5.30.2013

Anti-inflamatórios aumentam risco de doenças cardíacas



Um estudo britânico publicado na revista científica Lancet chegou à conclusão de que os anti-inflamatórios analgésicos, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.

Os autores, da Universidade de Oxford, analisaram os resultados em 353 mil pacientes com acesso a receitas médicas com altas doses diárias de anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno.

Os resultados apontaram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. 

Quando tomados em grandes doses, diclofenaco e ibuprofeno podem aumentar chances de ataques do coração e falência cardíaca.

Da BBC

Remédios (Foto: BBC)Altas doses de anti-inflamatórios podem trazer
problemas cardíacos, aponta estudo (Foto: BBC)
Um estudo britânico publicado na revista científica "Lancet" sugere que anti-inflamatórios analgésicos, como o ibuprofeno e o diclofenaco, podem aumentar o risco de doenças cardíacas quando ingeridos em grandes doses.
Estudos anteriores já haviam apontado a relação entre os anti-inflamatórios e problemas do coração, mas esta é a primeira vez que uma pesquisa faz uma análise mais detalhada.
Os autores, da Universidade de Oxford, analisaram o prontuário de 353 mil pacientes para avaliar o impacto dos anti-inflamatórios, que são medicamentos não esteroides e, no Brasil, são vendidos com nomes comerciais como Voltaren e Cataflan.
Os cientistas examinaram receitas médicas com altas doses diárias de anti-inflamatórios, de 150 mg de diclofenaco ou 2.400 mg de ibuoprofeno, e não as prescrições de pequenas doses, que podem ser adquiridas nas farmácias sem receita médica.
Os resultados apontaram que, para cada mil pacientes analisados, o risco de ataque cardíaco aumentava de 8 para 11 por ano. Também foram registrados quatro casos adicionais de falência cardíaca e uma morte, além de casos de sangramento no estômago.
"Três casos adicionais de ataque cardíaco por ano podem parecer um risco baixo, mas cabe aos pacientes julgarem se querem tomar os medicamentos", disse o pesquisador-chefe, Colin Baigent. Ele salientou que os resultados da pesquisa não devem preocupar pessoas que tomam baixas doses dos medicamentos para tratar problemas como dor de cabeça.
No entanto, o cientista alerta que quem já corre risco de doenças cardíacas tem mais chance de desenvolver complicações se tomar altas doses de anti-inflamatórios.
Tábua da salvação
Um terceiro medicamento analisado no estudo, chamado naproxeno, apontou riscos menores de complicações cardíacas e tem sido prescrito por médicos para pacientes considerados de alto risco.

O remédio, com ação similar à da aspirina, impede a formação de coágulos sanguíneos e também pode aumentar o risco de sangramento estomacal, afirmaram os especialistas.
Pessoas que sofrem de artrite reumatoide geralmente se beneficiam dos anti-inflamatórios analisados no estudo, que aliviam a dor e combatem a inflamação.
O professor Alan Silman, diretor da organização Arthritis Research UK, diz que esses medicamento são uma "tábua da salvação" para milhões de pessoas e extremamente eficientes em diminuir a dor.
"No entanto, por causa de seus possíveis efeitos colaterais, especialmente o de maior risco de complicações cardiovasculares, há uma necessidade urgente de encontrar alternativas que sejam tão eficientes e seguras."

Anti-inflamatório ibuprofeno reduz risco de Parkinson, mostra pesquisa

Quem toma o anti-inflamatório tem 27% menos riscos de ter o mal.
Doença é neurodegenerativa e não tem cura.

Da France Presse

Os adultos que tomam regularmente ibuprofeno, um anti-inflamatório, têm 27% menos riscos de desenvolver a doença de Parkinson, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.
"Não há remédio para a doença de Parkinson, então a possibilidade de que o ibuprofeno, um medicamento relativamente não tóxico, possa ajudar a proteger contra esta doença é apaixonante", afirmou o médico Alberto Ascherio, professor de epidemiologia e nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos EUA, um dos coautores da pesquisa.
O Mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que causa rigidez muscular, dificuldade para iniciar movimentos, falta de equilíbrio e lentidão nas ações voluntárias.
Os neurologistas consideram que o ibuprofeno reduz a inflamação no cérebro que poderia contribuir para o desenvolvimento da doença.
O estudo foi publicado na versão on-line da revista "Neurology", da Academia americana de neurologia.
Para este estudo, os pesquisadores analisaram os dados médicos provenientes de 98.892 enfermeiras e de 37.305 homens, também profissionais de saúde.

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