Medicamento tomado por muitos anos não atrapalha que a mulher engravide.
Uso da pílula pode evitar endometriose, câncer de ovário e câncer de útero.
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Se usadas corretamente, todas as pílulas têm a mesma eficácia e a taxa de falha é menor do que 1% - porém, em caso de esquecimento, atraso da medicação e uso de outros remédios que podem interferir na ação dos anticoncepcionais, essa taxa pode aumentar, como explicou o ginecologista Paulo Margarido No Bem Estar desta quinta-feira (30).
Porém, como explicou o ginecologista José Bento, isso acontece porque, geralmente, a mulher começa a tomar pílula aos 18 anos, quando a fertilidade está no auge, e para com 35 anos, quando os óvulos já estão mais velhos. Por isso, a dificuldade para engravidar não é culpa do anticoncepcional, mas sim da idade.
Além disso, não há nenhum estudo que comprove que o organismo precise de uma pausa do uso da pílula – utilizá-la continuamente pode, além de evitar uma gravidez indesejada, prevenir cistos e câncer no ovário, endometriose, pólipos e câncer no endométrio, miomas no útero, cólicas, dor de cabeça, TPM e até espinhas. No entanto, ela não protege a mulher de doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, é recomendado sempre o uso associado da camisinha na relação sexual.
As mais usadas são as combinadas de estrogênio e progesterona porque são as que menos dão efeitos colaterais e as que melhor controlam o ciclo menstrual, como mostrou a reportagem da Marina Araújo (veja no vídeo acima).
No entanto, existem restrições. Segundo o ginecologista João Paulo Mancusi, uma paciente que está amamentando, por exemplo, não pode usar a pílula combinada porque o estrogênio pode passar através do leite, ou seja, ela deve usar apenas a pílula com progesterona. O mesmo vale para mulheres mais velhas, ou com fatores de risco, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e também diabetes.
No caso da perda de libido, o ginecologista José Bento explicou que não é toda mulher que tem isso, já que a libido é multifatorial, ou seja, o componente emocional influencia bastante. No caso da retenção de líquido, algumas pacientes acham que ganharam peso por causa do anticoncepcional, mas é a impressão causada pelo inchaço.
Em alguns casos, as mulheres geralmente sentem mais desconfortos quando trocam de remédio. A repórter Michelle Barros ouviu depoimentos de várias mulheres na faixa dos 40 anos de idade que sentiram enjoo, tontura e também dor de cabeça ao mudarem de pílula – por isso, muitas delas abandonaram esse método e colocaram o DIU (veja no vídeo acima).
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