5.27.2013

Recall de alimentos e bebidas: novas regras

Após casos recentes de contaminação, o objetivo é retirar imediatamente o produto do mercado e dar mais segurança ao consumidor.

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária quer mudar as regras do recall de alimentos e bebidas. O objetivo é retirar imediatamente o produto do mercado e dar mais segurança ao consumidor.
Foram tantos problemas recentemente com achocolatados e bebidas a base de soja que a Vigilância Sanitária decidiu que é preciso aumentar a fiscalização e facilitar o recolhimento de produtos contaminados das prateleiras dos supermercados.
Suco de soja com soda cáustica. Achocolatado com detergente. Casos recentes de contaminação de produtos industrializados deixaram muitos consumidores receosos. “Procuro consumir coisas mais naturais. Tenho medo, a gente não sabe o que está consumindo”, afirma a dona de casa Ana Paula Venturini.
Produtos que saem de fábrica com defeito têm que ser recolhidos. A legislação já exige que a indústria informe o consumidor sobre a necessidade de tirar os produtos de circulação. Mas para a Anvisa, é preciso aumentar o rigor quando o recall for para alimentos e bebidas.
Como pode haver risco para a saúde do consumidor, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária está propondo regras para agilizar a fiscalização e tentar garantir que os produtos com problemas sejam retirados logo do mercado.
A proposta exige que em 24 horas o fabricante informe a agência sobre o recall, diga quantas unidades do alimento contaminado foram produzidas, importadas ou distribuídas a programas sociais, escolas, creches, e os estabelecimentos que receberam o produto.
A empresa também tem que divulgar um alerta aos consumidores explicando o motivo do recolhimento e quais as possíveis consequências à saúde de quem consumir.
Não é só fazer um comunicado burocrático para Anvisa não. A Anvisa vai querer orientar de uma maneira mais transparente possível a população sobre os riscos que ela vai estar correndo na ingestão daquele produto.
A proposta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária vai ficar dois meses aberta à sugestão da sociedade, e só deve entrar em vigor em agosto.

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