2.08.2011

Nasce na França bebê que permitirá cura de seus irmãos

 Um bebê que permitirá curar um de seus irmãos maiores, para quem é um doador compatível, nasceu na França em um hospital da região parisiense, anunciaram fontes médicas.

O pequeno Umut ("esperança" em turco) Talha, que pesou 3,65 kg, nasceu livre da grave doença genética que afeta seus irmãos mais velhos. Este bebê, que os especialistas chamam de "bebê da dupla esperança", nasceu mediante fecundação in vitro depois de um duplo Diagnóstico Genético Pré-implantacional (DPI) que permite a seleção dos embriões.
Esse procedimento de duplo diagnóstico permitiu assegurar que o bebê estava livre da grave doença genética (beta-talassemia) da qual sofrem as primeiras crianças da família, mas também que podia ser um doador compatível com seus irmãos mais velhos.
Essa compatibilidade dos tecicos permite considerar um transplante de sangue do cordão umbilical, conservado depois do nascimento. A beta-talasemia é uma doença genética grave, causadora de anemia, que torna necessárias repetidas transfusões de sangue.
Na Espanha, o primeiro "bebê medicamento" nasceu em 2008. O sangue de seu cordão umbilical permitiu curar seu irmão afetado por uma grave anemia congênita.

O que éTalassemia







 É uma doença hereditária autossômica recessiva que afeta o sangue. Na talassemia, o defeito genético resulta na redução da taxa de síntese de uma das cadeias de globina que formam a hemoglobina. Redução da síntese de uma das cadeias de globina pode causar a formação de moléculas de hemoglobina anormal, causando anemia, o sintoma característico de apresentação da talassemia.
Talassemia é um problema quantitativo de globinas pouco sintetizadas, enquanto que a anemia falciforme é um problema qualitativo na síntese e de um funcionamento incorreto da globina. Talassemia geralmente resulta na deficiente produção de globina normal, muitas vezes através de mutações em genes reguladores. Hemoglobinopatias implicam alterações estruturais das próprias globinas. As duas condições podem sobrepor-se, no entanto, desde que algumas doenças que causam alterações na hemoglobina (doenças conhecidas também como hemoglobinopatias) também afetem a sua produção (talassemia). Assim, algumas talassemias são hemoglobinopatias, mas a maioria não o são. Uma ou ambas destas condições pode causar anemia.
A doença é particularmente prevalente entre os povos do Mediterrâneo, e essa associação geográfica foi responsável pela sua nomeação: Thalassa (θάλασσα) é a palavra grega para o mar, Haema (αἷμα) é a palavra grega para o sangue. Na Europa, a maior concentração da doença são encontradas na Grécia e em partes da Itália, em particular, sul da Itália e do baixo vale do Pó. As principais ilhas do Mediterrâneo (excepto as ilhas Baleares), como a Sicília, Sardenha, Malta, Córsega, Creta e Chipre são fortemente afetadas, em particular. Outros povos do Mediterrâneo, bem como com os vizinhos do Mediterrâneo, também apresentam altas taxas de talassemia, incluindo as pessoas do Oriente Médio e Norte da África. Longe do mar Mediterrâneo, sul-asiáticos também são afetados, com maior concentração mundial de portadores (18% da população), sendo nas Maldivas.
A talassemia pode conferir um grau de protecção contra a malária, o que é ou foi predominante nas regiões onde o traço é comum, o que confere uma vantagem de sobrevivência seletiva das portadores, e perpetuar a mutação. Nesse sentido, a talassemia lembra uma outra desordem genética que afeta a hemoglobina, a doença falciforme.
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