5.31.2014

AZIA E ANTIÁCIDOS: OS EFEITOS COLATERAIS DOS BLOQUEADORES DE ÁCIDO


Azia e antiácidos: os efeitos colaterais dos bloqueadores de ácido
Pesquisa comprova que os pacientes que tomam bloqueadores ácidos mais eficientes, por dois anos ou mais, apresentaram um aumento de 65% no risco de se tornarem deficientes de vitamina B12.


Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association analisou dados de cerca de 26.000 pacientes na Califórnia que foram diagnosticados com deficiência de vitamina B12. Os pesquisadores queriam saber se os medicamentos bloqueadores de ácido estomacal estavam associados com os baixos níveis de vitamina B12. A resposta foi "sim". Os pacientes que tomam bloqueadores ácidos mais eficientes, por dois anos ou mais, apresentaram um aumento de 65% no risco de se tornarem deficientes de vitamina B12.
A vitamina B12, também chamada de cobalamina, é encontrada em ovos, carnes, aves e peixes. “É uma vitamina de alta manutenção e se não receber atenção especial, ela poderá ter dificuldade em ser absorvida pelo corpo”, explica o gastroenterologista Silvio Gabor.
A vitamina B12 trabalha em conjunto com outra vitamina, o ácido fólico, para ajudar a sintetizar o DNA (dentre outras coisas). Uma pessoa com deficiência de B12 terá dificuldade para produzir glóbulos vermelhos suficientes, o que a deixará anêmica. Essa anemia é denominada de anemia megaloblástica, porque as células vermelhas do sangue que são produzidas são muito grandes. A anemia irá deixar a pessoa fraca e minar sua energia. “Mas, baixos níveis de vitamina B12 também pode causar disfunção dos nervos, levando a sintomas como dormência, zumbindo, andar cambaleante, pensamentos confusos e até mesmo demência”, observa o médico.
Os antiácidos estomacais são a terceira categoria dentre as drogas mais vendidas nos Estados Unidos, responsáveis por mais de 113 milhões de prescrições por ano com vendas de quase US $ 14 bilhões. O artigo aponta que, apesar destas drogas parecerem medicamentos seguros, no curto prazo, os pacientes, muitas vezes, estendem o tratamento por longos períodos, por conta própria. Estudos descobriram que em 50-70% dos casos, os antiácidos são utilizados para fins não aprovados ou em situações em que as medidas não farmacológicas podem fazer mais efeito.
“É preciso compreender que neutralizar a acidez do estômago não é algo assim tão simples, sem consequências. A acidez estomacal não é um erro da natureza. Na verdade, ela é ‘um caldeirão da morte’ para os alimentos contaminados com bactérias que rotineiramente ingerimos antes de termos acesso ao saneamento básico”, observa o médico.
Apesar da popularidade do IBPs, uma pesquisa da Associação Americana de Gastroenterologia com 1.000 indivíduos que tomam estes medicamentos para tratar a azia crônica grave (ou doença do refluxo gastroesofágico - DRGE) descobriu que mais de 55% dos inquiridos continuam sentindo os sintomas de azia que perturbam significativamente sua diária vida.
“Os medicamentos antiácidos trouxeram alívio para a azia e cicatrização da úlcera para milhões de pessoas, mas mudar a acidez do estômago pode abrir portas para outros graves problemas médicos. É preciso pesar prós e contras”, alerta o gastroenterologista.

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Os medicamentos para azia fazem o conteúdo do estômago ficar menos ácido ou diminuem sua produção.

Os bloqueadores de H2 e os inibidores da bomba de próton são dois medicamentos que podem evitar a azia.
Os bloqueadores de H2 e os inibidores da bomba de próton são dois medicamentos que podem tratar a azia
Antiácidos
Para azias ocasionais, os antiácidos são um tratamento barato e eficaz. Esse tipo de medicamento possui minerais que neutralizam o ácido do estômago, de modo que, mesmo que ainda haja refluxo, o esôsafo estará protegido. Além disso, muitos antiácidos contêm cálcio, que pode ajudar a fortalecer os ossos. Mas eles não devem ser mastigados como se fossem balas, pois doses muito altas de cálcio ou de qualquer outro mineral, podem ser tóxicas. E se você tiver que tratar a azia diariamente, provavelmente precisará de medicamentos mais fortes. Por essa razão, fale com seu médico sobre os medicamentos abaixo.

  • Bloqueadores de H2 - se o médico achar que a azia se transformou em DRGE, ele provavelmente receitará um bloqueador de H2 ou um inibidor da bomba de prótons (veja o próximo item). Esses medicamentos reduzem os níveis de ácido no estômago bloqueando uma proteína chamada histamina. A diminuição do ácido não afetará sua capacidade de processar o alimento, pois o trato digestivo possui muitas enzimas que fazem todo o trabalho. Alguns bloqueadores H2 usados com mais freqüência incluem a ranitidina, a famotidina, e a cimetidina. 
  • Inibidores da bomba de prótons - diminuem os níveis de ácido ainda mais que os bloqueadores H2, bloqueando uma enzima na parede do estômago. Você pode comprar um desses remédios, o omeprazol, diretamente (e em doses maiores com prescrição médica). Outros inibidores da bomba de próton são vendidos somente com receita médica. Incluem o esomeprazol, pantoprazol, lansoprazol e rabeprazol. Embora mais caros do que os bloqueadores de H2, os inibidores da bomba de prótons podem ajudar a cicatrizar o tecido do esôfago prejudicado pela longa exposição ao ácido do estômago. No Brasil, todos os inibidores de bomba de prótons são vendidos sem receita médica.
As pessoas com DRGE grave que não respondem bem à terapia medicamentosa, às vezes, optam por cirurgia. Um procedimento chamado fundoplicatura pode melhorar a efetividade do esfíncter esofágico inferior, tornando mais difícil para o ácido do estômago queimar o esôfago. Há algum tempo, essa operação deixava grandes cicatrizes e apresentava risco de hemorragia, mas atualmente, os cirurgiões utilizam técnicas mais modernas podendo-se fazer a cirurgia por via laparoscópica.

Como a diabetes causa azia


Autor: 
Timothy Gower

Quando você sente aquela queimação no peito minutos depois de comer, a dor e a queimação ocorrem no esôfago. O problema começa no finzinho do esôfago. Para chegar ao estômago, a comida passa da faringe para o esôfago e do esôfago para o EEI (esfíncter esofágico inferior). O EEI é uma espécie de portão, que relaxa para permitir que a comida entre no estômago e fecha rapidamente para evitar o refluxo de ácido gástrico para o esôfago.

Quando há algum tipo de problema nesse esfíncter, a comida e o suco gástrico ácido voltam para o esôfago e surgem os sintomas de queimação. Como a sensação dolorosa é sempre na projeção do esôfago recebe o nome de queimação retroesternal porque a dor é embaixo do esterno, o osso que fica no meio do peito. A dor pode ser confundida com sintomas de doença cardíaca.

Alimentos apimentados ou ácidos podem provocar azia.Alimentos apimentados ou ácidos podem provocar azia
Na azia, o EEI relaxa a qualquer momento, abrindo a entrada para que os sucos ácidos subam pelo esôfago, produzindo a conhecida sensação de queimação (refluxo é o termo para o movimento contrário do líquido através de qualquer canal no corpo, como o trato digestivo por exemplo). Qualquer pessoa já deve ter tido azia uma vez ou outra, mas se estiver tomando medicamentos para digestão com frequência, os médicos afirmam que pode estar acontecendo um problema chamado de doença do refluxo gastroesofágico, ou DRGE. Existe uma boa chance de você estar com a DRGE se um dos sintomas abaixo acompanhar a azia:

  • queimação no peito que piora ao deitar;
  • regurgitação de pedaços de comida não digerida ou de líquido ácido;
  • tosse ou respiração ofegante;
  • crise recente de asma;
  • rouquidão ou dor de garganta;
Resolver o problema da azia é como formar um time de futebol: você provavelmente terá sucesso se tiver um ataque e uma defesa fortes. O ataque significa combater o ácido do estômago, a origem do problema. Mas uma boa estratégia de defesa impedirá que o suco gástrico queime a traquéia logo no início.

Tratamentos da azia através do estilo de vida


Autor: 
Timothy Gower

Os métodos abaixo podem se tornar uma arma eficiente na luta contra a azia.
Prestar atenção no que se come - a maioria das pessoas que sente azia freqüente sabe que certos alimentos podem piorar a sensação de queimação no estômago, embora algumas sejam mais sensíveis a certos alimentos do que a outros. Alimentos apimentados ou ácidos, como tomate e produtos cítricos, certamente são culpados. Mas alimentos aparentemente inofensivos provocam azia em algumas pessoas, provavelmente fazendo o EEI relaxar e abrir. Por exemplo, chocolate, bala de hortelã e alimentos com alto teor de gordura podem ocasionar azia. Bebidas cafeinadas, com gás e alcoólicas também.

O chocolate pode provocar azia em algumas pessoas.
O chocolate pode provocar azia em algumas pessoas
Perder peso e parar de fumar - se você precisa de apenas mais uma razão para perder alguns quilos e deixar esse hábito, aqui está: o excesso de peso pode forçar o conteúdo do estômago a subir pelo esôfago. E a inalação da fumaça pode causar uma sensação de queimação no peito, embora isso provavelmente seja porque as substâncias químicas no tabaco fazem a entrada do esôfago se abrir.
Relaxar - apesar de dizerem que o estresse provoca azia, isso não é verdade. Mas os médicos que tratam de problemas gastrintestinais afirmam que a ansiedade e a preocupação podem fazer a azia piorar. Encontrar uma forma de se acalmar e enfrentar as frustrações e medos da vida pode tornar a azia mais controlável, entre outros benefícios para a mente e o corpo. Medite, faça ioga ou outra atividade - tudo o que for preciso para relaxar.
Usar a gravidade - a azia geralmente piora à noite, especialmente quando você está tentando dormir. Isso é culpa da gravidade. Quando você se deita, o conteúdo do estômago fica em contato com o EEI, forçando caminho até a traquéia. Evitar comer antes de dormir diminuirá a quantidade de alimentos no estômago, reduzindo a pressão no esôfago. Para aqueles que sofrem de azia, os médicos recomendam elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15cm (livros velhos ou quaisquer outros objetos firmes e planos podem ser usados, mas certifique-se de que fiquem firmes). Como alternativa, você também pode usar calços que se encaixam sob o colchão, vendidos em lojas especializadas e pela Internet. A elevação da parte superior do corpo deve ajudar a evitar que o ácido do estômago volte para o esôfago.
Essas mudanças no estilo de vida podem ajudar a maioria dos diabéticos a enfrentar a azia. A seguir, discutiremos outros tratamentos médicos que também podem ajudar. 
Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Nem os editores de Consumer Guide (R), Publications International,

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