Pesquisa comprova que os pacientes que tomam bloqueadores
ácidos mais eficientes, por dois anos ou mais, apresentaram um aumento
de 65% no risco de se tornarem deficientes de vitamina B12.
A vitamina B12, também chamada de cobalamina, é encontrada em ovos, carnes, aves e peixes. “É uma vitamina de alta manutenção e se não receber atenção especial, ela poderá ter dificuldade em ser absorvida pelo corpo”, explica o gastroenterologista Silvio Gabor.
A vitamina B12 trabalha em conjunto com outra vitamina, o ácido fólico, para ajudar a sintetizar o DNA (dentre outras coisas). Uma pessoa com deficiência de B12 terá dificuldade para produzir glóbulos vermelhos suficientes, o que a deixará anêmica. Essa anemia é denominada de anemia megaloblástica, porque as células vermelhas do sangue que são produzidas são muito grandes. A anemia irá deixar a pessoa fraca e minar sua energia. “Mas, baixos níveis de vitamina B12 também pode causar disfunção dos nervos, levando a sintomas como dormência, zumbindo, andar cambaleante, pensamentos confusos e até mesmo demência”, observa o médico.
Os antiácidos estomacais são a terceira categoria dentre as drogas mais vendidas nos Estados Unidos, responsáveis por mais de 113 milhões de prescrições por ano com vendas de quase US $ 14 bilhões. O artigo aponta que, apesar destas drogas parecerem medicamentos seguros, no curto prazo, os pacientes, muitas vezes, estendem o tratamento por longos períodos, por conta própria. Estudos descobriram que em 50-70% dos casos, os antiácidos são utilizados para fins não aprovados ou em situações em que as medidas não farmacológicas podem fazer mais efeito.
“É preciso compreender que neutralizar a acidez do estômago não é algo assim tão simples, sem consequências. A acidez estomacal não é um erro da natureza. Na verdade, ela é ‘um caldeirão da morte’ para os alimentos contaminados com bactérias que rotineiramente ingerimos antes de termos acesso ao saneamento básico”, observa o médico.
Apesar da popularidade do IBPs, uma pesquisa da Associação Americana de Gastroenterologia com 1.000 indivíduos que tomam estes medicamentos para tratar a azia crônica grave (ou doença do refluxo gastroesofágico - DRGE) descobriu que mais de 55% dos inquiridos continuam sentindo os sintomas de azia que perturbam significativamente sua diária vida.
“Os medicamentos antiácidos trouxeram alívio para a azia e cicatrização da úlcera para milhões de pessoas, mas mudar a acidez do estômago pode abrir portas para outros graves problemas médicos. É preciso pesar prós e contras”, alerta o gastroenterologista.
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Os medicamentos para azia fazem o conteúdo do estômago ficar menos ácido ou diminuem sua produção.
Os bloqueadores de H2 e os inibidores da bomba de próton são dois medicamentos que podem tratar a azia |
Para azias ocasionais, os antiácidos são um tratamento barato e eficaz. Esse tipo de medicamento possui minerais que neutralizam o ácido do estômago, de modo que, mesmo que ainda haja refluxo, o esôsafo estará protegido. Além disso, muitos antiácidos contêm cálcio, que pode ajudar a fortalecer os ossos. Mas eles não devem ser mastigados como se fossem balas, pois doses muito altas de cálcio ou de qualquer outro mineral, podem ser tóxicas. E se você tiver que tratar a azia diariamente, provavelmente precisará de medicamentos mais fortes. Por essa razão, fale com seu médico sobre os medicamentos abaixo.
- Bloqueadores de H2 - se o médico achar que a azia se transformou em DRGE, ele provavelmente receitará um bloqueador de H2 ou um inibidor da bomba de prótons (veja o próximo item). Esses medicamentos reduzem os níveis de ácido no estômago bloqueando uma proteína chamada histamina. A diminuição do ácido não afetará sua capacidade de processar o alimento, pois o trato digestivo possui muitas enzimas que fazem todo o trabalho. Alguns bloqueadores H2 usados com mais freqüência incluem a ranitidina, a famotidina, e a cimetidina.
- Inibidores da bomba de prótons - diminuem os níveis de ácido ainda mais que os bloqueadores H2, bloqueando uma enzima na parede do estômago. Você pode comprar um desses remédios, o omeprazol, diretamente (e em doses maiores com prescrição médica). Outros inibidores da bomba de próton são vendidos somente com receita médica. Incluem o esomeprazol, pantoprazol, lansoprazol e rabeprazol. Embora mais caros do que os bloqueadores de H2, os inibidores da bomba de prótons podem ajudar a cicatrizar o tecido do esôfago prejudicado pela longa exposição ao ácido do estômago. No Brasil, todos os inibidores de bomba de prótons são vendidos sem receita médica.
Como a diabetes causa azia
Quando você sente aquela queimação no peito minutos depois de comer, a dor e a queimação ocorrem no esôfago. O problema começa no finzinho do esôfago. Para chegar ao estômago, a comida passa da faringe para o esôfago e do esôfago para o EEI (esfíncter esofágico inferior). O EEI é uma espécie de portão, que relaxa para permitir que a comida entre no estômago e fecha rapidamente para evitar o refluxo de ácido gástrico para o esôfago.
Quando
há algum tipo de problema nesse esfíncter, a comida e o suco gástrico
ácido voltam para o esôfago e surgem os sintomas de queimação. Como a
sensação dolorosa é sempre na projeção do esôfago recebe o nome de
queimação retroesternal porque a dor é embaixo do esterno, o osso que
fica no meio do peito. A dor pode ser confundida com sintomas de doença
cardíaca.
Alimentos apimentados ou ácidos podem provocar azia
|
- queimação no peito que piora ao deitar;
- regurgitação de pedaços de comida não digerida ou de líquido ácido;
- tosse ou respiração ofegante;
- crise recente de asma;
- rouquidão ou dor de garganta;
Tratamentos da azia através do estilo de vida
Os métodos abaixo podem se tornar uma arma eficiente na luta contra a azia.
Prestar atenção no que se come - a maioria das pessoas que sente azia freqüente sabe que certos alimentos podem piorar a sensação de queimação no estômago, embora algumas sejam mais sensíveis a certos alimentos do que a outros. Alimentos apimentados ou ácidos, como tomate e produtos cítricos, certamente são culpados. Mas alimentos aparentemente inofensivos provocam azia em algumas pessoas, provavelmente fazendo o EEI relaxar e abrir. Por exemplo, chocolate, bala de hortelã e alimentos com alto teor de gordura podem ocasionar azia. Bebidas cafeinadas, com gás e alcoólicas também.
O chocolate pode provocar azia em algumas pessoas |
Relaxar - apesar de dizerem que o estresse provoca azia, isso não é verdade. Mas os médicos que tratam de problemas gastrintestinais afirmam que a ansiedade e a preocupação podem fazer a azia piorar. Encontrar uma forma de se acalmar e enfrentar as frustrações e medos da vida pode tornar a azia mais controlável, entre outros benefícios para a mente e o corpo. Medite, faça ioga ou outra atividade - tudo o que for preciso para relaxar.
Usar a gravidade - a azia geralmente piora à noite, especialmente quando você está tentando dormir. Isso é culpa da gravidade. Quando você se deita, o conteúdo do estômago fica em contato com o EEI, forçando caminho até a traquéia. Evitar comer antes de dormir diminuirá a quantidade de alimentos no estômago, reduzindo a pressão no esôfago. Para aqueles que sofrem de azia, os médicos recomendam elevar a cabeceira da cama aproximadamente 15cm (livros velhos ou quaisquer outros objetos firmes e planos podem ser usados, mas certifique-se de que fiquem firmes). Como alternativa, você também pode usar calços que se encaixam sob o colchão, vendidos em lojas especializadas e pela Internet. A elevação da parte superior do corpo deve ajudar a evitar que o ácido do estômago volte para o esôfago.
Essas mudanças no estilo de vida podem ajudar a maioria dos diabéticos a enfrentar a azia. A seguir, discutiremos outros tratamentos médicos que também podem ajudar.
Esses dados são apenas informativos. ELES NÃO TÊM O OBJETIVO DE PROPORCIONAR ORIENTAÇÃO MÉDICA. Nem os editores de Consumer Guide (R), Publications International,
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