ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
“Não é uma boa hora para estar aqui. Este lugar tem um peso, não sei.” A mulher, apreensiva dentro do elevador com pouco mais de 20 pessoas, externava o medo de subir até o 54º andar do prédio 4 do novo complexo de edifícios World Trade Center, em Nova York.
Ela estava na lista de convidados do desfile da grife Boss, braço do prêt-à-porter feminino da etiqueta alemã Hugo Boss, que mostrou nesta quarta-feira (10) sua coleção de verão 2015 no alto da torre de vidro.
Os turistas prostrados na calçada tiravam fotos do prédio e lembravam aquilo que os convidados evitavam falar: no dia seguinte, 11 de setembro, os ataques terroristas às Torres Gêmeas completariam 13 anos.
O estilista taiwanês Jason Wu, um dos mais inventivos da nova geração de designers de moda – também um dos preferidos da primeira-dama americana Michelle Obama –não deixou explícito a conexão do desfile com a efeméride.
Segundo a Boss, as obras geométricas e minimalistas da artista plástica americana Agnes Martin foram o fio condutor da segunda coleção de Wu à frente da grife. O estilista, ainda de acordo com a marca, propora nas roupas uma “fusão do homem com a natureza, do orgânico com a arquitetura”.
Porém, dentro da iluminada sala branca, ainda em obras e com concreto aparente no teto, tudo remetia ao fatídico dia em que os americanos tiveram de se reinventar.
Das colunas de LED que reproduziam o formato de caixa das torres às roupas com efeitos ópticos, microplissados e grafismos sobressalentes, assim como eram as fachadas dos prédios atingidos pelos aviões sequestrados, o desfile de Wu foi um dos mais impactantes da semana de moda de Nova York.
A textura, as escalas de cinza-cimento nos vestidos de organza, o azul-céu que refletia nas janelas das torres gêmeas, a típica alfaiataria usadas pelas executivas, a fragilidade do tule de náilon. O verão 2015 proposto pela Boss é tão sombrio quanto fascinante.
No final do desfile, os seis elevadores que sobem e descem velozes como aviões, entupindo os ouvidos, levaram os convidados de volta à calçada. A enorme quantidade de pessoas, no entanto, impediu que o retorno fosse rápido. Presos no 54º andar, poucos convidados conseguiram sair da torre com facilidade. Wu, nesta apresentação, prova que não brinca em serviço.
“Não é uma boa hora para estar aqui. Este lugar tem um peso, não sei.” A mulher, apreensiva dentro do elevador com pouco mais de 20 pessoas, externava o medo de subir até o 54º andar do prédio 4 do novo complexo de edifícios World Trade Center, em Nova York.
Ela estava na lista de convidados do desfile da grife Boss, braço do prêt-à-porter feminino da etiqueta alemã Hugo Boss, que mostrou nesta quarta-feira (10) sua coleção de verão 2015 no alto da torre de vidro.
Os turistas prostrados na calçada tiravam fotos do prédio e lembravam aquilo que os convidados evitavam falar: no dia seguinte, 11 de setembro, os ataques terroristas às Torres Gêmeas completariam 13 anos.
O estilista taiwanês Jason Wu, um dos mais inventivos da nova geração de designers de moda – também um dos preferidos da primeira-dama americana Michelle Obama –não deixou explícito a conexão do desfile com a efeméride.
Segundo a Boss, as obras geométricas e minimalistas da artista plástica americana Agnes Martin foram o fio condutor da segunda coleção de Wu à frente da grife. O estilista, ainda de acordo com a marca, propora nas roupas uma “fusão do homem com a natureza, do orgânico com a arquitetura”.
Porém, dentro da iluminada sala branca, ainda em obras e com concreto aparente no teto, tudo remetia ao fatídico dia em que os americanos tiveram de se reinventar.
Das colunas de LED que reproduziam o formato de caixa das torres às roupas com efeitos ópticos, microplissados e grafismos sobressalentes, assim como eram as fachadas dos prédios atingidos pelos aviões sequestrados, o desfile de Wu foi um dos mais impactantes da semana de moda de Nova York.
A textura, as escalas de cinza-cimento nos vestidos de organza, o azul-céu que refletia nas janelas das torres gêmeas, a típica alfaiataria usadas pelas executivas, a fragilidade do tule de náilon. O verão 2015 proposto pela Boss é tão sombrio quanto fascinante.
No final do desfile, os seis elevadores que sobem e descem velozes como aviões, entupindo os ouvidos, levaram os convidados de volta à calçada. A enorme quantidade de pessoas, no entanto, impediu que o retorno fosse rápido. Presos no 54º andar, poucos convidados conseguiram sair da torre com facilidade. Wu, nesta apresentação, prova que não brinca em serviço.
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