Só o paciente, em conjunto com o
médico oftalmologista, poderá decidir qual é a hora de reabrir seus
olhos para um mundo brilhante e nítido.
"Para o melhor entendimento, podemos comparar nossos olhos a uma máquina fotográfica, sendo o cristalino a lente da máquina e a retina (tecido celular que absorve a luz) o filme. Este cristalino perde sua transparência ao longo dos anos e impede que a luz chegue ao fundo do olho com nitidez", resume o oftalmologista Arthur Schaefer. Os primeiros sintomas relacionados à falta de transparência do cristalino são diminuição da sensibilidade ao contraste, instabilidade do grau, alteração da vivacidade das cores e, por fim, diminuição da acuidade visual.
O único tratamento para o problema é a cirurgia que substitui o cristalino opaco por uma lente artificial transparente que é implantada dentro do olho e lá ficará de forma permanente sem perder sua transparência. "Hoje dispomos de uma grande variedade de lentes intraoculares. Estas próteses podem ter diferentes materiais, formas e finalidades. Pode-se corrigir a miopia, hipermetropia, astigmatismo e até mesmo a presbiopia, que é a dificuldade para a leitura que se instala após a quarta década de vida. Estas lentes são chamadas multifocais e proporcionam aos pacientes visão nítida em todas as distâncias e leitura sem óculos", diz o médico. Segundo ele, é de suma importância a avaliação precisa de um médico oftalmologista, que irá avaliar as condições anatômicas oculares e laborais do paciente para definir qual a melhor lente intraocular para cada caso.
Novidade e precisão
Quem precisa operar a catarata acaba de ganhar uma nova opção para tratar a doença. Chegou recentemente ao Brasil um aparelho capaz de auxiliar a cirurgia de catarata utilizando um laser, o que até então, era inédito. O equipamento oferece um nível ainda mais alto de precisão e previsibilidade em relação ao procedimento convencional, que até então era executado inteiramente manual.
O equipamento utiliza um laser de femtosegundo e torna grande parte do procedimento computadorizado. O aparelho oferece um planejamento tridimensional, com dados e medidas da córnea e cristalino, e computa as imagens para que as incisões sejam personalizadas e feitas a laser, diferente do procedimento padrão, no qual as incisões são realizadas manualmente com o auxilio de lâminas. O laser ainda divide com precisão, e em várias partes, o núcleo do cristalino opacificado, facilitando sua aspiração e reduzindo os riscos e o tempo do procedimento.
Destaca-se que a cirurgia a laser associada à destreza e habilidade do cirurgião tornam cada vez mais seguro o procedimento mais amplamente realizado na oftalmologia mundial. O alto índice de pessoas da terceira idade que se mantêm ativos, segundo o IBGE, é uma prova de que a boa visão nesta faixa etária se tornou essencial no país.
Cirurgia Bem Sucedida
As pessoas têm diferentes períodos de recuperação, mas a maioria dos pacientes apresenta melhora quase imediatamente após a cirurgia e retorna às suas rotinas em um alguns dias.
De acordo com a Sociedade Americana de Catarata e Cirurgia Refrativa, nos Estados Unidos, 98% dos pacientes apresentam melhoria da visão após a cirurgia. Muitos experimentam uma visão que, na verdade, é melhor do que a que eles tinham antes de desenvolverem a catarata. Uma vez removida, a catarata não voltará. Os resultados da cirurgia são permanentes, dando ao paciente uma boa visão por toda a vida.
A escolha é do paciente
A catarata pode levar anos para se desenvolver. Mas, qual é o momento certo para removê-la? A resposta é simples: a hora de remover a catarata é quando o paciente acredita que a qualidade de sua vida seria melhor se voltasse a enxergar com mais nitidez. Só o paciente, em conjunto com o médico oftalmologista, poderá decidir qual é a hora de reabrir seus olhos para um mundo brilhante e nítido.
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