2.27.2013

Combatendo a obesidade infantil


A obesidade infantil é um problema de saúde pública. Crianças obesas ou com sobrepeso podem ser vistas em todos os continentes, o problema é considerado uma pandemia. Crianças tomando cada vez mais cedo medicamentos que antes só eram prescritos a adultos ou idosos.  De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado. Os resultados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa mostra de maneira clara como o sobrepeso e obesidade aumentaram nas últimas décadas em meninas e meninos brasileiros conforme ilustração no gráfico abaixo.

Pela gravidade do problema, políticas públicas tornam-se necessárias nessa luta.  Mas, enquanto aguardamos auxilio governamental, cabe aos pais mais do que nunca cuidar do que as crianças comem. A dieta deve fornecer energia e proteínas em quantidades adequadas para garantir o crescimento e desenvolvimento, sem oferecer quantidade exagerada de gordura. O importante é evitar os fatores de risco para  essas doenças crônicas.
Para a criança em idade pré-escolar, a família é a influência primária no desenvolvimento dos hábitos alimentares. As atitudes alimentares dos pais e irmãos mais velhos são a referência para os menores. Assim, é responsabilidade dos pais selecionar e oferecer alimentos nutricionalmente completos para o devido desenvolvimento da criança.
Algumas orientações para ajudar a diminuir a prevalência da obesidade infantil:
- O cardápio da criança em idade escolar deve incluir cinco a seis refeições diárias, incluindo o café da manhã, o lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite. As crianças precisam de horários certos para a alimentação, o que  ajuda na criação dos hábitos saudáveis para a vida. A alimentação deverá garantir a nutrição adequada para o desenvolvimento e crescimento, considerando também a atividade física (tipo e frequência).
- Deve-se encorajar o consumo de arroz e feijão e também cereais integrais, laticínios, legumes, verduras, frutas, carnes magras, frango, ovos e peixe. A alimentação deve ser concentrada em nutrientes.
- O ambiente ao redor da mesa, deve ser positivo, livre de repressão e agitação.
- Deve-se evitar substituir uma refeição completa por lanches.
- O consumo de frutas deve ser diário, no mínimo 3 frutas ao dia.
- Verduras e legumes devem estar no prato no almoço e jantar.
- Deve-se encorajar o consumo de peixes marinhos pelo menos 2 vezes na semana.
- Os lanches na escola devem ser nutritivos com frutas (frescas,  secas ou desidratadas), suco de frutas, água de coco, pães, queijos, sanduíches saudáveis, biscoitos e bolo simples.
- Evitar bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos, doces, balas, pois podem interferir negativamente no apetite para as refeições completas. Torna-se necessário que os pais expliquem que o consumo exagerado desses alimentos podem prejudicar a saúde.
- Evitar refrigerantes do tipo cola, que são ricos em sódio, resultando em aumento da sede e do consumo do refrigerante, que é antinutricional.
- O peso deverá ser controlado pelo equilíbrio da ingestão alimentar e do gasto energético, através da prática de alguma atividade física regular.
- Atividade física ao ar livre deve ser estimulada em família: bicicleta, andar no parque, pular corda, jogar futebol, peteca.
- Os pais devem estipular limites de tempo para computador, TV, controlando assim o tempo de sedentarismo.
A boa notícia é que o risco das doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade pode ser modificado com a melhora do estilo de vida e a inclusão de hábitos alimentares saudáveis.
Crianças aprendem por imitação, os pais devem servir de modelo, fazer as refeições à mesa para dessa forma estimular o consumo da alimentação equilibrada.
O combate à obesidade infantil  é um dever de todos.

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