9.26.2010

Crescimento de Marina faz a líder Dilma priorizar o Rio

Petista passa o fim de semana na cidade, onde a verde vê ‘onda que vai dar caixote’

A uma semana da eleição de 3 de outubro, o Rio se converteu no principal ringue de disputa de votos entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV). As duas candidatas à Presidência passaram o dia na cidade, onde continuam hoje, até o debate da noite na TV Record. O motivo é explicado pela mais recente pesquisa Datafolha: Marina ganhou mais de 1 milhão de votos em dois meses e tem empate técnico com José Serra (PSDB) no estado.

Ela registra 22% de votos no Rio, enquanto Serra tem 23%. Dilma está com 49%, quatro pontos abaixo da sua média nacional. Na cidade do Rio, Marina tem 24% dos votos, contra 21% do tucano.

“Estou convicta de que a onda verde aqui no Rio é Marina e (Fernando) Gabeira”, disse a presidenciável, referindo-se ao candidato do PV ao governo Rio. “Essa onda verde vai dar caixote em muita gente”.

Marina tem esperança de que os números do estado sejam uma tendência que os institutos de pesquisa não estejam conseguindo medir com exatidão. Tendência essa que a levaria ao segundo turno, espera a candidata. “Quando concorri pela primeira vez ao Senado, me colocaram em quarto lugar até a última pesquisa. Agora não vai ser diferente”.

Dilma preferiu não se abater com o crescimento de Marina. “Temos que ter respeito pela eleição, saberemos quando o resultado sair da urna”, disse. “Nacionalmente, a queda está dentro da margem de erro, de dois pontos para mais ou menos. Não vejo nenhum problema”.

Ambas as candidatas concordam em um ponto: o debate desta noite precisa ser positivo. “Não vou aceitar baixar o nível”, avisou a petista. “Tomara que seja sem pegadinha. Podemos ter posições diferentes, mas não vamos cair no vale tudo eleitoral”, disse a verde.

Marina e Gabeira fazem ‘carreata verde’
Junto com Marina Silva, Fernando Gabeira, candidato ao governo do Rio pelo PV, participou ontem de carreata pelas ruas do Rio. Os dois saíram do Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca, em direção à Quinta da Boa Vista. No caminho, uma mudança no roteiro deixou parte da comitiva de Marina preocupada. Gabeira convidou a presidenciável para fazer rápido corpo a corpo na Mangueira, onde chegaram a passar pelas barricadas de ferro colocadas pelo tráfico. Não houve nenhum incidente, porém.

Após cerca de 20 minutos, a candidata foi para Quinta, onde encontrou cerca de 300 voluntários da campanha. “As pessoas estão percebendo que o Brasil avançou na economia, em conquistas sociais, mas teve grande retrocesso na política. E é esse retrocesso que as pessoas não querem mais. A sensibilidade do brasileiro está muito mais avançada do que a atitude das velhas lideranças”. Marina disse ainda que não partirá para o “vale-tudo” eleitoral. “Vejo aqueles que estão abrindo mão dos princípios que defendiam, indo para o ‘promessômetro’, que não tem critérios. O eleitor não é criança.”

DILMA E CABRAL SOBEM NO ELEVADOR DO CANTAGALO

Acompanhada do governador Sérgio Cabral (PMDB), que busca a reeleição, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, visitou ontem o elevador do Complexo Rubem Braga, no Morro do Cantagalo, em Ipanema. Segundo Dilma, o elevador, uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), simboliza a parceria “de sucesso” entre o governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o estadual. “Ipanema e a comunidade do Cantagalo se beneficiam. Se eleita, vou continuar essa parceria, que deu certo e deve ser estendida para outros estados do País”, afirmou.
Dilma chegou ao Cantagalo no começo da tarde, com Cabral, os candidatos ao Senado pelo Rio Lindberg Farias (PT) e Jorge Picciani (PMDB), e o prefeito Eduardo Paes. Eles subiram no elevador juntos. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, já estava no local e, ao chegar, foi cumprimentado com uma continência por um menino da comunidade.
“Estamos entre os dois bairros mais bonitos do Brasil: Copacabana e Ipanema. Antes, no meio deles, havia o abandono”, avalia Dilma.
Mesmo com o tempo nublado, os candidatos subiram para o mirante, onde Dilma fez uma ‘nova amiga’. A menina Michele pegou na mão da petista e a acompanhou pelo local. Dilma ouviu a garota contar que está na escola. Cabral perguntou se ela ainda ouve tiros na comunidade. “Não. Parou”, respondeu.

Nota BPF: Certo é, que o  carioca e flumimense não querem nem pensar na volta dos tucanos liderados desta vez pelo José Serra. O principe dos sociólogos afundou o Rio. Desta forma é normal a Marina ficar na frente do Serra. 

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