The Dalles,
Oregon: só aqui, 18 mil metros quadrados para abrigar parte dos mais de 1
milhão de servidores que o Google tem espalhados pelo mundo
A Google, empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin, os google guys,
em 27 de setembro de 1998, teve desde o início a singela missão de
“organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e
útil”. Modesta, não?Ao que parece, contudo, é cada vez mais isso que ela realmente faz. O buscador Google é executado por meio de um número espantoso de servidores – já supera espantosos 1 milhão — em data centers espalhados pelos Estados Unidos, sede da empresa, e ao redor do mundo, e processa, diariamente, mais de um bilhão de solicitações de pesquisa e vinte petabytes (um número quase inimaginável de bytes, já que um petabyte equivale a 1024 terabytes, e um terabyte equivale a 1024 gigas) de dados gerados por usuários.
E, claro, não só de buscador vive a Google, que também desenvolve soluções empresariais, tradutores online para qualquer idioma que se possa imaginar, navegador, e-mail e uma longa lista de outros produtos. Mas sua grande fonte de receitas é mesmo a publicidade, pelo AdWords, que oferece um vasto elenco de fórmulas para os anunciantes — começando pela ordem em que o produto ou serviço aparece na tela (na primeira página, em primeiro lugar, ou em segundo, ou terceiro) quando alguém faz uma pesquisa.
É difícil pensar a vida online hoje sem o Google, mas quando você abre o buscador, ou e-mail, já se perguntou ao que está se conectando? Já se perguntou se é um lugar, uma fábrica, uma entidade? Já imaginou o tamanho físico da empresa?
As imagens de cima e abaixo dão uma ideia geral da coisa toda.
O principal data center fica em The Dalles, no Estado norte-americano de Oregon, às margens do rio Columbia — onde, por sinal, os funcionários praticam rafting, windsurf e pesca, além de caminhadas por uma paisagem tranquilizadora.
Em qualquer área eventualmente desocupada da imensa unidade de The Dalles, de 18.000 metros quadrados, sensores de movimento desligam automaticamente a iluminação principal para economizar energia. O resultado é o bonito brilho de dados do mundo filtrados através de LEDs multicoloridos. São como as luzes de Natal, só que o ano todo.
O data center de Council Bluffs, no Estado de Iowa, tem mais de 10.500 metros quadrados de espaço. É daí que vem a velocidade desejada para pesquisas no buscador ou para assistir vídeo no youtube.
Dentro do campo de rede, roteadores e switches permitem que data centers consigam “falar” uns com os outros. As redes de fibra óptica que ligam os sites podem funcionar em velocidades mais de 200 mil vezes mais rápidas do que uma conexão típica de internet em casa. Os cabos de fibra ótica se estendem ao longo das bandejas de cabo amarelo perto do teto.
Neste data center ficam milhares de metros de tubulação. E eles não são coloridos apenas porque é bonito ou bacana, mas sobretudo para designar sua função. O tubo de rosa brilhante que aparece na foto acima, por exemplo, transfere água da linha de refrigeradores (as unidades verdes à esquerda) para uma torre de resfriamento.
LEDs azuis nesta linha de servidores dizem que tudo está funcionando perfeitamente. Os LEDs são usados pela Google porque são eficientes, duradouros — e brilhantes. A empresa gosta dos ambientes coloridos e visualmente atraentes.
Na foto
acima tem-se um raro olhar por trás do corredor de servidores. Aqui,
centenas de funis levam o ar quente dos racks de servidores para uma
unidade de resfriamento para que seja reciclado e reutilizado. As luzes
verdes são os LEDs de status refletindo na área metálica interna a
partir da frente dos servidores.
Cada um
dos racks de servidores tem quatro swiches, ligados por um cabo de cor
diferente. A divisão de cores, com cada uma correspondendo a uma função,
é sempre a mesma em todos os data center, de modo que se saiba qual
substituir em caso de falha.Tudo na Google tem backup, para o caso de alguma coisa acontecer com os dados. Essa é uma das bibliotecas de dados, onde se guardam backups. Braços robóticos (visível no final do corredor) ajudam na carga e descarga de fitas.
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