Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
O presente é agora
- Escrito por Mariza Helena Ribeiro Facci Ruiz
Há na Filosofia Huna um princípio muito
interessante para que possamos trabalhar o presente. Um deles diz: o
agora é o momento do poder. Advoga que o passado e o futuro têm por
serventia nos afastar do momento presente. É no aqui e no agora que
tomamos nossas decisões e mudamos nossas crenças.
O passado segundo eles não tem
influência sobre nós, porque não faz de nós o que somos hoje. Assim,
deixamos de ser vítimas do que nos aconteceu para sermos agentes do que
nos acontece no agora. Cada dia é uma nova criação, cada dia vivido se
torna lugar para modificação de hábitos, para mudanças em nosso mundo.
Afirmam eles também que tudo é relativo
no que diz respeito a passado e futuro. Posso trazer através de minha
consciência os aspectos do passado e do futuro e posso transformá-los.
Afirmam também que o poder aumenta com a atenção sensorial, ou seja,
quanto mais conscientes estivermos das impressões de nossos sentidos,
mais poderemos mudar nossa realidade.
Viver no presente, no entanto, não é
tarefa pouco árdua. Muitas pessoas não fixam raízes na terra. Vivem em
um mundo de ideias, de fantasias, imersos em projeções para o futuro e
sua criatividade é dissipada e diluída, pois não conseguem colocá-la em
prática. Outras estão ligadas ao passado, às recordações, aos tempos
antigos, à felicidade que um dia tiveram. Outras mais estão esgotadas
por terem cuidado de entes queridos em doenças que duraram muito, ou
mesmo por terem passado por doença prolongada que lhes minou as forças.
Há aquelas dominadas por pensamentos repetitivos, que lhes invadem a
mente e impedem repouso mental e quietude interna. Há ainda as
resignadas e apáticas para quem nada vale a pena, aquelas conformadas
sem interesse e vitalidade.
Podemos citar também aquelas que vivem
em ciclos de melancolia, em depressões sem razão aparente que lhes
bloqueia e drena energia. Para terminar há quem repita os mesmos erros
durante toda a vida. Aquelas que têm muita dificuldade de aprender e que
não observam o que acontece ao seu redor.
Bem e o que afinal essas maneiras de ser
tem a ver com poder? Bem, poder significa ter forças para fazer algo,
ter energia, ter rigor, ter robustez, ter capacidade. Isto implica
certamente em aproveitar o mundo que nos rodeia, em fazer parte dele, em
criar coisas que o modifiquem, em criar coisas que nos modifiquem, em
ter influência sobre o que nos cerca e sobre nós mesmos. Se não vivemos o
presente deixamos de “poder” atuar sobre nossa realidade.
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