Estresse diminui as chances de gravidez, afirma estudo
Um estudo da Universidade de Oxford (Inglaterra) em parceria com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA indica que o estresse pode ser um fator prejudicial para mulheres tentando engravidar. Na pesquisa, as voluntárias com altos níveis do hormônio adrenalina tiveram 12% menos chances de ficarem grávidas nos primeiros 30 dias de tentativa, sendo que a diferença desapareceu no segundo mês, pois, a mulher mais relaxada já havia engravidado.
As 274 mulheres, entre 18 e 40 anos, que participaram da pesquisa mantiveram um diário de suas menstruações, estilo de vida e a freqüência sexual. No sexto dia do período menstrual colheram uma amostra de saliva, na qual foram medidos: cortisol, hormônio ligado ao estresse crônico, e alfa-amilase, um indicador de adrenalina. Porém, apenas o último estava relacionado com a diminuição das chances de gravidez.
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Dormir de mais pode ser doença, diz estudo.
Dormir bastante não é garantia de organismo descansado, bem-disposto. Pelo contrário: sono em excesso pode indicar um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares. É o que afirma um estudo do Centro de Controle de Doenças, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, com 30.397 entrevistados.
A novidade da pesquisa, divulgada ontem pela revista Sleep, da Associação Norte-Americana de Medicina do Sono, é a incidência de problemas na saúde em quem passa das nove horas diárias de sono - uma frente de pesquisa que começa a ser investigada também pelos médicos brasileiros. Tradicionalmente, era a privação de sono que aparecia associada a eventos cardiovasculares na literatura médica, diz o neurologista do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo, Luciano Ribeiro Pinto Júnior. "Agora, dormir demais também se mostra desinteressante para a saúde".
Na pesquisa americana, entre os 9% dos entrevistados (2.735) que dormiam nove horas ou mais por dia o risco de desenvolver doenças cardiovasculares aumentou 1,5 vezes em relação aos que dormiam entre sete e oito horas - período recomendado para o descanso. Entre os 8% dos entrevistados (2.431) que dormiam menos de cinco horas esse mesmo risco foi 2,2 vezes maior.
Apneia do sono e obesidade também estão relacionados a horas de sono em excesso. "A qualidade do sono é um indicador da qualidade de vida e da saúde do indivíduo", afirma o presidente do Departamento de Neurologia da Associação Paulista de Medicina, Rubens Reimão.
Para os especialistas, dormir menos ou demais não é uma doença. "Não é o sono que mata, mas sim o que causa pouco ou muito sono", diz o neurofisiologista do Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas, Flávio Áloe. Os médicos ainda investigam a ligação entre dormir muito e o aparecimento de doenças. "Sabemos que dormir pouco pode liberar substâncias no organismo e gerar mais estresse. Não sabemos, porém, os efeitos no organismo de dormir muito", diz a especialista em medicina do sono da Associação Brasileira do Sono, Luciana Palombini.
Uma proteina que elimina células pode evitar quimioterapia e cirurgias em mulheres com câncer de mama
Os tratamentos invasivos e o excesso de drogas tóxicas utilizados regularmente no combate ao câncer de mama podem ser substituídos, no futuro, por uma terapia bem menos agressiva. Uma equipe de cientistas do Centro Médico da Wake Forest University Baptist (WFUBMC, sigla em inglês), nos Estados Unidos, descobriu que níveis baixos de ferroportina, a única proteína conhecida que tem a função de eliminar o ferro presente nas células, estão associados às formas mais graves e recorrentes de tumores malignos nas mamas.
O estudo, publicado ontem na edição on-line da revista Science Translational Medicine, traz a esperança de que seja possível prever se um câncer poderá reincidir, com base nos níveis de ferroportina identificados no organismo. De acordo com os autores, a descoberta poderá ajudar as mulheres com dosagens excessivas dessa proteína a evitar tratamentos cirúrgicos ou quimioterápicos. “A quantidade de ferroportina pode nos ajudar a predizer se mulheres que tiveram câncer de mama voltarão a sofrer com o problema”, disse ao Correio Frank M. Torti, diretor do Centro de Estudos sobre o Câncer da WFUBMC, e principal autor do artigo.
Segundo Torti, a medição dos níveis de ferroportina no sangue poderá também ajudar a desenvolver uma nova terapia para pacientes com câncer de mama. “Existe um grupo de mulheres com alto risco de ter câncer de mama e que possuem altos níveis de ferroportina. Acredito que podemos conseguir ajustar nossos tratamentos de forma que essas pacientes evitem a quimioterapia. A capacidade de predizer quais mulheres poderão se beneficiar com outra terapia seria um grande avanço”, observa Torti.
Para chegar às descobertas descritas no artigo, a equipe de Torti realizou diversos experimentos no laboratório da WFUBMC. A partir da hipótese de que a dosagem de ferro fica alterada em pacientes com câncer de mama e que essa alteração pode ser uma peça importante no mecanismo de desenvolvimento do tumor, os cientistas, primeiramente, examinaram células humanas de câncer de mama e descobriram que, nelas, havia uma significativa redução da ferroportina, comparando-se a células mamárias saudáveis.
De acordo com Torti, há uma série de mudanças genéticas e protéicas nas células cancerígenas. Por isso, os pesquisadores passaram a investigar se a redução da ferroportina nessas estruturas contribuíam diretamente para o crescimento do câncer, ou se a alteração era apenas uma consequência da doença. Para fazer isso, os cientistas aumentaram artificialmente a quantidade de ferroportina, próximo aos níveis normais presentes em pessoas saudáveis, em linhagens de células cancerígenas agressivas.
Experiência
As células alteradas foram transplantadas em ratos de laboratório. Outro grupo de roedores recebem as estruturas cancerígenas com baixa dosagem de ferroportina. O que se observou foi que, no primeiro caso, o crescimento do tumor ocorreu de forma mais lenta. “A explicação para isso é simples. No caso do câncer, a habilidade de retirar o ferro das células é reduzida com a escassez de ferroportina. Como resultado, o ferro acumula-se nas células. As células cancerígenas requerem ferro, metal que permite ao tumor crescer mais rápido e, talvez, mais agressivo”, esclarece Suzy V. Torti, mulher de Frank e coautora do artigo. “Como a ferroportina pode remover o ferro das células, quando colocamos essa proteína de volta, a ferroportina remove os estímulos de crescimento do câncer. Nossa descoberta sugere que a ferroportina tem uma influência substancial no comportamento do tumor”, acrescenta.
A segunda etapa do estudo foi verificar os níveis de ferroportina em mulheres que são vítimas de câncer de mama, já que na primeira fase, os cientistas avaliaram apenas as células. Foram analisadas informações genéticas de 800 pacientes de vários países, desde a data em que foram diagnosticada com a doença até quando o tumor estava em estágios avançados.
Como imaginavam, os cientistas descobriram que a quantidade dessa proteína era menor nas portadoras de cânceres agressivos. “Descobrimos que os níveis de ferroportina são, de fato, um forte indicativo para a propensão do câncer de mama reincidir”, conta Frank Torti. “E é um indicativo bastante certeiro. Ele é capaz de dizer em qual grupo de risco as mulheres estão, independentemente de qualquer outro fator, como o tamanho e o grau do tumor, o estado dos nódulos linfáticos ou outras condições”, explica o cientista.
A próxima etapa da pesquisa será estender os resultados para um grupo populacional maior. “Estamos muito contentes que nós e nosso centro de pesquisas tenhamos feito uma descoberta que não apenas aumenta nosso entendimento da biologia básica do câncer de mama, mas poderá ser usada no tratamento das pacientes”, afirma Suzy Torti, que é professora do Departamento de Biologia da WFUBMC. Ela observa que o estudo foi focado no ponto de vista citológico e não tem relação com a ingestão do metal. Quando ingerido de forma apropriada, seja por meio de alimentos ou em forma de suplementos — nesse último caso, com supervisão de um profissional da área de saúde —, o ferro é uma substância vital para o organismo. A bióloga lembra que ninguém deve deixar de consumi-lo baseado no resultado da pesquisa.
Tecnologia lança luz sobre efeitos cirúrgicos
Um novo estudo realizado com sobreviventes do câncer de mama poderá ajudar os médicos a aliviar um efeito colateral comum desse tipo de tratamento, o linfodema — acúmulo anormal de líquido tecidual, o que resulta na ocorrência de nódulos. No caso das pacientes que passaram pela cirurgia de remoção do tumor, é comum que os fluidos se acumulem na região dos braços, causando desfigurações e debilitações que afetam a qualidade de vida.
O tratamento para os linfodemas varia, mas geralmente consiste em terapias como massagens linfáticas, que pressionam a área com o objetivo de fazer com que o excesso de líquido acumulado seja drenado e eliminado pelo organismo. Mas não há garantias de que o problema acabe. Ele pode até piorar em alguns casos. Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desenvolveu uma tecnologia que, de acordo com eles, promete ser mais precisa no monitoramento da efetividade do tratamento. Nove mulheres, seis delas com linfodema e três no grupo de controle, receberam uma injeção de uma substância que faz contraste sob raios de luz infravermelha. O contraste foi injetado no sistema linfático das pacientes. Quando exposta ao laser, a área atingida ficava fluorescente, revelando exatamente o tamanho e a localização dos linfodemas.
De acordo com os pesquisadores, que publicaram o resultado do experimento na edição inaugural da revista especializada on-line Biomedical Optics Express, a técnica de fluorescência detectou estatisticamente melhorias no fluxo dos fluidos através do sistema linfático imediatamente após as pacientes receberem o tratamento. Com isso, foi possível medir a eficácia das massagens linfáticas e das bandagens, outra técnica utilizada para drenar o excesso de líquido. Os cientistas, porém, alertam que será necessário um estudo mais abrangente para confirmar os resultados da pesquisa-piloto.
A Catapora pode diminuir probabilidade de doenças como: Asma
Dermatite.
Crianças que contraem catapora podem ter menor probabilidade de desenvolver dermatite atópica e asma quando forem mais velhas que aquelas que não tiveram a doença ou foram vacinados contra ela, sugere um novo estudo publicado no Jornal of Allergy and Clinical Immunology.
Entre as crianças diagnosticadas com dermatite atópica, 20% já tinham pegado catapora, em comparação a 28% das sem o problema de pele.
Mas especialistas em vacina alertam que a pesquisa foi limitada e que uma conclusão não deve desafiar os benefícios da imunização contra catapora.
"Houve um benefício à saúde bastante visível em termos de uso da vacina", disse a especialista em vírus Jane Seward, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. "Estamos vendo uma queda significativa nas mortes e internações [da catapora], disse ela. "Um único estudo com um só achado é interessante, mas precisa de mais provas."
A dermatite atópica é um tipo de eczema, que muitas vezes causa coceira, e surge de uma reação alérgica. Também pode ser o "primeiro passo" de uma série de alergias que levam à asma, disse o principal autor do estudo, Dr. Jonathan Silverberg, do centro médico da Universidade Estadual de Nova York, no Brooklyn.
A pesquisa anterior de Silverberg e colegas sobre a resposta do corpo à catapora e à herpes zoster (cobreiro), sugeriu que pegar catapora pode diminuir o risco de uma criança desenvolver dermatite atópica no futuro. Para testar essa hipótese, eles examinaram os registros médicos de quase 700 crianças e adolescentes, alguns com dermatite atópica e alguns sem a condição incômoda da pele.
Para cada problema, os autores analisaram os registros anteriores para ver se os participantes já tinham sido infectados com catapora.
Crianças normalmente são vacinadas contra catapora com 1 ano de idade, de acordo com a especialista Jane Seward, e há uma boa razão para isso: a maioria que contrai a doença é contaminada quando é muito pequena. Nesse estudo, as crianças doentes tinham em média 3 anos quando foram infectadas.
Embora a catapora não seja frequentemente vista como muito grave, segundo Jane, algumas crianças acabam com pneumonia ou outras infecções graves, e algumas perdem membros.
Descubra como fugir da depressão.
A depressão vai muito além da tristeza. Quando o humor depressivo persiste mais de duas semanas e surge associado a um desinteresse por qualquer atividade, fadiga, perda de concentração ou, por exemplo, sentimentos de desvalorização e culpa, o caso muda de figura.
''A depressão maior engloba um conjunto de sintomas mas para que se faça um diagnóstico é preciso que tenha impacto no funcionamento normal da pessoa'', explica Graça Cardoso. As características da patologia podem variar consoante a pessoa e ter causas distintas, envolvendo múltiplos factores, como aspectos bioquímicos ou genéticos, um acontecimento marcante ou o acumular de situações negativas.
Atitude preventiva
A rotina atual, marcada pelo stress, noites mal dormidas acrescidas de responsabilidades e preocupações, exerce uma pressão excessiva que se pode reflectir na nossa saúde, tanto física como psíquica. Ter tempo para si, manter um círculo de afetos sólido e desenvolver novos centros de interesse, ter hobbies e praticar esportes são estratégias que mantêm o equilíbrio emocional e o stress à distância.
''As vezes é uma soma de coisas que, no dia-a-dia, vai desgastando a pessoa. Daí ser essencial tentar reduzir as fontes de frustração e seguir um ritmo saudável, fazer exercício. A vida normal de cada um de nós vem sempre associada a frustrações e tudo o que se possa fazer para equilibrar esse lado menos bom é importante.'', afirma a psiquiatra.
Alvos fáceis
Também na depressão existem grupos de risco. «Sabe, por exemplo, que quem perdeu um dos progenitores numa fase precoce da vida, assim como pessoas que foram abusadas (sexualmente ou de outras formas) na infância ou adolescência ficam mais vulneráveis à depressão'', refere Graça Cardoso, acrescentando que eventos do dia-a-dia, mesmo na fase adulta, aspectos sócio-económicos e a personalidade podem também ser determinantes.
''As pessoas que são otimistas reagem a situações adversas de maneira positiva. É a eterna história do copo meio cheio ou meio vazio. Depois há a resiliência, a capacidade que alguns têm de lutar, enquanto outros se entregam imediatamente à tristeza face às coisas mais pequenas da vida'', refere.
A questão feminina
As mulheres, sobretudo na fase reprodutiva, são as grandes vítimas da depressão, sendo que a incidência no sexo masculino desce quase para metade.
O que explica a discrepância? ''Os hormonios só por si não são desencadeadoras de depressão'', afirma a especialista.
Embora a maioria das mulheres sofra alterações de humor mensais e a síndrome pré-menstrual corresponda a uma maior tendência para depressão, outros fatores ditam a vulnerabilidade feminina.
É o caso do papel que têm na sociedade atual. ''As mulheres dão mais apoio ao outro (cuidam das crianças, pais, familiares doentes) e são também elas que, a nível socio-econômico, estão mais desprotegidas, ganham menos e na maternidade ficam sobrecarregadas'', salienta.
''Os laços afetivos funcionam como uma bóia vital. Um estudo mostrou que as mulheres com uma boa relação conjugal são mais resistentes à depressão. E, na ausência dessa relação, se tiverem um confidente, com quem possam compartilhar a ansiedade, estão também mais protegidas'', acrescenta.
E agora?
Nem todas as fases difíceis exigem acompanhamento médico. ''Há vários tipos de depressão. A chamada perturbação de adaptação ou depressão reativa resolve espontaneamente'', exemplifica a psiquiatra.
Contudo, se os sintomas são marcados e afetam a sua vida justifica recorrer a acompanhamento médico. Na opinião de Graça Cardoso, ''Deve ser o médico de família a iniciar a terapêutica e se não conseguir resolver o problema encaminhar para o psiquiatra. Alguns casos são mais graves, com risco de suicídio e têm indicação para o psiquiatra''., afirma a especialista.
O tratamento farmaceutico é o mais comum e prevê a toma regular de antidepressivos, ''Durante quatro a seis semanas para um efeito completo, sendo depois mantidos, pelo menos, por seis meses no caso de um episódio único de depressão.'', explica.
''São medicamentos que levam à remissão dos sintomas e cujo efeito não desaparece quando pára a toma. Não dão habituação, nem dependência física ou psíquica'', acrescenta. Existem ainda outras abordagens terapêuticas eficazes, como a psicoterapia muito usada em complemento.
Contra-ataque
Os principais tratamentos usados no combate à depressão:
Psicoterapia
''Realizada por psicólogos ou psiquiatras, pode englobar psicoterapia de suporte, dinâmica ou cognitivo-comportamental. No tratamento de depressões mais graves juntar a abordagem psicoterapêutica à medicação pode ajudar a pessoa a reformular alguns aspectos da sua vida'', afirma a especialista.
Dica
Não tome antidepressivos sem supervisão médica. ''Se um antidepressivo não surte efeito é necessário ajustar a dose ou usar outro. A pessoa desconhece isto e ao automedicar-se pode julgar que está tratada sem estar, mantém sintomas depressivos que não se resolveram'', alerta a especialista.
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