As dores na região lombar,
também conhecidas como lombalgias, podem ser divididas em mecânicas e
inflamatórias. As primeiras aparecem por conta do uso excessivo e
incorreto da articulação, como, por exemplo, nos casos de sobrepeso.
É quase impossível encontrar alguém que nunca tenha sentido dores nas costas depois de um dia cansativo. Um recente estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 40 milhões de brasileiros sofrem com dores crônicas na lombar. Segundo a Dra. Ana Patrícia do Nascimento, reumatologista que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica, as dores na coluna são comuns devido a vários fatores, entre eles a má postura e o sobrepeso.
É quase impossível encontrar alguém que nunca tenha sentido dores nas costas depois de um dia cansativo. Um recente estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 40 milhões de brasileiros sofrem com dores crônicas na lombar. Segundo a Dra. Ana Patrícia do Nascimento, reumatologista que integra o corpo clínico do Lavoisier Medicina Diagnóstica, as dores na coluna são comuns devido a vários fatores, entre eles a má postura e o sobrepeso.
“As pessoas têm passado cada vez mais tempo sentadas, muitas vezes em posições desfavoráveis para a coluna. Além disso, o sobrepeso exige demais da região lombar, e isso também pode contribuir para o surgimento de problemas em longo prazo”, ressalta Dra. Ana Patrícia.
Ainda de acordo com a médica, outro fator que contribui para o aparecimento de dores na região lombar é a prática de exercícios de forma inadequada, sem acompanhamento de um especialista. Por isso, antes de começar a fazer qualquer atividade física, é fundamental procurar um médico do esporte ou personal trainer que ajude a planejar as atividades físicas e a demonstrar a postura ideal durante a prática.
Tipos de lombalgias
As dores na região lombar, também conhecidas como lombalgias, podem ser divididas em mecânicas e inflamatórias. As primeiras aparecem por conta do uso excessivo e incorreto da articulação, como, por exemplo, nos casos de sobrepeso. As lombalgias mecânicas são transitórias e reversíveis com repouso e correção dos hábitos.
Já as inflamatórias são decorrentes de doenças reumáticas, ortopédicas e ósseas, como espondiloartrite e hérnia de disco. A lombalgia inflamatória só melhora com a instituição de tratamentos que modifiquem o curso da doença, sejam eles cirúrgicos ou com medicamentos. Ao contrário das lombalgias mecânicas, que são consideradas recorrentes e episódicas, as inflamatórias são de aparecimento súbito, caráter agudo, sem fator desencadeante relacionado e costuma ter quadros de longa duração.
“Em avaliações de quadro das dores lombares, precisamos levar em consideração a idade do paciente no tempo de surgimento do sintoma e sua duração. No jovem, há maior preocupação.”, lembra a médica.
Diagnóstico e tratamento
Na maioria dos casos, as lombalgias podem ser diagnosticadas com uma adequada consulta médica. No entanto, alguns casos requerem investigação adicional por exames de imagem e o médico pode solicitar desde exames de baixa complexidade, como a radiografia simples de coluna vertebral, até a ressonância magnética. Dependendo do quadro do paciente, o tratamento pode ir desde repouso, mudança de hábitos de vida, até o uso de medicamentos complexos (biológicos), infiltrações na coluna ou procedimentos cirúrgicos.
Dor na lombar é cada vez mais frequente e piora se não for tratada
Rosana Faria de Freitas
- ThinkstockCarregar peso de forma incorreta, má postura ou excesso de peso podem provocar lombalgia
Há outros gatilhos possíveis como gravidez, estresse e doenças como artrite, osteoartrose da coluna e osteofitose (bico de papagaio). Algumas vezes, o incômodo se irradia para as pernas com ou sem dormência.
"Os homens são mais afetados do que as mulheres. Metade dos pacientes se beneficia com recuperação total em duas semanas e 90% dos casos apresentam remissão em seis semanas após o tratamento", informa o ortopedista Maurício Póvoa Barbosa, médico do esporte graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
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Se
tomar remédio para dor nas costas, vou me tornar viciado. MITO: a
maioria dos medicamentos de primeira linha para esta finalidade não são
viciantes. Quem afirma é Eduardo Iunes, graduado em Medicina pela
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita filho (Unesp), com
título de especialista pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e
membro titular da Sociedade Brasileira de Coluna. "Com diagnóstico
adequado, plano de tratamento definido e monitoramento médico
apropriado, os remédios ajudam. Se o profissional prescreveu o
analgésico codeína, por exemplo, é importante que o paciente compreenda
que o fármaco integra um plano de tratamento que inclui outras opções
para aliviar a dor, como a fisioterapia e a prática de exercícios
físicos" Eduardo Knapp/Folha Imagem
Problema socioeconômico
O distúrbio só perde para a dor de cabeça entre os mais comuns e é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional. O Ministério da Previdência Social o considera um dos que mais gera licenças trabalhistas com duração superior a 15 dias, sendo que o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) o aponta como grande motivador de aposentadoria por invalidez no país.
Saiba mais
Entre janeiro e novembro de 2012, por exemplo, mais de 116 mil pessoas receberam auxílio-doença por esse motivo. "Estudos nacionais confirmam o que se observa em outros países: é uma das disfunções campeãs na procura por serviços médicos e afastamento do trabalho, sendo que pode se tornar crônica se não for tratada adequadamente", adverte o neurocirurgião Alexandre Walter de Campos, especialista em terapia de dor da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.
A dor aguda ou crônica nas costas afeta a região lombar, uma área vital da coluna vertebral, responsável por dar apoio estrutural – sustentando grande parte do peso do indivíduo – e flexibilidade ao corpo. Ela é constituída por cinco vértebras maiores, intercaladas por discos intervertebrais ou de fibrocartilagem, cujas funções são impedir que as vértebras se encostem umas nas outras e proteger a medula espinhal.
A falta de condicionamento físico, consequência das facilidades da vida moderna, provoca fraqueza muscular e má postura, causas mais comuns da lombalgia. "O sedentarismo ou, paradoxalmente, o ritmo intenso de atividades pode detonar a dor. Idem para o estresse emocional, responsável pela tensão muscular", explica o ortopedista Marco Antonio Ambrósio, especializado em ortopedia e traumatologia pelo Instituto de Ortopedia Clínica da USP e médico do esporte do Hospital Samaritano.
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