Desapegue-se da sua dor para que ela não apodreça e te estrague junto.
Quantas vezes o fim de uma relação gera um sentimento devastador, como se
não houvesse mais chão nem referências! Seja o fim de um casamento, a perda de
um ente querido, um amigo próximo que vai embora, o fato é que acontece com
frequência.
Entendo que seja difícil e o sentimento de vazio, o sofrimento, o luto
são inevitáveis na maioria dos casos. No entanto, permanecer no buraco
eternamente é uma escolha, uma concessão de quem sofre.
Há pessoas que se agarram ao vazio da perda como se esse vazio pudesse substituir quem foi embora. É quase como um tipo de lealdade às avessas que faz o sofredor se sentir culpado por deixar de sofrer, apegando-se ao objeto do sofrimento como se dependesse disso.
Há pessoas que se agarram ao vazio da perda como se esse vazio pudesse substituir quem foi embora. É quase como um tipo de lealdade às avessas que faz o sofredor se sentir culpado por deixar de sofrer, apegando-se ao objeto do sofrimento como se dependesse disso.
Esse não percebe que sofrimento também nos revela, afinal, escancara
aonde estão os medos, as zonas de conforto que precisam ser encaradas.
Encarar-se é uma escolha, iluminar os cantos sombrios da alma com a luz da consciência também é uma escolha que depende unicamente de cada indivíduo.
Se estiver sofrendo, cumpra seu tempo de luto em paz. Só não esqueça que
ele tem tempo para terminar e, se você quiser, sairá melhor do que entrou.
Desapegue-se da sua dor para que ela não apodreça e te estrague junto. É preciso caminhar e recuperar a felicidade no caminho, nos presentes e compensações que a vida dá, na coragem de recomeçar, de ser de novo.
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