9.07.2014

Jovem internada no HGA após tomar vacina contra o HPV, passa por bateria de exames


Investigação


De A Tribuna On-line
* Com informações de Carlota Cafiero

Amostras de sangue da adolescente que deu entrada no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, com dificuldades de se movimentar e respirar, no último sábado, foram recolhidas neste domingo (7). Também foram realizados tomografia de cabeça e um exame de coluna, que não apresentaram qualquer problema.

A jovem, de 13 anos, é uma das onze garotas que apresentaram possíveis reações após terem recebido, em Bertioga, a segunda dose da vacina contra o HPV. Além dela, outras duas, que têm 12 anos, estão internadas no hospital em Santos.

As primeiras reações foram registradas na última quinta-feira. Segundo a mãe da menina, Darci dos Santos, inicialmente, a garota ficou sem andar, mas retornou os movimentos. Porém, neste domingo, além de não sentir as pernas, não estava sentindo as mãos.

Segundo apurou a Reportagem, até o final da tarde de hoje, as outras duas meninas, que têm 12 anos, continuavam com dores de cabeça e no corpo, mas conseguiam movimentar as pernas e braços.

Vacina será mantida

Independente dos sintomas adversos apresentados pelas estudantes logo depois que receberam a segunda dose da vacina, a campanha de vacinação contra o papiloma vírus vai continuar em todo o Estado de São Paulo, de acordo com a diretora de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, Helena Sato, que disse ter visitado, na tarde de hoje, as três adolescentes que seguem em observação.

Os frascos aplicados em Bertioga pertencem a um lote com 320 mil doses, segundo a diretora de Imunização, que afirma confiar na segurança do material. “Não há associação dos sintomas das adolescentes de Bertioga com a vacina HPV, pois vacinamos, com o mesmo lote, milhares de outras meninas no estado de São Paulo, somente na primeira semana de setembro”, acredita.

O médico Hugo Anthegini, diretor da clínica Humanus, em Santos, aplica a vacina contra o HPV há quatro anos. Ele desconfia da conservação do lote utilizado em Bertioga. “As reações são fora do normal. Nunca observei algo assim”, disse.

Já para a pediatra Márcia Rodrigues, diretora da clínica Marsaude, se a vacina não for bem conservada, o máximo que pode acontecer é ela perder sua eficácia, mas não causar reações adversas.

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