Diante de tantas opções, fica difícil entender os benefícios de cada um deles. Confira a opinião do especialista!
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, atualmente, as brasileiras têm, em média, menos filhos, são mães um pouco mais tarde e são mais escolarizadas do que os homens.
Já uma pesquisa quantitativa (National Health and Wellness3) - realizada com 12 mil brasileiros – sendo 6.017 mulheres – para apontar a visão de pacientes sobre diferentes condições de saúde, revela que 47% das entrevistadas utilizam algum método contraceptivo no País. A faixa que concentra o maior número de usuárias de métodos contraceptivos é entre 18 e 34 anos (63%), seguida pelas mulheres de 35 a 44 anos (21%).
“Para evitar a concepção, a mulher adulta moderna tem optado por alternativas mais práticas e mais difíceis de serem esquecidas, ou seja, os contraceptivos de longa duração. As adolescentes também preferem esses métodos devido à maior discrição. Elas não querem que os pais percebam que estão usando”, pontua Fernando Prado Ferreira, ginecologista e especialista em reprodução humana da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.
Outro ponto valorizado pelas mulheres nos contraceptivos de ação prolongada é que, em muitos casos, estes métodos suprimem a menstruação. Segundo Ferreira, as injeções trimestrais fazem com que 60% a 70% das mulheres não menstruem. Os DIUs de progesterona também suspendem a menstruação, assim como as pílulas hormonais quando tomadas sem pausa.
“Para mulheres que sofrem de tensão pré-menstrual, cólicas muito fortes ou endometriose – que tem entre suas causas a menstruação retrógada –, não menstruar pode ser uma forma de controlar esses problemas. Outras mulheres simplesmente se sentem desconfortáveis em menstruar, como as atletas. Ter essa opção é uma importante conquista feminina”, explica o ginecologista.
As injeções trimestrais também são uma boa opção durante a fase de amamentação para as mulheres que já retornaram ao trabalho e não querem correr o risco de uma nova gravidez. “É comum engravidar durante a lactação. Quando utilizado corretamente, o percentual de falha do anticoncepcional oral é de apenas 0,1%. Já quando a mulher se esquece de tomar a pílula um único dia, as chances de uma gravidez indesejada sobem para 3%. Com a injeção trimestral, a paciente não corre esse risco”, ressalta Ferreira.
Como escolher?
Após conhecer as alternativas disponíveis, é importante que a mulher escolha o método contraceptivo que melhor se adapta a sua personalidade, rotina e ao seu corpo. O aconselhamento médico é fundamental na avaliação das indicações e contraindicações. O levantamento National Health and Wellness3 aponta, no entanto, que 40% das brasileiras que utilizam algum método contraceptivo o fazem sem prescrição médica.
“Tabagistas, mulheres acima do peso ou com histórico clínico ou familiar de tumor de mama, risco de trombose e doenças cardiovasculares, por exemplo, não devem utilizar contraceptivos hormonais”, orienta o especialista. Ferreira reforça ainda que o principal fator que deve ser levado em consideração é o desejo da paciente e a que tipo de método contraceptivo ela se adapta melhor, para que se sinta mais confortável e tenha menos efeitos colaterais.
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