Pesquisadores dos Estados Unidos
apresentaram o que, segundo eles, é o primeiro caso documentado de “cura
funcional” de uma criança infectada pelo HIV.
A cura funcional ocorre quando a
presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos
testes clínicos padrões e discernível apenas por métodos
ultrassensíveis.
Ela é diferente da cura “por
esterilização” (que pressupõe uma erradicação completa de todos os
traços virais do corpo), mas significa que o paciente pode se manter
saudável sem precisar tomar remédios por toda a vida.
O estudo foi realizado por cientistas do
Centro da Criança Johns Hopkins, da Universidade do Mississippi e da
Universidade de Massachusetts, e apresentado em um congresso médico em
Atlanta.
A descoberta, segundo eles, pode ajudar a abrir caminho para eliminar a infecção pelo vírus em outras crianças.
Tratamento precoce
O bebê acompanhado pela pesquisa nasceu de uma mãe infectada pelo HIV. Ele começou a receber um tratamento com antirretrovirais, os remédios usados contra esse problema, 30 horas após o nascimento.
O bebê acompanhado pela pesquisa nasceu de uma mãe infectada pelo HIV. Ele começou a receber um tratamento com antirretrovirais, os remédios usados contra esse problema, 30 horas após o nascimento.
O procedimento usado pelos médicos foi
diferente do que é aplicado atualmente nesse tipo de caso. Normalmente,
recém-nascidos de alto risco -- filhos de mães com infecções pouco
controladas ou que descobrem o HIV na hora do parto – recebem os
antirretrovirais apenas em doses profiláticas até as seis semanas de
vida. As doses terapêuticas só começam se e quando a infecção é
diagnosticada.
No caso da criança do estudo, que foi
tratada a partir das primeiras 30 horas de vida, exames mostraram a
diminuição progressiva da presença viral no sangue, até que atingiu
níveis indetectáveis 29 dias após o nascimento.
O tratamento continuou até os 18 meses
de idade. Dez meses depois de parar de tomar os remédios, a criança
passou por repetidos exames. Nenhum deles detectou a presença de HIV no
sangue.
Exames que detectam anticorpos
específicos do HIV, que são a indicação clínica da infecção pelo vírus,
também tiveram resultado negativo.
Seg, 04 de Março de 2013 09:05 Fonte: Portal G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário