes.
Quando a hipertensão continuava ou começava no fim da gravidez, essa vantagem mudava para cerca de 10%. A mortalidade infantil durante o primeiro ano de vida mostrou a mesma tendência. Embora esse risco seja muito baixo na Dinamarca, nenhum bebê cuja mãe teve pressão alta no início da gestação morreu, e o índice desses bebês em casos de hipertensão no fim da gravidez ficou acima da média.
- A pressão alta neste estado vem confundindo os cientistas, que se perguntam por que razão tal condição médica não foi, até agora, removida por seleção natural em nossos ancestrais. As teorias evolutivas, no entanto, enfatizam que paradoxos deste tipo servem para conflitos genéticos entre pais e filhos. Partimos então para um tipo de explicação estatística - diz o professor Jacobus Boomsma, coordenador do estudo.
Os resultados indicam que mães com pequenos aumentos na pressão arterial no primeiro trimestre de gestação têm filhos com saúde melhor que os de mães que não tiveram aumento algum durante a gestação. A diferença ficou entre 10% e 40% no diagnóstico de todas as doenças ao longo dos 27 anos de acompanhamento - estatística nunca relatada antes.
Quando a hipertensão continuava ou começava no fim da gravidez, essa vantagem mudava para cerca de 10%. A mortalidade infantil durante o primeiro ano de vida mostrou a mesma tendência. Embora esse risco seja muito baixo na Dinamarca, nenhum bebê cuja mãe teve pressão alta no início da gestação morreu, e o índice desses bebês em casos de hipertensão no fim da gravidez ficou acima da média.
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