- Estudo mostra que doença pode ser desencadeada por hormônio e alerta sobre consumo de álcool e tabaco
ESTOLCOMO - Um novo estudo do Instituto Karolinska, na Suécia, mostra
que a cortisona - hormônio usado em certos medicamentos - aumenta o
risco de pancreatite aguda. Os resultados foram publicados na revista
científica “JAMA Internal Medicine”. Os pesquisadores sugerem que
pacientes tratados com cortisona em algumas formas podem ser informados
dos riscos e alertados sobre consumo de álcool e tabaco.
Entre 15% e 20% das pessoas que desenvolvem a inflamação no pâncreas conseguem monitorar a doença com tratamento. As maiores causas são cálculos biliares e o grande consumo de álcool, mas em 25% dos pacientes as causas são desconhecidas.
Seis mil pacientes diagnosticados com pancreatite aguda entre 2006 e 2008 foram comparados a seis mil saudáveis do grupo de controle. Os resultados mostram que as pessoas tratadas com tabletes de cortisona têm um risco 70% maior de desenvolver a doença. Esta conexão foi observada três dias depois da medicação, confirmando as evidências de que a cortisona estaria por trás do processo.
- Não houve evidências sobre o aumento do risco em pessoas que usaram outras formas do hormônio, como aerosol, como as bombinhas usadas por quem tem asma - diz o autor principal Omid Sadr-Azodi.
Outras causas
* Pancreatite aguda: pode ser causada pela migração deformação de pequenos cálculos biliares que obstruem a porção terminal do colédoco, interrompendo o fluxo das secreções pancreáticas. Essa obstrução provoca processo inflamatório intenso e aumento da glândula por causa do edema, ou seja, do acúmulo de líquido em seu interior. O álcool é causa frequente de pancreatites agudas;
* Pancreatite crônica: o álcool ingerido em grandes quantidades e por tempo prolongado determina alterações no parênquima pancreático, caracterizadas por fibrose e endurecimento, com consequente atrofia do pâncreas. Além disso, o principal duto pancreático (canal de Wirsung), que mede menos de meio centímetro de diâmetro, fica muito dilatado por causa do depósito de cálculos formados principalmente por cálcio em seu interior. Doente com pancreatite crônica pode ter surtos de pancreatite aguda.
Sintomas
a) Pancreatite aguda: dor abdominal intensa, quase sempre de início abrupto, na região superior do abdômen, que se irradia em faixa para as costas. Parece que é a segunda dor mais forte que alguém pode sentir. Náuseas, vômitos e icterícia são outros sintomas possíveis;
b) Pancreatite crônica: dor, diarréia e diabetes, porque o pâncreas vai perdendo suas funções exócrinas e endócrinas. A dor aparece nas fases de agudização da doença e tem as mesmas características daquela provocada pela pancreatite aguda.
Diagnóstico
Exame clínico e levantamento do histórico do paciente, principalmente no que se refere ao uso de álcool, são dados importantes para o diagnóstico das pancreatites. Sua confirmação, porém, depende dos resultados dos exames de sangue, de raios X e de ultrassom abdominal.
Tratamento
a) Pancreatite aguda: o tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o doente deve ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia. Como não existe nenhum medicamento capaz de desinflamar o pâncreas, é preciso deixá-lo em repouso até que a inflamação regrida, o que acontece em 80% dos casos. Os outros 20% evoluem para uma forma grave da doença, com lesão de órgãos, como pulmões e fígado, além do pâncreas. Esses doentes podem entrar em choque e têm de ser transferidos para a unidade de terapia intensiva. Nos casos mais graves em que ocorre infecção e necrose da glândula, o tratamento cirúrgico é indicado para a retirada do material necrótico.
b) Pancreatite crônica: inicialmente o tratamento também é clínico. Além do controle da dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso, evitar alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de carbono. Os analgésicos devem ser prescritos com cuidado. Sempre que possível, deve-se fugir do uso crônico de opioides, para afastar a possibilidade de eventual dependência da droga. Pacientes com diarreia que apresentam insuficiência exócrina devem receber, por via oral, as enzimas pancreáticas (amilase, lípase, etc.) que não produzem. Para os diabéticos, é fundamental o controle do metabolismo da glicose com dieta e, frequentemente, com a administração de medicamentos.
Recomendações
* Não exagere na bebida. Qualquer que seja o volume ingerido, álcool é sempre uma substância tóxica, especialmente prejudicial para o pâncreas;
* Não beba nem uma gota de álcool para não agravar o quadro e evitar a progressão da doença, se você é portador de pancreatite crônica;
* Procure assistência médica se sentir uma dor forte na parte superior do abdômen que se espalha para as costas. Diagnóstico e início precoce do tratamento são fundamentais para a cura ou controle das pancreatites.
Entre 15% e 20% das pessoas que desenvolvem a inflamação no pâncreas conseguem monitorar a doença com tratamento. As maiores causas são cálculos biliares e o grande consumo de álcool, mas em 25% dos pacientes as causas são desconhecidas.
Seis mil pacientes diagnosticados com pancreatite aguda entre 2006 e 2008 foram comparados a seis mil saudáveis do grupo de controle. Os resultados mostram que as pessoas tratadas com tabletes de cortisona têm um risco 70% maior de desenvolver a doença. Esta conexão foi observada três dias depois da medicação, confirmando as evidências de que a cortisona estaria por trás do processo.
- Não houve evidências sobre o aumento do risco em pessoas que usaram outras formas do hormônio, como aerosol, como as bombinhas usadas por quem tem asma - diz o autor principal Omid Sadr-Azodi.
Pancreatites
Pancreatite é uma inflamação do pâncreas, que pode ser aguda ou crônica. O consumo de álcool está diretamente associado à maioria dos casos da doença.Outras causas
* Pancreatite aguda: pode ser causada pela migração deformação de pequenos cálculos biliares que obstruem a porção terminal do colédoco, interrompendo o fluxo das secreções pancreáticas. Essa obstrução provoca processo inflamatório intenso e aumento da glândula por causa do edema, ou seja, do acúmulo de líquido em seu interior. O álcool é causa frequente de pancreatites agudas;
* Pancreatite crônica: o álcool ingerido em grandes quantidades e por tempo prolongado determina alterações no parênquima pancreático, caracterizadas por fibrose e endurecimento, com consequente atrofia do pâncreas. Além disso, o principal duto pancreático (canal de Wirsung), que mede menos de meio centímetro de diâmetro, fica muito dilatado por causa do depósito de cálculos formados principalmente por cálcio em seu interior. Doente com pancreatite crônica pode ter surtos de pancreatite aguda.
Sintomas
a) Pancreatite aguda: dor abdominal intensa, quase sempre de início abrupto, na região superior do abdômen, que se irradia em faixa para as costas. Parece que é a segunda dor mais forte que alguém pode sentir. Náuseas, vômitos e icterícia são outros sintomas possíveis;
b) Pancreatite crônica: dor, diarréia e diabetes, porque o pâncreas vai perdendo suas funções exócrinas e endócrinas. A dor aparece nas fases de agudização da doença e tem as mesmas características daquela provocada pela pancreatite aguda.
Diagnóstico
Exame clínico e levantamento do histórico do paciente, principalmente no que se refere ao uso de álcool, são dados importantes para o diagnóstico das pancreatites. Sua confirmação, porém, depende dos resultados dos exames de sangue, de raios X e de ultrassom abdominal.
Tratamento
a) Pancreatite aguda: o tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o doente deve ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia. Como não existe nenhum medicamento capaz de desinflamar o pâncreas, é preciso deixá-lo em repouso até que a inflamação regrida, o que acontece em 80% dos casos. Os outros 20% evoluem para uma forma grave da doença, com lesão de órgãos, como pulmões e fígado, além do pâncreas. Esses doentes podem entrar em choque e têm de ser transferidos para a unidade de terapia intensiva. Nos casos mais graves em que ocorre infecção e necrose da glândula, o tratamento cirúrgico é indicado para a retirada do material necrótico.
b) Pancreatite crônica: inicialmente o tratamento também é clínico. Além do controle da dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso, evitar alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de carbono. Os analgésicos devem ser prescritos com cuidado. Sempre que possível, deve-se fugir do uso crônico de opioides, para afastar a possibilidade de eventual dependência da droga. Pacientes com diarreia que apresentam insuficiência exócrina devem receber, por via oral, as enzimas pancreáticas (amilase, lípase, etc.) que não produzem. Para os diabéticos, é fundamental o controle do metabolismo da glicose com dieta e, frequentemente, com a administração de medicamentos.
Recomendações
* Não exagere na bebida. Qualquer que seja o volume ingerido, álcool é sempre uma substância tóxica, especialmente prejudicial para o pâncreas;
* Não beba nem uma gota de álcool para não agravar o quadro e evitar a progressão da doença, se você é portador de pancreatite crônica;
* Procure assistência médica se sentir uma dor forte na parte superior do abdômen que se espalha para as costas. Diagnóstico e início precoce do tratamento são fundamentais para a cura ou controle das pancreatites.
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