qua, 28/05/2014 - 08:47
Por Mogisenio
Comentário ao post "Os economistas e a nova realidade política do país"
A economia já foi política e depois, a
razão, baseando-se nela mesma, julgando ser possível o cogito erga sum,
impulsiona o "pensamento" econômico a fim de mudar o objeto de
estudo para: recursos escassos versus necessidades ilimitadas etc,
Como resultante dessa "iluminação" toda, chega-se a um "pensamento" econômico" mais ou menos assim:
Um papo muitíssimo furado de que
algumas curvas muito indiferentes em conjunto com outras , sobretudo,
uma que tem o dom de transformar e provar a existência de "deus",
isto e, a existência do deus "custo de oportunidade", numa relação de
condutas humanas quaisquer , indo por ai, até o "longo prazo".
Ah! Antes que eu me esqueça, quanto à
moeda, não se preocuopem, essa é ouro. E não se preocupem também pois o
ouro a gente consegue nas "minas gerais", por exemplo. Afinal,
natureza é natureza, recurso é recurso, terra é terra, trabalho é
trabalho, ouro é ouro, índio é índio, negro é negro, escravo é escravo,
chinês é chinês, etc é etc. O importante é sabermos combinar estes
"fatores" , com muita produtividade e mérito para produzir e produzir
a fim de alcançarmos o bem-estar "de todos" e consequentemente, a
"felicidade", isto é, a produção e o consumo para em seguida,
alcançarmos mais produção e consumo, e assim sucessivamente, vivendo
felizes para sempre( no longo prazo).
Todavia, tudo nos leva a crer que não é bem assim.
Vendo que não dá para adorar aquele
"deus" do universo, natural, atemporal , entre outras baboseiras, os
"economistas" de escol de então, tratam de encontrar um outro nome
forte para trarar do "social",( consequência) dando a entender que até
então o social não fazia parte do "objeto de estudo".
Daí, o pensamento econômico, se
evolui mas, paradoxalmente, volta ao picles do passado em busca da
terra "natural de robson cruzoé, numa espécia de "psicologia" natural
arrojada, tudo com base no princípio da subsidiariedade. Mas...
Daí, o pensamento
econômico encampa a chatice da "irracionalidade" social , isto é,
ter de aturar um estado intrometido, chato, burocrático, irracional,
que deveria , isso sim, era botar bandido na cadeia, manter
a ordem, autorizar o uso de armas de fogo para garantir o positivo
progresso. Mas...
Logo em seguinda, conclui de forma
brilhante que não há almoço gratis". Portanto, deixem que o Deus dos
Deuses, o senhor do universo, resolva o "pobrema" econômico. Estamos
falando dele, o máximo, o grande, o gladiador dos gladiadores, o
senhor Mercado! Clap, clap, clap, plec!
Ressalta-se que não é aconselhável
tratá-lo de "sua majestade" nem de "sua santidade", pois corre-se o
temendo risco de igualá-lo à reis e rainhas( nem morta! absolutismo de
novo não) ou ao papado( nem morta! preferimos, eticamente,
"protestar"). Portanto, Senhor gladiador! Eis o melhor tratamento!
Afora as brincadediras, pergunta-se aos economistas: há quantas andam o estudo de macroeconomia?
Agora quanto a esse desafio para os
próximos anos de não se utilizar do câmbio para outros propósitos, na
verdade, é um desafio antigo. Coisa que um Gatt da vida e uma OMC da
vida, esta no uso daquele, prega(m) mas , no fundo, não consegue(m)
resolver. Melhor assumir que não resolve mesmo. Trata-se de mais uma
das falácias no meio "econômico-pseudo jurídico e institucional do
"mundo" ,dito, civilizado.
Todavia, essa premissa fajuta serve para
defender ao menos uma tese: A de que o Papai noel realmente existe e
não é "deus" , mas sim, um representante comercial.
Quanto ao papo furado de "reservas
cambiais do brasil" na ordem de $360 bi, data maxima venia, mas tudo
nos leva a crer que é mais um papo, furadíssimo à moda brasileira. E a
furada já começa a ser demonstrada logo em seguida com as tais "metas"
de superávit fiscal para reduzir a dívida interna e controle de
inflação.
Seria bom analisarmos com muita calma o
que realmente interessa: De um lado, a manutenção de "reservas" na
ordem de 360 bi a uma rentabilidade de zero vírgula qualquer coisa. Do
outro lado, a dívida interna, que não é interna coisa nenhuma, dada a
"globalização", - neo mercantilismo - que adora falar de tomate,
inflação, política monetária e aumento da selic.
E de um outro lado (terceiro excluído)
só hoje, isso mesmo, só hoje, dia 27/05/2014, presume-se que será
gasta uma pequena importância de 1,5 ou 2 bilhoes de
"verdes" somente para o pagamento do tal serviço da dívida.
Serviço esse herdado e nada público, devidamente garantido pela LEI DE RESPONSABILIDADE DA GESTÃO FISCAL.
Enfim, com o bom e devido respeito, creio que esse papo furado de política econômica já era. Basta.
Por tudo isso e por mais coisas ainda não ditas, viva a economia política. Abaixo a política econômica!
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